Mislene lopes
Solidão nada tem haver com estar ou não em volta de pessoas...
É a necessidade de algo que esta ausente em nosso ser, nos dando a sensação de angustia e aflição... Um desespero da alma... Uma lágrima no deserto da desesperança...
Em meio a outras pessoas me senti sozinha, por que talvez em breve instantes eu percebesse que em segundos não falávamos mais a mesma língua... Seres da mesma espécie, mas diferentes: Sentimentos, dores, frustrações, cores, água, vinho... Sabores, dissabores... Amores e desamores.
Estranha agonia... Minha agonia me deu medo... E ninguém mais ali percebeu...
...Que eu não seja uma estrela, mas um planeta que abrigasse o pequeno príncipe onde todos os dias ele regue uma pequena flor... Que eu fosse apenas um satélite até que um dia se perca da NASA e se transforme em apenas um lixo espacial... Poderia ser eu a lua com suas fases...
Seria o que os olhos vissem ou não, mas seria algo longe daqui...
Desde o momento em que nasci ela tomou-me em seus braços...
Encheu de afagos minha alma, preparando-me para o mundo.
Colocou sobre meu orí suas mãos delicadas, cheia de magia e tornou-me sua filha!
Ensinou-me a caminhar como a mansidão de seus rios e correr entre as tempestades da vida...
Fez-me enxergar através de seus olhos a bondade e a maldade humana.
Tornou-me doce e serena como um rio calmo, mas também tempestiva.
Fez-me guerreira, sem temer as batalhas da vida.
Deixou minha espiritualidade aflorada, como se eu pudesse ver o oculto se refletindo no espelho desvendando mistérios e a verdadeira face sob as máscara do ego...
Centelha luminosa que me inspira... Me banhe em tuas águas cristalina...
Fizeste de teus filhos seres intuitivos os livrando de certos males...
Caminho aos teus passos de dança minha mãe....
Guerreira intrépida...
Lutadora pertinaz...
Fizeste de mim um pouco de ti, minha senhora adorada e cultuada...
Teus cuidados e teu amor emana sobre mim... Eu posso sentir...
Salve a tua grandeza, teu ijexá...
Salve minha grande mãe...
Salve Oxum Opará!
Yalodê!
Ora yêyê ô!
Descobri o amor quando passei a me amar...
Descobri o respeito quando passei a me respeitar...
Descobri a vida quando passei a vive-la com dignidade amor e respeito...
Descobri a sabedoria quando parei de meter os pés pelas mãos e ao invés de pular obstaculo os tirei do meu caminho com meu esforço e força de vontade...
Descobri a felicidade quando me permitir ser, mesmo que em pequenos detalhes e menores circunstâncias da vida...
Descobri a essência da vida quando parei de sentir pena de mim mesma, deixei de me fazer de vitima e batalhei por mim...
Descobri meu mundo quando tirei dele pessoas que nada me acrescentam...
Descobri quem eu sou quando parei de dar importância a rótulos...
Descobri o perdão quando comecei e me perdoar e não me culpar...
Descobri a beleza quando percebi o quanto faço parte da natureza, da minha natureza dentro da minha visão peculiar...
Vamos nos permitir viver uma pequena aventura!?
Poderíamos ter um baú e guardar lá nosso segredo...
Não há nada de errado ficarmos loucos vez em quando...
Loucos sem maldades, apenas loucos para saciarmos nossas vontades...
Quer brincar comigo?
Você pode ficar na minha "cabana" essa noite...
Não precisa ter medo!
E fico imaginando como seria por alguns minutos, horas, um dia ou uma noite perder o juízo com você...
Queria saciar esse meu desejo que contrai meu corpo só de imaginar como seria seus beijos junto aos meus...
Meu corpo treme só de imaginar seus abraços...
O apertar de suas mãos em minha cintura trazendo meu quadris para mais perto do seu em um movimento bambolê.
E nesse ardente desejo mal consigo abri meus olhos,
Parece delírio, uma fantasia talvez...
Um sonho do qual jamais queria acordar...
