Paulinho Saggiorato
"Cada um de nós carrega nas costas o peso das próprias escolhas"
. E pensei sobre tantas escolhas que fiz.
Tantas corretas e tantas erradas.
Nesta hora é normal pensarmos mais tempo nas erradas. Porém, feliz daqueles que, mesmo fazendo escolhas erradas, conseguem ir descarregando o fardo pesado ao longo do tempo e se recompõe.
Não se leva uma vida plena se ficarmos reféns dessas escolhas pelo resto da vida.
O tempo passa, as forças diminuem e é preciso ir diminuindo o fardo. É o que a vida e nossa espiritualidade desejam.
As borboletas procuram as flores mesmo que elas estejam no meio do pântano.
Sejamos como elas!
Fixando nosso olhar e procurando tudo que é belo e importante.
Renovando nossos sentimentos e não valorizando o que nos aborrece.
Acreditando no imenso poder da renovação e da reconstrução de tudo o que é preciso em nossa vida
E de repente as coisas mudam
Novas percepções, análises, indecisões, decisões, mudanças.
Novos caminhos, nova visão, novas sensações.
Um emaranhado de sentimentos bons e ruins que vão dar rumo a vida depois tudo tudo.
Preparados?
Muitas coisas mudam.
Só uma companhia estará lá todo o tempo.
Envolver se com o que é positivo.
Emocionar se com a leveza da vida.
Fortalecer se com a dureza do caminho
Perceber os detalhes.
Reconhecer os sinais.
Ter um coração com bons sentimentos
Sentir a presença de Deus.
Quando jovem a gente espera que a felicidade venha montada num elefante.
Enorme, fazendo barulho, com passos largos e fortes.
Com o caminhar dos anos acabamos por reconhecer que a felicidade só começa a se criar em nosso interior e nos supre totalmente no singelo pousar das asas de uma borboleta.
O avançar da idade permite isso para aqueles que conseguem extrair a essência da vida na simplicidade.
Tudo é um ciclo. É necessário passar por todos para chegar neste estágio de tentar reconhecer a felicidade nas pequenas coisas.
Infelizmente, o mundo ainda é cheio de pessoas que precisam mostrar um elefante.
Mesmo que a felicidade não seja tão grande e a desejada, esses preferem a felicidade das aparências.
Não se contentam com a simplicidade e beleza da borboleta. Preferem inventar aos outros um enorme e irreal elefante.
Que sejamos adeptos da simplicidade. Que sejamos satisfeitos com a borboleta.