Paula Manfredo
Pensando? Difícil... sentir é muito mais forte...
Tentando manter a razão, tento manter meu olhar firme e "seco".
Na dificuldade de falar, sem saber o que dizer...
Prefiro manter o lábios ainda que tremendo em silêncio...
E para o aperto no coração, espero apenas encontrar meu travesseiro...
Drama? Talvez!
Certeza? Amar incondicionalmente!
Sempre os mesmos caminhos.
Indo e vindo, tentando ver em alguma beleza a possibilidade da mudança.
Ainda observando, sem quase expectativas, coração sozinho.
Olhando ao redor, procurando os antigos sonhos.
Sonhos que parecem um caminho sem fim ou sem curvas.
Como se nunca pudessem ser encontrados, estando cada vez mais sozinhos.
Dias, meses, anos passando e a esperança cada vez mais silenciada.
Promessas desfeitas, muitos eu disse, muitos eu avisei, poucos motivos para sorrir.
Difícil esboçar alegria, pode-se sentir a fisionomia dura, pesada.
Não há quem culpar, é como deve ser, talvez realmente haja um destino, um plano traçado.
Mas mesmo nos momentos mais frios, ainda sim, o coração pulsa e permite acreditar.
Haverá um novo dia, uma nova chance de os sonhos encontrar.
As pessoas são realmente surpreendentes, juram amor eterno e brigam segundos depois, ou vice-versa, mas isso é do homem, é humano.
Mas, doido mesmo é ver um mundo de pessoas tão hipócritas que que se maldizem constantemente, e ai, mudam de opinião não por respeito, amizade, admiração, ou por que tinham feito um julgamento equivocado umas das outras...
Mudam de opinião para se juntarem, criarem um grupo, unica e exclusivamente por interesses, e não são interesses nobres e nem ao menos em comum, mas para utilizarem umas as outras para alcançarem seus próprios interesses a curto, médio, ou longo prazo.
Sorte dos que de têm estomago forte, azar dos que ainda não se viram como degraus...
Às vezes tudo parece tão certo, tão seguro.
Que por momentos esquecemos que estamos à mercê da vida.
E de um dia quente de sol surgi um vento frio, rápido que parece poder nos cortar.
Às vezes o silencio é desejado, traz com ele a paz, as respostas.
Mas algumas vezes ele vem surgindo devagarzinho, e toma conta de tudo.
E ao invés de paz, de respostas, traz o medo, a incerteza, nos fazendo sermos tomados pela dúvida.
Então mesmo estando tudo em silêncio, dentro de nós há um turbilhão.
Nossos pensamentos parecem ganhar vida própria e na mesma medida que perdemos o controle sobre eles, perdemos nossa paz, nossa serenidade.
E então a linha entre o certo ou errado, o verdadeiro ou falso, o seguro ou inseguro, torna-se tão tênue que não conseguimos mais ver de que lado dela nós estamos.
Eu não sei se tudo na vida tem um prazo de validade...
Pessoas dizem que coisas são boas quando começam e depois nunca mais serão assim... outras dizem que com o tempo melhoram...
Vivendo vou descobrindo, que as coisas nem melhoram, nem pioram, elas mudam e que melhorar ou piorar depende da nossa disposição em vivê-las...
E tem horas que não vem nada de bonito a mente para expressar, então é quando você pensa na rotina, nos compromissos e nas escolhas. Ah! as escolhas! Melhor voltar a procurar algo de bonito....
Eu tinha, ele tinha, nós tínhamos.... um mesmo desejo, esperamos o tempo certo. Eu perdi, ele perdeu, nós perdemos.... a hora de viver...
O engraçado da vida é que temos idéias quase que o tempo todo, podemos fazer quase se não tudo, o triste é que a vida pode passar e do todo ficar apenas um grande vazio.
Algumas coisas na vida são difíceis de entender.
A distancia seja ela de alguém, de uma coisa, desejo, nos faz ter tanto a dizer, tanto a querer a desejar.
E ai, a pessoa, a coisa, a oportunidade, finalmente chegam, então simplesmente olhamos para elas e não temos mais certeza, certeza se a espera não era melhor do que a realidade.
Saudade, coisa estranha...
Vem sem ser chamada, tira tudo do lugar...
Faz o pensamento sorrir e o coração doer...
O que fazer.... Anda vai embora, não gosto do não saber...
Ah, o relógio trabalhando, o dia lá fora cheio de movimento.
E aqui dentro, ah aqui dentro tudo do mesmo jeito.
Eu quietinha só esperando você voltar ...
Puxa o tempo passa rápido mesmo.
O sábado passou, o domingo está indo, e será que antes que a fatídica segunda feira chegue você terá dito todos os eu te amo que havia desejado, dormido todo o sono esperado, vivido o final de semana sonhado?
Não? Tudo bem, a segunda pode não ser animadora mas dá realmente uma segunda chance para tentar tudo novamente.
