Meryellen Rangel.
Peguei a rosa mais bela do jardim
para lembrar-me de meu amor
Arranquei pétalas e mais pétalas
Me vi Sozinha pensando
Bem me quer me quer,
ou bem me quer mal me quer?
Não me dei conta dos espinhos
E agora, sangro de amor.
Quero me descabelar em seus braços
seus pêlos emaranhados em meus laços
suas mãos puxando meus cabelos
e sua boca desvendando o meu corpo inteiro
Reflexo de mim.
Deparei-me,
com o reflexo de mim mesma
observei cada detalhe do meu interior
Quando dei por mim,
minha visão
nunca mais foi mesma.
Hoje transbordo o amor!
Leve-me
Brisa leve, leve-me
Leve- me sem destino
Deixe que o meus cabelos soltos
Me apontem a direção
Sem rumo, sem destino
simplesmente leve-me.
Recomeço.
Fiquei despedaçada,
aos cacos e em ruínas
Aos prantos com a sua partida
Tomei uma dose de mim mesma
E me refiz de pedaços em pedaços,
juntando todos os cacos
Recomeçando uma nova vida.
Some!
Não! Ah, Não!
Pegue toda essa hipocrisia e todo esse seu sarcasmo.
Some! Some! Some!
Some, para bem longe de mim
Não me contamine com todo esse veneno
Que escorre nessa boca ardilosa
Cheia de maledicências e vergonha
Tua moral corrompe a minha moral
Seus valores, são carregados nas solas dos seus pés.
Eu não te admiro! Eu não te respeito!
Você não faz mais parte do meu caminho
Tomei as rédeas da minha vida
Eu faço as minhas escolhas! Eu traço o meu destino!
Livre! Nesse imenso horizonte cheio de novos sabores
Anseios, cores e amores
Sigo assim, desfrutando de mim mesmo.
Sigo em paz.
Passageiros
Vida passageira
Caminhos longos
Escolhas
Consequências
Alegrias
Dores
Conquistas
Fé
Esperança
Felicidade
Paz
Amor
Ah, a vida!
AUTOPOESIA
Eu não me chamo liberdade
Mas a anseio como necessidade
Meryellen, é apenas um detalhe
Que me nomeia na sociedade
Esse nome incomum de grande significado
Pássaro negro, voa e voa, o mais alto
Buscando horizontes sem medo
Até em dia nublado, cinza e fechado
Gosto tanto dos que são de verdade
Porque os de mentira, são pura maldade
Carrego o bem, sem olhar a quem e admiro a lealdade
Nem anjo e nem demônio, mas tenho dignidade
Olho por vários ângulos, mudo de opinião
Principalmente, se eu não estiver com a razão
Sou um ser em constante mutação
Sou eu mesma em busca de evolução
De várias formas, sou carinhosamente chamada
Maria Helena para os bilíngues e Mery para os de longa data
Me chamam até de Merica, onde na infância fui apelidada
Não me importa como me chamam, só quero ser respeitada
Meu néctar.
Quero me embriagar em seu néctar
Esse sabor de pêssego me alucina
És uma fruta da cor do pecado
Quero degusta-lo todo o dia, noite e dia
Saborear a macies do seus lábios
De cor cereja, avermelhado e adocicado
Me lambuzar com todo bel-prazer
E ao seu toque, simplesmente entorpecer
Quero saciar meu desejo
Sentir o seu cheiro no ar. Que tentação!
Quero em seu braço estar
E me entregar , ser sua mulher.
Quero em seu braço estar
E me entregar , ser sua mulher.
Beije-me demoradamente
com esses seus lábios de mel
Adoce todo o meu paladar
Vasculhe todas as estrelas do meu céu
Somente o seu beijo
Arrepia a minha pele
Me causa delírios e calafrios
Entorpece os meus sentidos
Então, beije-me demoradamente
Faça o meu coração palpitar
Até que eu sinta “borboletas na barriga”
E tudo em nossa volta desaparecerá
Beije-me com sede e fome
Me lambuze em seu bel-prazer
Me tome enlouquecidamente
E eu me entrego somente à você.
E não é que ele tem me encantado,
mesmo não sendo o mais belo
mesmo não sendo o mais apessoado
Sim, ele me encanta!
Suas risadas me contagiam
Suas palavras alegram o meu dia
Os seus olhos me tornam a mais bela
Sua inteligência, sua perspicácia e
sua amizade é o que me fascina
Já beijei tantos sapos de outrora
E nenhum príncipe me apareceu
Hoje, eu sigo assim encantada
por ele, que me tens por merecer.
Me olhou pela primeira vez
Como se fosse a última
Meus olhos curiosos
Também olhou assim
Com olhos que invadem
Despem, ardem
Olhares que enxergam
Olhares de olhares
Seus olhos me disseram
Quero a sua alma
Seu beijo, sua carne
Seu coração
O êxtase fez morada
A pele arrepiada
Que anuncia o amor
E faz tão bem pra mim
Homens do meus sonhos?
Nem mesmo nas histórias de romance
Homens sinceros?
Nem mesmo no mundo que quero
Homens de fé?
Nem mesmo aquele que quer
Homens de paz?
Jaz
Eu sabia!
Que se me envolvesse
Me machucaria
Se eu confiasse
Eu sofreria
Mas e se eu não me entregasse?
Aos poucos eu morreria.