Neiva Chemite

26 - 50 do total de 103 pensamentos de Neiva Chemite

⁠Abasteça-se de amor. É um combustível sem custo e faz o mundo rodar melhor!

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⁠Ser suave em um mundo rude é que é sinal de valentia!

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⁠A mágica dos pontos: um ponto final somado a dois, forma reticências... um ponto de vista ponderado por dois ou mais, liberta a consciência!

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⁠O autoconhecimento não é estimulado pelos donos do poder porque o nosso olhar se volta para dentro, desviando dos atrativos externos que monetizam suas estruturas.

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⁠Agradeça teu dedo podre. É ele que te aponta o que deve abandonar!

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⁠Lugar de fala é de quem não cala!

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⁠Tem reunião de condomínio que vira Chá Revelação de Vizinho...

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⁠Em eleições, deposite seu voto de confiança retornável. Isso também é sustentabilidade!

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⁠Quando alguém disser que te conhece bem, peça a esse gênio que te apresente a você mesmo então. Conhecer o outro, quando sequer conhecemos a nós mesmos, é pura pretensão.

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O tribunal da internet apenas tornou digital o que existe há milênios: a rejeição por pré-julgamento do que não é nosso espelho.⁠

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META UM VERSO:

quando a realidade dura te inquietar;

quando tudo o que parecia sólido desmoronar;

quando tiver que se recompor,

remendando teus esforços chutados

por quem não soube valorizar.

Já há dentro de ti um metaverso,

uma consciência capaz de alterar

o ambiente coletivo

a partir do teu próprio universo.

Para cada dor existe uma cura.

A cada lágrima, meta um verso.⁠

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QUANTAS VEZES JÁ MORREMOS NESTA VIDA?

Morremos e renascemos

de rupturas e desfazimentos,

em ciclos encadeados

por morte e renascimento.

Partimos por vontade própria

de histórias vividas

com validade vencida,

ou expulsos do paraíso

mesmo agarrados feito carrapicho.

Coisas, pessoas, status indispensáveis

são tirados de cena à nossa revelia,

substituídos por novos,

que serão depostos por outros,

e outros…

O eu que fomos,

se recompõe em novos prumos

mesmo arrastado contra a vontade

para outros rumos.

Assim seguimos vivendo,

no mesmo corpo,

morrendo e renascendo.⁠

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ESTADO DE FOME

Há fome de fama e dinheiro.

Há fome de ascensão.

Há fome de domínio e revanche.

Há fome de ostentação.

Todas insaciáveis,

disfarçadas de saudável ambição,

ao tempo em que cresce a fome do estômago,

curável com alimentos em justa distribuição.

Nesse desequilíbrio,

parte da humanidade padece

por enfermidades da alma e compulsão,

enquanto a outra parte morre indigente

pela ausência de pão.

* Estado de fome é um conceito budista que caracteriza o baixo estado de vida em que pessoas são controladas por seus desejos insaciáveis, vivendo em estado de contínua insatisfação.⁠

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⁠DOMINGO
Inundação de pausa.
Incômoda calma
lembrando a mente insone
que ela tem alma.
Domingo,
em que o segundo se alarga
para suportar a segunda
que nos aguarda,
escancara, sarcasticamente,
que nosso tempo se vai,
ao pôr a vida
em modo stand by.

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⁠ESTOU EM OBRAS, DESCULPE O TRANSTORNO!

Meu alicerce é forte,
embora a edificação
seja vulnerável às intempéries.
Sucumbo, às vezes,
aos ataques dos que me ferem,
mas me recomponho sempre,
rebocando ocos com aprendizados
nos golpes que me desferem.
Entre, mas atento para não se ferir
com a oralidade das minhas cruas verdades,
pois meu piso ainda é rústico
e há entulhos por toda parte.

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⁠SELENITA

Para cada solidão noturna há uma lua.
A crescente
para evocar os ausentes.
A minguante
para ruminar a vida de antes.
A cheia
para comportar a ansiedade que corre nas veias.
E a nova
para lembrar de novos ciclos depois das provas.

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⁠A MORTE NÃO MATA A VIDA

Ausculta com a alma
o som que vibra nestes versos:
o medo de viver é o que mata a vida,
não sendo a morte física, realmente, o seu inverso.

