Oswaldo Montenegro
Sabe que as vezes eu tenho a impressão de que as coisas bonitas, elas sempre tem um ponto final… Diferente do nosso cotidiano, dessas que nos acompanham e vem com a gente no nosso dia a dia, as vezes são boas, as vezes são más, mas é parte da vida de todo mundo e essas ficam por ai. Agora essas coisas bonitas, essas que a gente não quer que acabe nunca sempre tem um ponto final. Parece que de tão delicadas, as vezes qualquer movimento brusco, um sopro e elas podem se desfazer.
A segunda pior dor do mundo é ser abandonada porque a primeira é quando o cara que te abandonou quer cuidar de você.
Era tudo o que Ana respirava. O ar da palavra arte. O ar da graça da Madonna de da Vinci, do sorriso da Monalisa, do beijo de Rodin.
...Se você for leal a quem tem amizade a sua relação está garantida. Agora no fogo da paixão mesmo os dois sendo leais tudo pode acabar num segundo.
Se você me olhar pela última vez, só verá meu sorriso com jeito de adeus. Delicado e quieto no centro da sala.
Imagina alguém se transtornar a simples visão de uma tela de Rembrandt ou ouvindo em êxtase a 9ª sinfonia de Beethoven.
Sabe aquele sentimento feliz de encontrar alguém querido que você não vê há muito tempo, quando na verdade você nunca esteve com essa pessoa, nunca viu e nem conhece? São assim as afinidades. Seu tempo e ritmo a nossa revelia, nos aproximando dos nossos, nos reconhecendo do nada e num instante antes que essa pessoa diga você já sabe o que ela quer, nas adversidades vocês choram juntos e depois riam e rolam pelo chão feito crianças brincando. Vivendo só por acharem que a vida vale a pena.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso. Que eu me lembro ter dado na infância. Por que metade de mim é a lembrança do que fui. A outra metade eu não sei.
Canta uma canção bonita
Falando da vida, em ré maior
Canta uma canção daquelas
De filosofia e mundo bem melhor
Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
De rostos serenos, de palavras soltas
Quero a rua toda parecendo louca
Com gente gritando e se abraçando ao Sol
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
Rasgar a noite escura como um lampião
Vou fazer seresta na sua calçada
Eu vou fazer misérias com seu coração
Apenas não sei ler direito
A lógica da criação
O que vem depois do infinito
E antes da tal explosão?