Paula Manfredo

Até onde conseguimos seguir em frente numa relação, quando todos nossos sinais de alerta já soaram...

Pessoas são movidas por diferentes motivos.
É hipócrita quem acredita, que acha que não corre atrás de uma cenoura, assim como o burro na parábola.
E, se realmente não corre, tem motivos reais a lamentar, pois não há mais nada na vida, motivos pelos quais lutar.

Muitas vezes na vida esquecemos quem somos.
Nos enganamos, nos forçamos a acreditar que esgotamos nossas chances.
Quando na verdade, estamos apenas nos escondendo da batalha,seja, por cansaço ou falta de fé.
Hoje, agora, a vida me acordou e me disse é agora,siga!
Faça apenas seu melhor!

Na vida só existem mortos ou vivos.
Portanto, se o seu coração se partir, decida-se rápido qual será sua postura.
Nesse mundo não há espaço para zumbis.
Por mais que a ficção insista, a realidade é única! Ou você sobrevivi ou não!

Tem dias que tudo se torna pesado, que o fardo parece maior do que podemos suportar.
Ao olharmos em volta, o mundo parece só nos cobrar.
Ser bonito, bem sucedido, estar acima da média se tornou parâmetro.
Temos que ser magros, sorridentes, bem vestidos, estarmos bem o tempo todo.
Essa armadura vai se tornando tão pesada que para carrega-la vamos deixando de lado o que temos por dentro.
E nessa busca desesperada pela perfeição, em alguns momentos nos damos conta do vazio que estamos deixando por dentro, de quanta falta de sentimento, de do que realmente é preciso e precioso estamos perdendo.
É nessas horas que percebemos o quanto perdidos estamos, sem saber onde estamos ou para onde estamos indo.

Sabe qual talvez seja um dos erros mais fatais de nossas vidas.
Acreditar em "verdades" que nos são ditas como se fossem nossas.
Permitir ao longo da vida que pessoas nos digam quem somos ou não, e o pior, nos tornarmos a pessoa que nos dizem sermos.
Passarmos a vida sem saber de fato quem realmente somos.

Chega uma época da vida que nossa paciência se esgota.
Sem exagero, parece que fomos contaminados pela raiva, nosso grau de tolerância cai ao nível zero.
Para alguns isso pode ser considerado como crise de pensamento acelerado, crise de ansiedade, ou um dos diversos quadros do estresse.
Na minha opinião, por questão de segurança deveríamos nos dar férias, nos afastar da civilização que substima e é indiferente a nossa inteligência e situação de limite.
A verdade é que toda essa realidade afetou de tal forma pessoas serias e comprometidas, que passamos a ser vistos como loucos.

Dizem que na vida a matemática está em tudo, soa engraçado, mas talvez seja verdade.
Conhecemos pessoas, vivemos histórias que parecem perfeitas, mas que se desdobram no que poderíamos chamar contas dízimas periódicas, contas sem fim.
Melhor dizendo, histórias sem fim, onde nunca encontramos respostas, apenas uma sucessão de resultados iguais.

O que te move?
O que faz seu coração pulsar, seu olho brilhar, seus lábios sorrirem?
Você precisa descobrir.
Tanto quanto respirar, é preciso descobrir pelo que viver.
No mundo que vivemos, pode chegar um dia que você não saberá mais pelo que deve acordar.
E se no mais profundo do seu âmago você não souber essa resposta, essa razão, nada fará sentido, nada será suficiente.
Antes de planejar sua vida, seu destino, descubra o que te faz feliz.
Tendo essa certeza em seu coração, todos os outros caminhos se mostrarão a você.

Não existe uma previsão de quanto tempo a dor de uma separação poderá durar.
Para alguns, dias. Para outros, anos. Cada um sente de um jeito, mas ainda assim penso que a ferida precisa cicatrizar.
E, nesse período, talvez seja melhor que nosso coração esteja livre para se entender com nossa razão.
Precisamos voltar a acreditar no que há dentro de nós, porque, independentemente de como seja o fim, todo fim deixa o vazio e muitas perguntas.
Espaço e perguntas que levem o tempo que levar precisamos preencher e responder sozinhos.
Talvez esse seja o tempo da superação, da cura.

