Matheus N. (Nassi)

126 - 150 do total de 152 pensamentos de Matheus N. (Nassi)

Como pode um homem se deixar fotografar estando em meio as flores? Simples: Ele não deixou de ser homem, ele só precisou gostar de estar entre as flores.

Inserida por exnassi

Hello Stranger,
Droga! Como me dói estar longe de você, como me toma esse sentimento de vazio, que é quase tão grande quanto a saudade que sinto quando você não está por perto. Droga! É uma droga, não te ter por perto, e é ainda pior ter que admitir isso pra mim, é doloroso ter que entender que te deixar ir, por mais certo que pareça, ainda é tão doloroso que eu me arrependo todo vez que penso o quão necessário isso foi. É uma droga te ver feliz e saber que você consegue ser feliz sem mim, é uma droga me sentir uma droga por você não está se sentindo uma droga. Qual o meu problema? É sentir demais? Ou sentir errado? Sentir que você deveria demonstrar tristeza por não termo mais o número um do outro, a gente nem se segue mais no instagram pra poder responder um “stories” polêmico com outra polêmica. Mas que DROGA! Eu odeio isso, eu odeio esse fim que o “nós“ levou e odeio ainda mais que quem ler até aqui, só enxergou um casal de namorados e nem sabe que tô falando de você, meu mais profundo e chegado amigo. Eu nunca fui de acreditar nessa coisa de “Melhor amigo” essas convenções que inventam pra ajudar o noivo ao denominar quem deve ser escolhido pra ser padrinho do casamento com a mulher da sua vida, mas você me fazia crer nessas coisas made in sociedade. É amigo, passamos por mal bocados pra chegar aqui né? Nesse aqui que só a gente sabe o quanto foi doloroso chegar. Um dia éramos as duas metades de uma mesma laranja e no dia seguinte o que restou dessa laranja foram os caroços, secos de sol e inférteis. Doeu, dói, vai doer lembrar de você e de nós e é estranho ter um “nós “ depois que nós deixamos de ser nós pra sempre eu e você, caminhos separados e vidas distintas, dá pra acreditar?
Bom velho amigo, eu ainda sou a sombra no fundo da plateia do seu espetáculo diário onde sendo o ator principal, você dá um show e me deixa derramando orgulho. Eu ainda sou o cara que deixa as moedas que faltam pra inteirar o preço da passagem de ônibus sem que você saiba, eu ainda vou ser o pai que por um filho enfrentaria o mundo, por ti. Mas nunca serei nada “pelos velhos tempos”, não nos devemos nada, afinal, sempre fomos abundantes e nunca gostamos de poupar amizade. Não pense que me afastar foi o caminha fácil, esse foi o caminho com a placa “sem volta” na entrada, mas antes de facilidade eu busquei necessidade, ser nocivo pra um acabaria sendo pra dois e isso acaba com qualquer sentimento de qualquer intensidade. Despedidas não são fáceis pra ninguém, velho amigo, e espero que a nossa tenha sido um “até logo”, mas não vou exigir da vida algo que quero, estou apto a receber o que ela me guarda. Espero que fique bem consigo, para assim ficar bem com o mundo. Você é tão jovem e o mundo tão grande. Torço por ti, torça por mim e nunca se esqueça de que o mundo é todo seu, e você sempre soube voar, só nunca deixe que lhe podem as asas, você é infinito demais pra ficar no ócio eterno de um mente sem memórias.

