Alergias são alegrias entupidas.
O que me encanta nas pessoas são seus defeitos perfeitos.
Pessoas são psoas. Se travar, não caminha. Se sustentar, brinca com a gravidade.
Felicidade é um ato contínuo de coragem.
Sorriso é um mundo guardado dentro do corpo quando a boca liberta um gracejo.
Ama que é de graça, mas lembrando de que amor barato não vale.
Há de se educar para o sensível, a desobediência e a ressignificação das semióticas na urbe.
A arte é a expressão da solidão para encantar plateias.
Poesia é ser bombeiro e não se queimar num país em chamas.
Ficar consigo a sós, jamais em SOS.
Gosto de coisas simples: café com leite, arroz com feijão, goiabada com queijo, paçoca e abraço de amigos.
Há dias em que nos odiamos um pouco mais para saber se ainda estamos vivos.
Coragem é tão forte quanto covardia. A diferença é que a primeira é movida pela liberdade, a segunda pela fraqueza. Sim é uma força provida por miséria afetiva. Covardia produz também um hiato entre o caráter e o amor. Amor com falta de caráter é egoísmo.
Hiato é uma palavra linda com significado triste. Há beleza na tristeza. Feio é o desencanto.
Viver é uma fúria adolescente à sabedoria anciã.
Rir é tão bom que ainda tem bônus de palíndromo perfeito.
Já sabemos, mas não custa lembrar: há coisas que não tem preço, mas são de muito valor. Outras, têm um preço muito alto, mas não tem valor algum.
A grande revolução da escrita foi a invenção do lápis à borracha - tecnologia de ponta(s).
O tédio é um luxo e a melancolia um capricho. Poetas são lixos radioativos da solidão.
A esperança é o algoz gentil da felicidade.
Tenho tendência maior em acreditar nas pessoas que começam regimes aos domingos.
Ficar cansado logo no início é angustiante porque pressupõe a inviabilidade de realização do percurso adiante.
Desafio do criador: passar de uma forma estéril para estéreo.
O poeta é autor de suas próprias ciladas. As que tentam lhe aplicar, em geral, não cai. Já a capacidade de autossabotagem impressiona.