Papa Francisco
Sejam pastores armados apenas de oração e caridade.
Hoje o maior negócio é a fabricação de armas. Se não fossem fabricadas armas por um ano, a fome no mundo acabaria.
Olhar em frente sim, mas também fazer memória, sobretudo nos momentos de desânimo, para alegrar-nos com o caminho já percorrido e inspirar-nos no fervor dos pioneiros que nos precederam.
Olhar para a frente e fazer memória, mas ainda mais necessário é olhar para o alto, agradecer ao Senhor os passos dados e pedir-lhe que nos dê o dom da tão desejada unidade.
A vida é real, não virtual. Não acontece numa tela, mas no mundo! Por favor, não virtualizem a vida!
Jesus encontrou a humanidade ferida, acariciou os rostos macerados pelo sofrimento, curou os corações dilacerados, libertou-nos das correntes que nos agrilhoam a alma. Revela-nos assim qual é o culto mais agradável a Deus: cuidar do próximo.
Jesus é a mão do Pai que nunca nos abandona; a mão forte e fiel do Pai, que quer sempre e somente o nosso bem.
O nosso Deus é comunhão de amor: assim Jesus nos revelou. E sabem como podemos fazer para recordá-lo? Com o gesto mais simples que aprendemos desde crianças: o sinal da cruz.
O Espírito Santo é fonte de alegria, que nasce da relação com Deus, de saber que, mesmo nas dificuldades e noites obscuras, não estamos sozinhos, perdidos ou derrotados, porque Ele está conosco. E, com Ele, podemos superar tudo, até os abismos do sofrimento e da morte.
Quando rezardes, não tenhais medo de levar até Jesus tudo o que se passa no vosso mundo interior: afetos, medos, problemas, expetativas, recordações, esperanças. A oração é diálogo, é vida.
O Espírito Santo é exigente, porque é um amigo verdadeiro, fiel, que não esconde nada, que sugere o que mudar e crescer. Mas quando nos corrige, ele nunca infunde desconfiança; pelo contrário, transmite a certeza de que com Deus podemos conseguir, sempre.
Louvar a Deus é como respirar oxigênio puro: purifica-se a alma, faz com que olhe para longe, não o aprisiona no momento difícil e obscuro das dificuldades.
Sonho uma Europa, coração do Ocidente, que use o seu engenho para apagar focos de guerra e acender luzes de esperança.
Coisa ruim é a inveja! É um comportamento, um pecado ruim. E no coração o ciúme e a inveja crescem como erva daninha. É um coração atormentado, é um coração ruim! Mas também o coração invejoso leva a matar, leva à morte. E a Escritura o diz claramente: por inveja do diabo entrou o mal no mundo.
As pessoas invejosas e ciumentas são amargas: não sabem cantar, não sabem louvar e não conhecem a alegria. Semeiam sua amargura e a difundem em toda a comunidade. Outra consequência deste comportamento são os mexericos, porque quando uma pessoa não tolera que outra tenha algo que ela não tem, tenta "rebaixá-la", falando mal dela. Vejam: por trás de uma fofoca estão sempre ciúmes e inveja.
Para ser feliz, não serve ser grande, rico ou poderoso. Não! Só o amor nos dessedenta o coração, só o amor cura as nossas feridas, só o amor nos dá a verdadeira alegria. E este é o caminho que Jesus nos ensinou e abriu para nós.
O amor não nos torna felizes só no céu, mas já aqui na terra. Se quisermos ser verdadeiramente felizes, aprendamos a transformar tudo em amor, oferecendo aos outros o nosso trabalho e o nosso tempo, dizendo palavras edificantes e realizando boas ações. Todos podemos fazê-lo.
Confiemos o novo ano à mãe de Deus. Consagremos-lhe a nossa vida. Ela, com ternura, saberá revelar a sua plenitude. Porque nos levará a Jesus, plenitude dos tempos, de todos os tempos. Que este ano seja repleto da consolação do Senhor.
Dirijamos o olhar a Jesus, nesta Semana Santa peçamos a graça de compreender melhor o mistério de seu sacrifício por nós.
Nestes dias da Semana Santa, em casa, permaneçamos diante do Crucificado, medida do amor de Deus por nós. Peçamos a graça de viver para servir. Procuremos contactar quem sofre, quem está sozinho e necessitado. Não pensemos só naquilo que nos falta, mas no bem que podemos fazer.
Por amor, Cristo entregou-Se até ao fim para te salvar. Os seus braços abertos na cruz são o sinal mais precioso dum amigo capaz de levar até ao extremo o seu amor.
Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus: a lógica do amor e do dom de si mesmo.
Nestes dias santos, aproximemo-nos do Crucificado. Coloquemo-nos perante Ele, despojado, para fazer a verdade sobre nós mesmos, eliminando o supérfluo. Olhemos para Ele, ferido, e coloquemos as nossas feridas nas suas. Deixemos que Jesus regenere em nós a esperança!