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DESPEDIDA
Despedir-se é dar adeus a uma parte de si.
É amando ainda a presença,deixar partir.
É alimentar-se da constância da ausência.
Emoldurar cacos de vivências,
irrelevantes, na memória.
Mantendo, em desespero,
a força contínua de uma história.
É aquecer-se solitário no frio.
É deixar voar,entulhando com retalhos de afetos
o ninho vazio.
É disparar-se numa via em sentido contrário.
Despedida é a nobreza calada do amor libertário.⁠

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⁠POESIA QUE ME ESPANTA
Do momento em que a razão não consegue comportar,
a poesia nasce.
Do esquivar das algemas da mente a espreitar.
Do olhar além do além que a sutileza capta.
Do que não se expressa pela oralidade chula e gasta.
A poesia condensa os sentidos.
Mimetiza-se na escrita de um livro
em qualquer estilo literário.
Entrega-se a um pedinte.
Não se rende a um mercenário.
Desconstrói a narrativa fática.
É música
que vibra no espectro da sonoridade.
E por ser ritmo e compasso,
também é matemática.
Torna a pequena palavra vasta.
Guerreira de um só
ou de exércitos de Ghandi,
conquista sem armas.
A poesia basta!

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⁠O CÍRCULO

O pai maltrata a filha.
O marido maltrata a esposa.
A mãe maltrata a filha.
A filha maltrata a mãe.
O filho imita o pai.
E todos maltratam a mulher

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MÃES MARIANAS

Lá vai a incansável mãezinha,

carregando as dores dos seus filhinhos.

Abrigando-nos sem julgamento,

em seu amoroso ninho.

Relevando nossos tropeços em desesperos.

Embalando nossas esperanças em recomeços.

Energia da Mãe Maior

que consagra todas as formas de vida.

Transfigurando-se em muitas Marias,

Lourdes, Fátimas, Aparecidas…⁠

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⁠SOM E SILÊNCIO
A voz que ressoa pelo canal da tua garganta
pode ser a chave que abre a cela em que um
ou milhares estão aprisionados.
Ou o som da tua própria alforria.
A quebra da mudez torturante
que asfixia.
A força do teu silêncio
pode ser o estardalhaço da tua serenidade
sobre a ignorância ruidosa
que se vangloria.
Mas o som da tua fala pode ser também o cadeado
que tranca a boca das minorias.
A manifestação do autoritarismo
que se sobrepõe aos gritos dos desvalidos.
A mudez da tua indiferença
pode perpetuar por séculos a servidão
e a manifestação multiforme da violência.
Se por medo,
o calar da tua fala
produzirá também feridas na tua essência.
Há silêncio profundo e fala revolucionária.
Há fala excessiva e silêncio covarde.
Há escuta que salva e palavra que arde.
A voz que soa pelo canal da tua consciência
pode parar o bumbo do marchar da tirania
ou o mutismo que a sustenta.
O bom uso do som ou do silêncio
reside no exercício da tua sabedoria.

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A MÁGICA DOS PONTOS

Um ponto final somado a dois,

forma reticências…

Um ponto de vista ponderado por dois ou mais,

liberta a consciência!⁠

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⁠LÍNGUA DE MULHER

Ferina
é a língua do poder que nos enclausura.
É assediadora, virulenta e dura.
Lambe o corpo
e xinga nossa aparência.
Maldiz nossa presença
e tortura nossas cabeças
até que a anima feminina feneça.

*Poema do livro "Quem tem ódio das borboletas"?

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⁠O VULTO QUE VOCÊ VÊ

Uma pena que não note a profundidade do meu riso.
Como ainda trago a menina na alegria que improviso
sobre uma trajetória intensa,
em que recriei com arte
a tristeza, sob disfarces.
Lamento que não veja a beleza que tenho,
e que não é pouca.
Que não morre na extensão da minha idade.
Que rebenta nas ondas da inquietude
e nos despertares repentinos,
extrapolando o que expresso pela boca.
O que você enxerga é ilusão de ótica.
Minha imagem recriada pelos tolos
e reduzida a um vulto,
porque os meus verdadeiros versos estarão sempre ocultos.

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