Os Instrumentos Mortais

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⁠Todas as histórias são verdadeiras.


— Você nunca cantou para mim.
Fez-se uma pausa quase imperceptível. Então:
— Ah, você — disse ela. — Você nunca teve medo do escuro.
— Que espécie de criança de 10 anos nunca tem medo do escuro?

Não há fúria maior do que a de uma mulher ferida.

⁠A dor só é o que você permite que ela seja.

⁠Nunca me senti como se pertencesse a lugar nenhum. Mas você faz eu
sentir como se pertencesse

⁠— Você é minha irmã — disse, afinal. — Minha irmã, meu sangue, minha família. Eu
deveria querer protegê-la — soltou uma risada silenciosa, sem qualquer humor —, protegê-la
de garotos que quisessem fazer com você exatamente o que eu quero fazer.

⁠— Você é um idiota.
— Foi por isso que você não me ligou? Porque sou um idiota?
— Não. — Magnus caminhou em direção a ele. — Não liguei porque estou cansado de
você só me querer por perto quando precisa de alguma coisa. Estou cansado de assistir
enquanto você está apaixonado por outra pessoa... outra pessoa que, por acaso, nunca vai amá-
lo de volta. Não como eu amo.
— Você me ama?
— Seu Nephilim idiota — disse Magnus, pacientemente. — Por que outra razão eu estaria
aqui? Por que outra razão eu teria passado as últimas semanas consertando seus amigos
imbecis cada vez que se machucam? E o tirando de cada situação ridícula em que se mete?
Sem falar em estar te ajudando em uma batalha contra Valentim. E tudo de graça!
— Não tinha pensado por esse lado — admitiu Alec.
— Claro que não. Você nunca pensou por lado nenhum. — Os olhos felinos de Magnus
brilharam com raiva. — Tenho setecentos anos de idade, Alexander. Sei quando alguma coisa
não vai funcionar. Você sequer admite para os seus pais que eu existo.
Alec o encarou.
— Você tem setecentos anos?
— Bem — corrigiu-se Magnus —, oitocentos. Mas não aparento.

⁠“Quando você realmente ama alguma coisa, nunca tente conservá-la
do mesmo jeito para sempre. Precisa deixá-la livre para mudar.

⁠“Desenhar alguma
coisa é tentar capturá-la para sempre"

⁠quando você não consegue falar a verdade para as pessoas com
quem mais se importa no mundo, eventualmente deixa de conseguir dizer a verdade para si
mesmo.

⁠— E eu tenho que ficar parado enquanto você namora outros, se apaixona por outra
pessoa, se casa...? — A voz dele endureceu. — E enquanto isso, eu morro um pouco mais a
cada dia, assistindo.
— Não. Até lá, não se importará mais — disse ela.

⁠Se não dissermos nada... Se simplesmente fingirmos...
— Não dá para fingir — disse Jace, objetivo. — Eu amo você, e vou amar até morrer, e se
houver vida depois disso, vou amar também.

⁠Meu Deus, você não entende nada,
entende? Conhece Jace há o quê, um mês? Eu conheço há sete anos. E em todo o tempo em que
o conheci, nunca o vi se apaixonar, nunca nem o vi gostar de ninguém. Ele ficava com
meninas, claro. Meninas sempre se apaixonavam por ele, mas ele nunca se importou. Acho
que é por isso que Alec pensava... — Isabelle parou por um instante, mantendo a compostura.
Ela está tentando não chorar, pensou Clary espantada; Isabelle, que parecia nunca chorar. —
Sempre me preocupou, e a minha mãe também, quero dizer, que espécie de adolescente nunca
sequer se interessa por ninguém? Era como se sempre estivesse meio dormindo no que se
referia a outras pessoas. Pensava que talvez o que aconteceu em relação ao pai tivesse
causado alguma espécie de dano permanente a ele, como se talvez nunca pudesse amar
ninguém. Se eu ao menos tivesse sabido o que realmente tinha acontecido com o pai dele...
Mas, pensando bem, eu provavelmente teria pensado a mesma coisa, não é? Quero dizer, quem
não teria sofrido um estrago com aquilo?

