Meire Mazzaro
"Não tenha medo de dizer o que pensa.
Até porque, se for mesmo da vontade de Deus, a sua opinião não interessa."
Sei que amanhã quando eu morrer, os meus amigos vão dizer que eu tinha bom coração. Alguns até hão de chorar e querer me homenagear fazendo um discurso então. Mas depois que o tempo passar sei que ninguém vai se lembrar que eu fui embora.
Por isso é que eu penso assim se alguém quiser fazer por mim que faça agora. Me dê as flores em vida, o carinho, a mão amiga, para aliviar minha dor. Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, só quero os braços do meu Senhor.
"Lá na esquina do mundo, um amor que será teu,
caminha por um vale profundo, esperando a vontade de Deus."
..Um dia, sua mãe vai partir, seu amigo lhe trair, sua beleza denegrir. Os seus passos comprimir, sua verdade mentir, sua coragem desistir, seu amor se distrair, sua cura se ferir, seu companheiro seguir, e a sua postura então cair..
Neste dia verdadeiramente, você saberá, o que é ter fé.
Pois vai ser somente ela, que te colocará novamente de pé!
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Existe pessoas felizes se sentindo solitárias. O coração que foi treinado para bater, apanhando já sem forças. Promessas de anos guardadas, sendo num segundo desacreditadas. Aquela esperança de que lá na frente ia dar certo, agora ficando para trás. A fé escorrendo dos dedos, quase caindo...Tantas coisas ouvidas e ditas , e agora o silêncio é o som mais alto. O ontem você foi, hoje você é, e amanhã..o que você será?
Se for pra sentir dor e viver a delícia, que seja para algo que já existe. Não promessas, esperanças, sonhos..
"Você não pode mudar a direção do vento, mas pode ajustar as velas para alcançar o seu destino."
As pessoas dão mil motivos para aquietar-me,
me ferem com palavras injustas, riem de mim.
Falam pelas minhas costas, torcem para ver o meu silêncio.
Mas eu não vou me calar, porque Deus já me fez nascer gritando.
..Suspiro, confessa o diafragma, um novo dia me toca.
ainda de joelhos, me desfaço dessa intenção que me sufoca.
Me estende as mãos a fé, acirrante ela tem um plano.
Pelos braços, como força de David confiante eu me levanto.
Pelas ruas, caminhando passos vagos pela calçada.
Da nascente o coração, a poças de águas, estagnada.
Não aflijas, alma minha o que é teu já não é meu.
confessa a carne, suplantada acima dos céus, abaixo de Deus.