Maurício Pereira de Jesus

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⁠Escuro de Si
Encontrei um corpo no escuro,não fedia.
Apenas sorria,como se fosse um espelho meu.
Piscina suja,matei eles dentro de mim.
Sujei minha alma de tristeza,apenas plantações que queimam.
Vejo-lhes na sombra
vejo meus amigos.
Vejo meus eus,apenas chorando.
Apenas vejo-me…
Sentando na esquina da praça,procurando algum jeito de partir.
Sabendo que meus eus morrerão,
Sem chance de nada.
Velhos costumes novos objetivos,eles me renderam e eu os perdi.
A dor escraviza,ando no escuro buscando a luz da cozinha.
Não sinto mais medo,sinto que me observam.
Algo me envolve,me abraça…
Aquela falta que eu procurava,aquele medo que eu não podia falar.
Aquela frase não dita.
Aquela ausência perdida.

⁠Jardins
Dentro do meu jardim,pessoas com cabeças de animais simbolizam sua natureza interior,seguraram-me pela cabeça.
Com flores nas mãos,atiraram firmemente em minha cabeça.
Dói,te abandonar,quando você se ama tanto.

Os sons me enchem o peito daquilo que não posso falar,as figuras de penhaligon’s mudam meu habitat,não me encontrei para me chamar de meu.
Pude encher-te de amor,colhendo a beleza do jardim e plantando algo na sua alma.
Nunca saberei se reguei demais,se alimentei de menos ou se deixei queimar.

Plantei flores para me presentear,buscando um sentido naquilo que nunca fui exposto.
Como lidar com aromas…?
petricor faz exalar tudo aquilo que eu sonhava,café com cheiro e um sabor de beijo.