Um ciclone pode arrasar uma cidade, mas não consegue abrir uma carta.
O homem é um animal encerrado no exterior da sua jaula. Agita-se fora de si.
O futuro não é mais como era antigamente.
Tudo o que você diz fala de você. Principalmente quando fala do outro.
O poema - essa hesitação prolongada entre o som e o sentido.
Há momentos em que a solitude e o silêncio se tornam meios de liberdade.
Dois perigos ameaçam constantemente o mundo: a ordem e a desordem.
O saber consiste, em grande parte, em "acreditar saber" e em acreditar que os outros sabem.
O espaço é um corpo imaginário, como o tempo é um movimento fictício.
A maioria ignora o que não tem nome; e a maioria acredita na existência de tudo o que tem um nome.
A morte é uma surpresa que o inconcebível faz ao concebível.
A Filosofia não consistiria afinal em fingir ignorar o que se sabe e saber o que se ignora? Ela duvida da existência, mas fala seriamente do ‘Universo’. (‘O Homem e a Concha’)
A política é um mecanismo destinado a impedir que as pessoas tomem parte naquilo que diretamente lhes concerne.
A política existe para impedir as pessoas de decidir aquilo que é da conta delas.
Não é viver, viver sem objeções, sem esta resistência viva, essa presa, essa outra pessoa, adversário, resto individuado do mundo, obstáculo e sombra do eu - outro eu - inteligência rival, irreprimível - , inimigo o melhor amigo, hostilidade divina, fatal, íntima.
Uma obra nunca é concluída, mas abandonada.
Paul Valéry
Nota: A citação também é atribuída a Jean Cocteau e Oscar Wilde, mas acredita-se que o poeta francê Paul Valéry seja o verdadeiro criador da expressão.
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