Talvez esse seja o sentido da segunda feira!
Ah! Que saudade daquele nada-tudo, tudo-nada que tínhamos.
De todo tempo de poucos minutos que vivíamos como eternidade.
Existia o vazio também, e por não saber lidar com ele destruímos o tudo por achar que não era nada.
Se eu tenho sorte? Se já ganhei muitos prêmios?
Sim, muitos!
Ok, nunca ganhei na loteria nem em rifa de ovo de páscoa.
Mas o tipo de sorte que tenho e desejo a você é outro, é amar seu amor, amar sua família, seus amigos, amar seu trabalho!
É essa sorte que tenho e que não trocaria por nenhuma outra!
Crescemos buscando independência, e a certeza é que quando deixarmos de ser crianças, seremos livres.
O engraçado é que quando crescemos nos descobrimos ainda mais dependentes e que liberdade mesmo tínhamos enquanto crianças...
Eu queria ter as respostas certas, sabe aquelas que resolvem, tipo o valor de de x e y nas provas do oitavo ano!
Hoje não basta mais saber o valor de x e y, por que as perguntas não são mais de matemática, são de vida, de ir ou não, aceitar ou não.
E hoje na falta das respostas, costumo dar o meu melhor abraço e dizer que amanhã será melhor e que se por acaso não forem eu ainda estarei aqui!
Sabe a gente reclama de muitas coisas, falta de tempo, falta de dinheiro, falta de compreensão, mas o interessante é que toda essa reclamação, essa falta, só exite quando há vontade.
Por que nesses dias que você não quer sair da cama, tem tempo, e as vezes até o dito cujo do dinheiro, se não há vontade, nada tem graça, nem interesse.
E vontade é algo muito individual, intransferível talvez.
Algo que talvez faça toda a diferença, pois sem a vontade talvez tudo fosse apenas preto e branco, sem cor.
A gente corre tanto, tenta tanto fazer tudo certo, no tempo certo, mas onde está escrito que devemos correr, que o todo "certo" não pode ser um erro e pior que existe um tempo que devemos cumprir.
Nascemos sem saber quanto tempo vamos viver, então por que viver tentando seguir regras, padrões, pensamentos, que nem sabemos o por que são os certos, se não são os nossos?
E a vida vai assim, simples como só ela pode ser.
Brisa para alguns, Ventania para outros.
A verdade é que cada um tem da vida, o que planta, o que literalmente pede a ela.
Há os que vêm sorrisos como portas se abrindo, apertos de mãos como pontes sobre antigos abismos.
Mas, há os que preferem desconfiar de tudo, os que preferem ver sorrisos como riscos e os apertos de mão como dividas assumidas.
Independente de como se escolha vive-la, a vida segue, sendo assim, vida. Feita de momentos, momentos que não são eternos, que não se repetem, que são simplesmente únicos.
A verdade?
Eu queria poder fugir, fugir da prisão que eu mesma criei em mim.
Mas, como escapar se para onde eu for eu vou estar Lá.
Ah! O passado, ah e o futuro?
Não sei... O presente é tão deslumbrante que me priva.
Me priva de lembrar o que já foi, sonhar com o que será.
O presente me provoca a sensação tal qual a criança que desfaz o laço de fita do presente da noite de natal.
Onde o agora e nada mais importa!
Eu não imagino uma vida que não seja assim,
Onde eu e você estejamos simplesmente juntos, assim eu e você.
Pois eu e você juntos, somos o um perfeito, o um que é capaz de se dividir em muitos eus e complementar muitos.
O meu eu junto ao seu eu, é assim, a simplicidade da alegria de um dia de sol que aquece o coração e ilumina a direção do amanhã sem medo.
Pois o privilégio de viver no calor do seu amor, já torna a vida um milagre diário!
E ai eu durmo e acordo e elas estão lá iguaizinhas....
elas... as Preocupações, os eu Preciso...
E o que eu penso... continuem me esperando...
fui viver!
Dias, noites, tristeza, alegrias, tudo nada mais que um momento, tudo nada mais que uma possível lembrança.
Assim como os dias trazem o sol e a lua as noites.
Os ventos levam consigo a intensidade das paixões, as efusões de alegria, as pensadas eternas tristezas, tudo em sua maioria vai se dissipando, pouco a pouco.
E o que fica, o pouco que permanece, fica marcado como tatuagem no coração, como parte do que fomos, somos e seremos.
Podendo ser a lição de que não há caminho adiante, ou a seta em direção ao caminho dos sonhos.
Cheia de cores, de formas e tamanhos diferentes, dificilmente se repetem.
Poderia ser uma colcha de retalhos, ou melhor nossa história.
Em construção permanente, sempre a mesma, sempre renovada.
Onde cada pedacinho voluntário ou involuntariamente tem seu significado, onde todos se encontraram, se juntaram, mas nunca aleatoriamente.