Nathália Monteiro
Não sei se quero ter saída. Pelo menos agora quero estar aonde estou, do seu lado. As vezes pode me fazer mal, não por sua culpa. Mas o que te faz mal me afeta, e é por isso.
Te olhar nos olhos, e poder te dar aquele abraço foi a melhor coisa que poderia me acontecer naquele dia que nasceu meio obscuro, que foi se prolongando sem Lua. Mas você apenas me abraçou, e apareceu a Lua, linda, e cheia. Ainda bem que foi ela quem apareceu, por que cá entre nós : ela é bem melhor do que o Sol.
E te vejo assim, como a Lua. As vezes escondia, me deixando no escuro. As vezes clareando minha noite, meu dia. Não pense que é ruim ser Lua, que prefere ser Sol. O Sol nos machuca os olhos quando olhamos por muito tempo. A Lua não.
Confesso que pensei em te deixar. Que quis jogar tudo pra alto. Mas como já te disse: não dá!
Fico me perguntando por que quando te vi meu coraçao disparou, e senti um grande alívio. Por que quando sentei de seu lado, senti novamente(?) Queria te agarrar, não soltar. Te prender de baixo das minhas asas, e nunca mais seixar alguém se aproximar. Não sei se elas são sufucientemente grandes para te proteger, mas se não for vou voar mais um pouquinho, me exercitar mais, e ver se elas crescem, até ser suficiente.
Olha, entende que te amo. Que se as vezes estar do seu lado vendo você sofrer é ruim, mas que estar longe será pior ainda. Não quero ser egoísta e fazer você ficar perto apenas para me fazer bem, não é isso. Te quero bem, e o que resolver está resolvido.