Nelson Barh
A Natureza cria, destrói e se renova e, todos nós, que somos parcela integrante dela, agimos do mesmo modo. A vida provém da morte e a renovação da semeação.
Para que haja amor tem que haver convívio, tem que haver admiração, tem que haver cumplicidade, tem que haver preocupação; tem que haver desejo de estar perto, de trocar palavras meigas e caricias autenticas. Se não houver tudo isso, pode ser qualquer coisa: paixão, capricho, carência, amizade,empolgação,vaidade, gratidão, etc., mas amor mesmo, com certeza, não será!
As pessoas buscam o prazer intenso, total liberdade, que erroneamente chamam de "felicidade" e, para tanto, não aceitam limitações; mergulham de cabeça num subjetivismo exacerbado e acabam destruindo a célula máter da sociedade: a família.
Os problemas sempre existirão, cabe a cada um de nós procurarmos contorná-los, sem jamais nos deixar abater.
Escuridão! O espaço se faz presente, flui o tempo, nasce o germe, desabrocha a matéria, desperta o desejo, surge à luz... e finalmente reaparece a tenebrosa escuridão. Tudo numa contínua e eterna transformação...
Tempo! Implacável tempo!
Por que caminhas tão ligeiro,
Deixando marcas por onde passas?
Conheço agora a tua sina, não deixa dúvida,
É compor a teia e decompor a vida
Com seu galopar constante, tudo alcanças.
E parece desprezar quem padece e implora.
Ocasionando ora alegria, ora tristeza e estupor.
Tu és fiel escudeiro da fria e radiante Natureza.
Amante cruel e ciumento da excelsa Beleza.
Acalenta sonhos, dissipa tormentas,lembranças
E lanças tudo, num lento esquecimento.
Ontem dormi acreditando que eu era o Sol e quando despertei pela manhã... descobri assustado que sou apenas um mosquito, sem asas.
Nossa permanente insatisfação decorre do fato que somos impotentes diante dos acontecimentos, tendo em vista que a nossa liberdade é apenas aparente e que a felicidade tão sonhada e sempre buscada, jamais será encontrada.
Creio que o ideal seria que durante a nossa curta permanência por aqui, tratássemos bem todas as pessoas, mas não nos apegássemos em demasia a ninguém. Embora fosse o mesmo que pedir para que as pessoas não amassem por inteiro e sim pela metade. A vida pode ser resumida em dois momentos: o encontro e a despedida!