Oswaldo Wendell

Todo mentiroso é ladrão e todo ladrão é mentiroso. Sem mentira, expressa ou encenada, não se pode ludibriar a vítima para roubá-la.

Mentir ou trapacear é típico de quem não tem ética.

As Forças Armadas estão desarmadas. Precisamos armar essas forças desarmadas, se quisermos ter de novo as nossas antigas, patrióticas e amadas Forças Armadas a nosso favor.

Um racista de boca fechada não é racista.

Quem desarmou as Forças Armadas?

Vivemos um paradoxo e continuamos nele: elegemos um Presidente para a República que, via de regra, não decide os destinos da nação; enquanto Onze ministros, não escolhidos pelos cidadãos e com mandato vitalício, decidem tudo sobre a vida dos cidadãos. E chamamos a isso de democracia.

O medo é um bom companheiro da justiça.

Da mesma forma que o peixe, o racista é pego pela boca.

O medo é um freio nas decisões do juiz corrupto.

Os cemitérios são grandes depósitos de cálcio.

Quando o cálcio dos ossos humanos dos já falecidos puder ser reaproveitado, haverá uma corrida aos cemitérios.

Se a mulher que pensa abortar pudesse saber que o feto objeto desse aborto vai ser um futuro presidente da república, ou um jogador de futebol de muito prestígio, ou um cientista que vai fazer grandes coisas pela humanidade, enfim, uma celebridade, seguramente ela não faria o aborto.

Eleições no Brasil são como uma pescaria: cada candidato-pescador lança sua isca e espera que o peixe-eleitor a aprove e morda a isca. Não sabe o peixe que está fazendo a festa do pescador e que será comido por ele mais tarde. E não aprendem, principalmente os peixes menores ansiosos de encher o estômago...

Brasileiro, cidadão esperança que vive de ilusão.

Os brasileiros regrediram ao nível mental dos indígenas que mostravam o caminho do ouro e pedras preciosas aos bandeirantes paulistas, em troca de espelhinhos e pequenas bugigangas que os deixavam felizes. Hoje, os brasileiros continuam fazendo o papel dos indígenas, em troca de pequenos benefícios e ilusões que se desfazem com um sopro: entregam algo valioso - o voto - para espertos que os assediam e roubam sem que eles tenham consciência disso.

O ladrão deve ser punido em seus primeiros roubos que, certamente, são de pequena importância. Se isso não acontece ele é incentivado a roubos maiores. Profissionaliza-se até virar um Dirceu.

O roubo não deve ser punido em razão da importância roubada. O ladrãozinho de hoje será no futuro um dos grandes ladrões com que o noticiário se ocupará diariamente. O mal tem que ser cortado enquanto se pode arrancar a raiz. Depois de ser uma grande árvore fica difícil.

O mal deve ser cortado enquanto se pode arrancar a raiz. Depois de ser uma grande árvore fica difícil.

A realidade é precisa. Nós é que somos imprecisos e olhamos a realidade com a nossa imprecisão.

A solidariedade é típica de rebanho. Participa-se dela para não destoar dos outros.

Não há que confundir solidariedade com caridade. Solidariedade é coletiva: diversas pessoas em favor de alguém ou de uma causa. Já a caridade é solitária, obscura, silenciosa. Envolve apenas duas pessoas, o doador e o beneficiário.

O vício é típico de quem participa de rebanho. Deixa-se viciar para não destoar dos outros membros.

Em um rebanho humano, dificilmente um integrante consegue conservar sua identidade e ser ele mesmo.

Quando os pensamentos ou sentimentos puderem ser visualizados e não apenas expressos, haverá muita surpresa ao verificar que pessoas acusadas de serem racistas não o são; e pessoas sobre quem jamais pairou qualquer suspeita são racistas de fato.

A ditadura, para se defender e manter-se no poder, não revela ao povo sua própria cara e passa o tempo todo disfarçada de democracia e fazendo defesa da democracia. Dessa forma consegue enganar até mesmo os mais esclarecidos.