Nilma Marques Coelho
Estou perdida, minhas emoções me tomaram, dobraram e do-
minaram. Razão onde está você? me socorra...
Me tranquilizo, continuo a refletir, minha mente está mais clara, tenho que mantê-la assim. Já analiso melhor, meu coração abatido desacelera, vem o alívio, à alma re-
cebe o refrigério tão merecido.
Interrogo minha consciência sobre os meus próprios atos,
me pergunto se não violei o amor entr dois seres.
Reflito e analiso minhas próprias imperfeições, procuro trabalhá-las incessantemente para combatê-las.
À chuva fina à cair, às vezes lenta e preguiçosa, outras forte e nervosa, cada uma orquestrando os seus sons carac-
teríticos, mas todos levam ao devaneio.
Era como se meu coração tivesse vida própria, questionan-
do : porque, porque? Coloca tamanha responsabilidade sobre -
mim?
Alma e coração, princípios vitais. Suas faculdades afe-
tivas, os sentimentos mais puros, são de suas reponsabili
dades. Enviam energia, a coragem, o ânimo, o entusiasmo,o
colorido da existência. São à essênncia, condição princi-
pal, são à vida.
Deixou seu intelecto te gerir o suficiente até aqui. Cla-
ro que tem que agir com bom senso, praticidade, prudência,-
procurar conhecer e se inteirar de tudo que possa interfe -
rir na vida, mas também mediar.
Devemos ter a clareza que a razão significa a faculdade
do espírito com que o homem reflete, compara e julga.
Percebi que o intelecto e alma andam de mãos dadas, jun-
tas, então não dá para separar o que Deus uniu. Mas os se--
parei por egoismo, tentando me proteger do sofrimento, como
se fosse possível, apenas adiei.
No mundo das emoções me sinto enfraquecida, instável e
insegura. Às lágrimas constantes a descer pela face. É um
mundo indecifrável e misteriosos, é como estar no vácuo,-
o que ignoro me apavora.
Pelas idéias sei onde é seguro, por outro lado, é um mun
do àrido que não traz alegrias, apenas confiança.
Em determinados momentos, ergo meus olhos para o céu azul
límpido, e contínuo à procura da minha ineterrogação.
Me recolho em prece em agradecimento por tudo que já recebi, sejam algrias ou tristezas, todas bem vindas, -
pois são experiências vividas de fato, algumas por meu-
livre arbítrio, outras não, foram consequências das es-
colhas de outrem.
Sei que devo aplicar os resultados na minha aprendiza
gem, para o meu contínuo crescimento interior, na minha evolução espiritual, nas minhas atitudes diante dos --
acontecimentos da vida, e consequentemente na melhora e
na superação das minhas falhas.
Simplismente me deixo ficar, recebo e sinto o calor dos
raios do Sol me aquecendo o corpo, provocando um bem es--
tar imensurável, aconchegando-o ternamente, suavemente e-
desinteresssadamente.
Sou envolvida por uma enebriante leveza, arrebatada por
por uma força maior, me sinto flutuar, sou uma pluma le -
vada pela brisa, sem parada. Transportada delicadamente -
ao seu gosto, ao léu.
Sou um belo pássaro de formas perfeitas e harmoniosas.
Protegida por uma plumagem branca, alva como a neve, de-
uma formosura indescritível.
Tomo impulso, alço voô, e ganho o espaço infinito.
Dia dos namorados, desperta uma saudade de algo que fi-
cou para trás, há muito.
A recordação do frensi, a preocupação do que presentear
será que vai gostar? Olhar fixo no rosto amado, ao vê-lo-
abrir o belo pacote, o brilho no olhar ao ver o que ga--
nhou.
Saborear o prazer do namorado, pois agradou, enchendo o
coração de felicidade. Tudo isto, é muito presente jamais
se esquece.