PAULO EMÍLIO AZEVEDO, poeta PAz
O exercício do silêncio não é vizinho do medo de falar. É, ao contrário da opressão, uma escuta atenta de si.
Parte de mim se parte em forma de arte, outra parte arde e mais uma, ainda não totalmente conhecida alarde e me diz que toda parte que arde não é arte nem alarme, mas pode ser pergunta.
Qualidade de artista em cena se mede pela capacidade de "hipnotizar" uma plateia lotada e conseguir ser brilhante quando a mesma for de uma só pessoa.
Palavras são formadas por duas notas musicais e um gênio compositor. Quer ver? Si - lá - Bach. Deve ser por isso que os alfabetizadores se preocupam tanto com a consciência fonológica.
Nunca vi tanta gente de cabeça baixa... As próximas gerações, provavelmente, virão com uma estrutura da coluna mais arcada na região cervical - condição para melhor suportar o "frio" do uso ininterrupto da tecnologia portátil. Todos como ilhas.
Tentei fazer a poesia calar a boca e deixar meus ouvidos em paz. Tarde demais, ela já havia contaminado todo o corpo.
Eu, brisa, quando vejo um vento forte, cheio de vida, dou-lhe a última porção de ar que me resta para que ele se torne um furacão