Nataly Celina
É que essa carinha enjoada, eu tenho desde que me entendo por gente. Essa minha falta de paciência é a arte que ainda não aprendi a ter. Esse jeito ansioso, estabanado e irritante é a parte que faz parte. Minha intensidade é marca registrada. Meu sentir é aflorado. Minha raiva logo passa, mas a memória nem sempre perdoa! Não sou a mais bonita, nem a melhor do mundo. Mas no contorno dos meus defeitos tantos, eu ainda sou a melhor que posso ser. E o que sou será, sempre, o que de melhor eu terei para oferecer.
Por mais que a vida me espanque, eu sigo.
Estou em vida para cair e levantar. Só me ensinaram a arte do viver. Ainda não aprendi a vegetar.
É que eu tenho mania de rir fervorosamente, descompassadamente, sem freio nem receio. Motivo suficiente para conquistas e olhares tortos. Quer saber, que olhem!
Meu riso não se tira fácil e incomoda, eu sei.
Mas é assim que tem que ser. É assim que é.
Esse meu riso frouxo e extremo é a marca de quem eu sou, e num futuro incerto, será o eco de quem eu já fui.