As pessoas vivem como se viver fosse um bico de final de semana.
A ingenuidade quando é demais se torna quase um pecado. A esperteza sem limite, é o próprio pecado.
A felicidade é cada um ser infeliz do seu jeito.
A vida e a morte têm um direito igual. Direito a plenitude.
Entre o prazo e o atraso há um mistério indecifrável de acontecimentos.
Julgamento é ferramenta de apuração, condenação é ferramenta de contundência.
Um esclarecimento é capaz de não esclarecer, mas uma dúvida é capaz de sustentar outras dúvidas
Quando deixamos de ser alguém e nos tornamos algo?
A vida é um sutil escrutínio meticuloso.
Somos juízes falhos de uma meritocracia mentirosa. A iniqüidade é desconsiderada. A tirania do cego erro nos persegue.
Somos uma mistura de traumas e tramas. Inerente a nós, tem fatos e atos. Resultado de linho e espinho.
Quem rosna nem sempre ataca.
Muitas vezes a transparência não é transparente, ela simplesmente não existe.
A vida só ganha contornos perfeitos quando há uma precisão no traçado da humildade.
Um minuto de silêncio podia ser trocado por um minuto de solidariedade.
Tragédias nos deixa com a sensação de impotência coletiva.
Precisamos de mais tempo do que temos. Expressamos o amor menos do que deveríamos. Achamos que somos mais do que realmente somos.
Quem ousaria dizer que provou o Infinito? Qual de nós ousaria medir a eternidade?
Quem põe algo a prova, quase nunca aprova.
Auspiciosamente vivos, silenciosamente mortos.
Detentores da razão morrem pela sua crença na certeza absoluta.
Ficamos envaidecidos pelo mínimo elogio, sujeitos a falsa modéstia, inclusive.
O Outono começa com a certeza que a primavera chegará.
O que prende a boca é a vontade, quando não dá mais para falar, chega a coragem de mãos dadas com o arrependimento.
No mundo do aleatório a ordem é não se preocupar.