Nathali Carvalho
Ser jovem é ter dentro de si um revolucionário,
É querer fazer as coisas saírem do imaginário.
É lutar com todas as suas garras mesmo quando não é levado a sério.
Ser jovem é fazer revolução, já que até hoje não foi apresentada uma solução.
É buscar união, dizer não para a ignorância,
Querer descobrir o mundo igual uma criança.
Preservar a esperança, saber que só alcança quem muito apanha.
Apanha da polícia, da mídia, da milícia.
É saber fazer da dificuldade uma nova motivação.
É subir o morro descalço com o pé no chão,
É ser julgado pelo que você aparenta ter ou não.
E de repente te lançarem como um delinquente, querer saber o que cê usa, o que cê faz,
Só porque quem pode mesmo é quem tem mais.
Ser jovem é não parar jamais,
É mostrar que quando você perde a mente pequena, você quebra barreiras. E se torna l-i-v-r-e!
Eu não me encontro mais dentro do meu próprio corpo, minha mente vaga feito um astronauta em uma imensidão sem fim, deixei de ter medo do escuro quando descobri que o verdadeiro monstro estava em mim. A eu sofri, sorri, e continuei a fingir que estava tudo sobre controle, que estava tudo bem, e o monstro dentro de mim ficava cada vez mais revoltado e cansado de ficar aprisionado, pobre coitado, ficou entediado e resolveu brincar de roleta russa, qual é a cura pra toda essa solidão? Pegar o três oitão ou partir pra uma loucura, uma missão dessas de rua, de rua em rua tentar esquecer os meus problemas, buscando uma solução, tentando solucionar essa prisão, é torturante não saber se você deve se jogar de um mirante.
Uma vez me perguntaram que tipo de pessoa eu sou, respondi que eu era 60% sanidade e 40% loucura, não foi o suficiente, pediram para que eu fosse mais exata. Intensidade eu me resumo à intensidade, ou gosto, ou não gosto. Meus olhos transparecem o que está dentro de mim, gritam com toda voracidade o que eu sinto, olhar no fundo deles é se perder em um véu da noite, escuro e sem estrelas, sem estrelas porque sou egoísta e guardo todas as lembranças boas e belas só pra mim, pois são as únicas coisas que realmente irá permanecer. Conviver comigo é como tentar sobreviver em uma ilha deserta sem mantimentos, a gente nunca sabe o que vai acontecer, tem que se estar preparado para imprevistos, uma hora está tudo bem, outra o mundo está do avesso. Eu estou do avesso. Não se aproxime de mim caso a sua intenção seja ir embora, ou soma, ou some. Você não vai conseguir ganhar o meu coração, se eu ainda tiver um e você fazer por merecer, eu o embrulho e lhe dou de presente, mas se você magoa-lo, quebra-lo, siga a sua vida, ele não costuma confiar duas vezes. Eu sou um livro sem fim, com começo e meio alternados, misturados, não é fácil me decifrar, me aceitar, me entender, me amar, me acompanhar, mas quem disse que seria fácil? O melhor de mim nem todos podem ver, mas o segredo está nos olhos, o melhor de mim se encontra nas brasas da fogueira fria que ele revela sempre que é intimidado. Sou céu e inferno, com o poder de perdoar, mas sem amnésia, sou anjo e demônio, mas sem o poder de lhe influenciar, sou o que poucos entendem, mas muitos querem ser.
Resistir, sorrir, verbos que terminam com “ir” de ir à luta,
Engano seu achar que lutar é somente chorar e sofrer.
Venha me dê à mão, vamos juntos buscar a revolução!
O momento é agora,
Lutar sem demora,
Unidos conseguiremos conquistar a glória.
Como um só corpo destruiremos o velho e ergueremos o novo,
Amor à liberdade,
Ódio à desigualdade.
Todo dia é um novo começo, é uma nova oportunidade para fazer as coisas de uma maneira diferente. A cada nascer do sol é um novo capítulo que se inicia, e a cada pôr do sol é uma chance para mudar a continuação dá história. Isso tudo soa meio clichê, não é mesmo? Mas a vida é quase sempre um “déjá vu”, sempre temos aquela sensação de já ter passado por uma determinada situação antes, então fraquejamos, por crer que os mesmos fatos irão se repetir. A ocasião pode ser parecida, mas as pessoas são diferentes umas dás outras, ninguém é igual. E é nisso que falhamos, é por isso que sempre complicados tudo. Esquecemos de recomeçar, de se permitir novamente e ficamos preso a um passado que não nos fortalece, e que talvez nunca fortaleceu. Infelizmente nesse livro chamado vida não existe borracha para apagar o que já aconteceu, mas existem milhares de folhas em branco para acertar e principalmente errar. A vida seria muito sem graça se às vezes não quebrássemos algumas regras, certas coisas valem o risco, a dúvida, a sensação do que vai acontecer depois é intrigante, fascinante.