“E depois a conhecemos, e foi como se ele tivesse acordado. Você não podia ver, porque
nunca o conheceu de outro jeito. Mas eu vi. Hodge viu. Alec viu! Por que acha que ele a odiou
tanto? Foi assim desde o instante em que a conhecemos. Você achou incrível poder nos ver, e
era, mas, para mim, o que era incrível era que Jace podia vê-la também. Ficou falando de
você em todo o caminho para o Instituto; fez Hodge mandá-lo atrás de você; e quando a trouxe
de volta, não queria que você fosse embora. Onde quer que você estivesse, ele ficava
olhando... Estava até com ciúme de Simon. Não sei nem se ele mesmo percebeu, mas estava.
Eu notei. Com ciúme de um mundano. E depois do que aconteceu com Simon na festa, se
dispôs a acompanhá-la ao Dumort, a transgredir a Lei da Clave só para salvar um mundano do
qual sequer gostava. Ele fez por você. Porque se alguma coisa acontecesse com Simon, você
sofreria. Você foi a primeira pessoa de fora da família cuja felicidade ele levou em
consideração. Porque ele a amava.”

⁠— Você realmente desgosta tanto assim dele?
— Não desgosto de Jace — protestou Simon. — Quero dizer, inicialmente o odiei, claro.
Parecia tão arrogante e seguro de si, e você agia como se ele tivesse pendurado a lua...
— Não fiz nada disso.
— Deixe-me concluir, Clary. — A voz de Simon saía numa torrente sem fôlego, se é que
alguém que não respirava podia ficar sem fôlego. Soava como se estivesse correndo na
direção de alguma coisa. — Dava para perceber o quanto gostava dele, e achei que ele
estivesse usando você, que não passava de uma mundana tola que ele podia impressionar com
seus truques de Caçador de Sombras. Primeiro disse a mim mesmo que você jamais cairia
nessa, e depois que, mesmo que caísse, ele se cansaria alguma hora, e você voltaria para mim.
Não tenho orgulho disso, mas quando se está desesperado, acredita-se em qualquer coisa, eu
acho. Depois, quando no fim das contas descobrimos que ele era seu irmão, pareceu um alívio
de última hora, e fiquei satisfeito. Fiquei satisfeito até mesmo por vê-lo sofrendo, até aquela
noite na Corte Seelie quando você o beijou. Pude ver...
— Ver o quê? — soltou Clary, incapaz de suportar a pausa.
— O jeito como ele a olhou. Naquele instante entendi. Nunca a usou. Ele a amava, e estava
morrendo por isso.

⁠Não se pode sufocar a verdade para sempre, alguma hora ela vem à tona.

⁠Enquanto me lembrar de como era amar você, sempre vou me sentir como se estivesse vivo.

⁠ A maneira como mostrou a eles o que podia fazer. Fez com que olhassem para você e vissem a pessoa
que mais amavam no mundo, não fez?
Fiz — disse Clary. — Como sabe?
— Porque ouvi todos chamando nomes diferentes — disse Jocelyn suavemente. — Mas continuei vendo você.

⁠— Tinha 18 anos quando casamos. Ele tinha 19 — disse Jocelyn com um tom de
naturalidade.
— Meu Deus — disse Clary horrorizada. — Você me mataria se eu quisesse me casar aos
18 anos.
— Mataria — concordou Jocelyn.

Provavelmente era ele que deveria ter me matado. Quase matou. Mas pensei em você, a vi lá,
claramente, como se estivesse na minha frente, me observando, e soube que queria viver, mais
do que jamais havia desejado qualquer coisa, nem que fosse só para ver seu rosto mais uma
vez.
Clary desejou conseguir se mover, poder se esticar e tocá-lo, mas não conseguia. Os
braços pareciam congelados nas laterais. O rosto dele estava próximo ao dela, tão perto que
podia ver o próprio reflexo nas pupilas dele.
— E agora estou olhando para você — disse —, e você está me perguntando se ainda a
quero, como se eu pudesse deixar de amar. Como se eu fosse desistir do que me deixa mais
forte que qualquer outra coisa. Nunca ousei dar tanto de mim a ninguém antes; apenas pedaços
de mim aos Lightwood, a Isabelle e Alec, mas levei anos para fazer isso... Mas Clary, desde a
primeira vez em que a vi, pertenci completamente a você. E continuo pertencendo. Se você me
quiser.

⁠Ninguém é mais interessante que você. É este lugar. Nunca vi nada assim.

⁠É seu dom ver a beleza e o horror em coisas ordinárias. Isso não faz de você uma pessoa louca, apenas diferente. Não há nada de errado em ser diferente.

⁠Mundanos morrem com grande facilidade, não é mesmo?

Inserida por pensador

⁠É melhor ter alguém brincando com a sua cabeça do que arrancando-a.

⁠Sei que é errado, meu Deus, como é errado, mas só quero me deitar com você, e acordar com você, só uma vez, uma única vez na vida. É só esta noite. No quadro geral das coisas, o quanto uma noite pode importar?