Nataly Celina
Não me venha com meios termos e falsas desculpas. Esse seu ritmo, não dá mais samba. E eu, já cansei, de fingir acreditar.
Aprendi que minha felicidade não depende do que os outros vão falar, vão achar e blá blá blá. Minha felicidade depende apenas de mim. Dos meus atos e percepções. Da minha sensibilidade. Da minha maturidade. Do meu "saber viver". Sempre terá alguém do contra. Alguém que só aponta defeitos. Mas, o fato, é que eu não vim ao mundo para agradar à todos. E se não te agrado, é lamentável. Minha felicidade, só depende de mim. Da minha fé. De aprender a cada erro e levantar a cada queda. Ser forte. Ser inteira. Ser verdadeira. Há uma vida pela frente e ser feliz é tudo que se quer.
Gosto de quem olha no mesmo rumo,de quem escuta nossos pensamentos, sem precisar ouvir o tom da voz.
O problema, é que quando a tal da carência aparece, é preciso tomar cuidados. É nessas horas que um sorriso do outro, um abraço ou meras palavras bonitas são o suficiente para se fantasiar e intensificar o que por si só é tão simplificado.
Entendam. Nem toda palavra bonita é de amor, nem todo sorriso é verdadeiro e nem todo "bom moço" é pra casar. Beleza?!
Tenho tentado outros olhares, outros lugares, outras pessoas.
Tenho ouvido outras canções, lido outras poesias. Tenho cantado mais, sorrido mais e chorado menos. É certo que o que não vingou, tenha sua razão para não vingar. E se mesmo assim, ainda tiver que ser, o destino em suas voltas, constantes e inesperadas, dará seu jeito de mudar.
Se tem amor pra me dar, eu te dou amor por uma vida inteira.
Mas se tens de mim esquecimento, te esquecerei por uma vida inteira também. Porque amor só faz bem quando é recíproco. E uma dose de amor próprio é indispensável.
Nesse meu mundinho, eu quero paz e alegria. Amor e sabedoria.
Gritos e calmaria. Calor e frio. Chuva e sol. Quero água e vinho. Beijos e abraços. Quero pureza. Quero natureza. Quero o que vem de dentro. Quero sofisticação do belo. Quero o elo. Quero jogar para o alto e deixar pra ver se volta. Quero vida.
É necessário saber quando um ciclo acaba. Mas, às vezes, por mais que a gente saiba, não conseguimos nos desprender. É aí onde tá todo o problema. Nos vem a mente tudo o que foi bom e a certeza que não existe mais. Na cabeça passa um filme, as lembranças vem à tona. Os momentos, palavras, alegrias, tristezas, sorrisos, abraços, brincadeiras, brigas e histórias, ficaram no passado. E ao passado a gente não volta, o destino a gente não muda, no coração a gente não manda e a saudade não sabemos como expulsar. Mas a vida continua, a gente continua. De um jeito ou de outro, a gente continua. Afinal, como diria o poeta, os amores vão e a gente fica.
Aprende que problemas são só seus.
Que tentar esperar dos outros alguma forma de ajuda nem sempre é bom. Muitas vezes, nem acontece. Eles serão sempre os outros. Nunca vão estar na sua pele, tão pouco, sentirão por você. Cala-te, pensa e resolve. E sente, e quem sabe até sofre. O problema é teu mesmo.
E a gente vai levando, meio torto, nas entrelinhas. Desviando de obstáculos, fugindo dos abismos, driblando sentimentos ruins. Colhendo o que é bom, pulando de alegria. Batalhando e sonhando. Esperando e aprendendo.
Saudade do tempo em que corria descalço, tomava sorvete me lambuzando toda e ainda, tinha quem achasse bonito. Saudade do tempo em que pulava corda, corria para cair e levantava para correr de novo.
Saudade dos meus cadernos tão bem coloridos e minhas letras tão bem desenhadas. Saudade dos meus cabelos longos, por vezes, entrançados. Saudade do mimo da minha avó. Das marcas de cada brincadeira, do azul daquele céu e da chuva que me banhei.
Saudade eu tenho de um tempo único, onde minha maior preocupação era ter que ir bem na escola.
Saudade dos amigos tantos, que hoje pouco vejo, pouco conheço, pouco sei. Saudade daquela casa, daquela cidadezinha, daquele tempo em que me personalizei até me formar no que sou.
Uma saudade feliz e uma felicidade saudosiana, de um tempo sem erros, onde era religiosamente feliz sem conhecimento de causa.
Saudade eterna de um tempo que não volta mais e que me chamavam de criança.
É Zé, o que eu chamo de falta de sorte é não ter um bocado de força de vontade pra sonhar, lutar e conseguir. Aí sim Zé!
Por aqui nem sempre é só alegria.
Por vezes, o coração pesa tanto, que lágrimas não conseguem se conter. Mas pego o coração e embrulho em um sorriso inventado. Seguro as lágrimas, de um jeito meio torto, e me faço passar sem que transpareça qualquer peso aparente. É assim que tem que ser. Mas nem sempre é assim que é!