Recomeços, sempre falo deles, porquê a vida é construída continuamente por eles.
Não existe linha reta, assim como o movimento do nosso coração que parece uma montanha russa. Na vida também caímos e levantamos o tempo todo, e quando o fazemos nunca continuamos os mesmos.

Não importa quão preparado, esperto, inteligente você se ache... Algumas pessoas irão entrar em sua vida e virá-la do avesso, claro; antes de irem embora.
Por um tempo você até vai acreditar que o avesso é seu lado certo, você vai pensar isso, até se dar conta que precisa arregaçar as mangas e começar seu árduo trabalho de reconstrução!

Na vida é preciso cuidado.
As vezes passamos a vida perseguindo um desejo.
Sabemos o por que do desejo, só não percebemos que com o passar do tempo, ele não é mais o que nos fará feliz.

Tem dias que a memória trai nosso coração. Traz de volta a saudade de tempos que acreditávamos ter esquecido.
Nessas horas, percebemos que algumas pessoas e o que vivemos com elas nunca serão apagados, por que são nossa história, parte de nós.

Existem forças que não conseguimos controlar.
Emergem das profundezas e se tornam natureza, destino, como queira chamar.
É assim quando dois corações se reconhecem, se completam, a paixão que os une é capaz de levar consigo tudo que tentar impedi-los.

Projetamos o futuro, desejamos esquecer o passado e não percebemos que o hoje é perfeito.
Não percebemos que o melhor da vida está acontecendo agora. Que nesse momento temos exatamente tudo que é preciso para nossa felicidade.
O ontem passou, o amanhã pode não chegar, vamos viver o agora?

Nessa noite tive um sonho tão real. Sonhei que estava com alguém especial, que estávamos felizes e na mesma proporção da felicidade, acordei com medo da realidade.
Me dei conta que todo esse tempo sozinha, reflete muito do meu medo inconsciente da perda, de estar bem e precisar me acostumar com a solidão novamente.

Não temos que ter vergonha de usar o conhecimento alheio. Vergonha é esconder conhecimento ou levar o crédito que não é seu.
Verdade e humildade, nunca fizeram mal a ninguém.

Por que insistimos em não aprender, por que pelo menos não tentamos erros novos?
Persistimos no que já sabemos nos magoar, em dar importância em quem deveríamos ignorar.
Ignoramos a única coisa que deveríamos priorizar, o tempo.
Não nos damos conta, de de quantos já nos despedimos para sempre, de quantas velinhas já assopramos, de quantas vezes dizemos não vejo a hora que esse ano acabe.
Ele vai acabar, assim como todos os outros e assim como todos os outros não vai voltar.
E uma hora, assim como eu agora, você poderá se perguntar por que não aproveitei mais "aquelas" pessoas antes de me despedir, por que não tive mais desejos a cada velinha, e principalmente, por que tive tanta pressa em ver os anos passarem.

Ninguém explica o quanto é complicado se transformar em mulher.
Quando meninas descobrimos o amor, "nossos poderes", pronto, achamos que viramos mulheres.
Na verdade acho que nunca saberemos o momento exato que deixamos de ser uma e nos tornamos outra.
Na verdade acho que nós mulheres, seremos sempre garotas, mulheres, meninas em eterna transição.

Sabe talvez tenhamos tanto medo de nossos demônios não por serem maus.
Mas, sim por quanto de verdade de nós podem dizer...

Não sei se pudéssemos voltar no tempo, se teríamos sucesso, talvez fosse um eterno efeito borboleta.
Mas, quem sabe pudéssemos ter dado mais últimos abraços, beijos, e principalmente falado o que realmente era importante e verdadeiro.

Tá certo precisamos pensar nos outros...
Mas, cuidado! Ou em breve, você estará pedindo desculpas por respirar!

Todos te dizem: acabou
você até acredita, mas isso não te faz desistir.
Mas agora você desistiu, sabe por que?
Por que chega uma hora que ninguém consegue mais arrancar a casca da ferida, chega uma hora que o cansaço (ou inteligência) vence!

Se nossa história valeu a pena?
Sem você eu não saberia tudo que sei sobre mim, coisas tão boas que às vezes me esqueço, coisas que você me ensinou a ver.
E quanto a você, você foi a melhor festa que fui, a sobremesa que nunca encontrei igual, a pimenta mais ardida que mordi.
#paulamanfredo