Inserida por exnassi

Era 23 de novembro de 2017 e eu estava com medo, eu soava frio, eu mal conseguia respirar, eu só pensava que daria tudo errado... Foi quando em meio a tanto caos chegou a sua mensagem. A sua mensagem foi sobre o orgulho que sentia de mim, você me falou sobre a certeza que tudo daria certo por eu estar envolvido com isso, você disse que estaria na plateia do teatro naquele dia, mas que na plateia da vida você estaria pra sempre me aplaudindo, de pé, enquanto gritava meu nome. Nesse mesmo dia eu me preparava pra fazer a minha estreia e entrei em curto-circuito, meu peito não era mais controlado por mim, eu sentia a necessidade de chorar, eu sentia a necessidade de vomitar palavras bonitas antes que o excesso das mesmas me sufocasse, então eu fiz, eu disse o que sentia e como me sentia àquelas pessoas, que eram companheiros de cena, de vida, de teatro, porém, em meio aos abraços recebidos eu ainda sentia a falta do ar, o tremor nas mãos, o medo no peito, e você me ajudou. Eu ainda nem tinha entrado em cena e te vi, brincando de esconde-esconde comigo (ou ao menos achava que eu não ia te descobrir na plateia de cima) fazia dois meses depois do último adeus, que achamos ser definitivo, mesmo com o medo imenso no peito de que isso fosse realmente verdade. Chegou a hora, entrei e fiz o melhor que podia naquele momento, eu não enxerguei ninguém na plateia, eu nem sei se realmente alguém me viu em cima daquele palco ou se foi tudo fantasia, pra mim, sempre será um sonho muito bom e do qual acordei sem querer acordar. Fim. Fim de espetáculo, fim de personagem, fim de ciclo... E eu saio pelo camarim para voltar a ser Matheus. Eu vejo meus amigos e saio correndo pra abraça-los e despejar toda a minha gratidão, pra minha surpresa eles não aceitaram, eles é que me encheram, eles me abraçavam sorrindo e dizendo que foi lindo, meus amigos são especiais, eles não são pessoas iguais as outras, eles têm algo diferente, sei lá... Eles são únicos, maravilhosos, e muito talentosos. Finalizei aquele dia, em meio ao abraço dos meus amigos, os de perto, os de longe, os de agora e os de antes, os de sempre e os de NUNCA VAI ACABAR. Eu também recebi um abraço apertado e caloroso de alguns alguém(s) que eu já sou amigo desde antes de nascer, a rainha da minha vida demonstrou orgulho no olhar e aquilo de fez flutuar, minha tia me encheu de elogios e minha prima me fez entender que realmente eu fui bem, porque ela me elogiou mesmo sem gostar muito de teatro, aquele momento foi único, foi diferente, foi especial. Eu terminei a noite acompanhando de amor, eu terminei a noite com eles, meus amigos.

Inserida por exnassi

Oi eu de outro corpo,
Você tem passado sufoco atrás de sufoco né? É... eu tenho sentido aqui no meu peito sua tamanha aflição. Você acha que eu não entendo né? Bom, do mesmo jeito que você, talvez não, mas ainda assim eu partilho do furacão que te tem tirado o sono. Ei, eu sou parte de ti, assim como tu és parte de mim, não vês? Essa lágrima aí, tá rolando no meu rosto também, a mão fria? Estou com as duas, aperto no peito? Acertei? É como se o meu coração crescesse tanto que não tem espaço pra ele. Ei, eu! Você acha que pode lidar com tudo sozinho e até pode, mas não precisa. Eu sei que te tenho, então porque não aceitas que tens a mim? Eu sei que ás vezes, ou melhor, sempre, eu me meto demais em coisas demais e que às vezes as pessoas tem problema em partilhar seus problemas, até de eu pra eu. Mas “eu”, ei! Despeja em mim, cospe fora essa angústia, porque segurar essa pose de forte se sabe que no primeiro olhar que eu der, tu vai despencar de cima desse teu muro em torno de si mesmo? Não precisa ser assim, mas já que é me afastarei. Olharei de longe para ti e estarei a esperar apenas o sinal, sonoro, visual, não sei, dê o sinal e saberei, que dentro de eu, ainda falta eu, e que eu posso ajudar, corro pro problema, te ajudo no dilema, mas te peço: ME DEIXE ENTRAR.

Inserida por exnassi

Eu te amo, mas eu me amo mais. Não há erro nessa frase, não há erro em si ter como abrigo caso nada dê certo ou mesmo quando tudo dá certo demais. Não há erro em si ter como amigo mais íntimo, e não há erro em manter a sua resiliência ao alcance das mãos. Lembre-se, amor e espontaneidade andam juntos, são sinônimos, são amantes de mãos dadas no pôr do sol da sua alma. Não aceita meio amor, não aceite “quem é sabe”, não aceite nada além de atitudes. Há abraços que falam mais que o livro de “As crônicas de Nárnia”, há beijos que são mais inesquecíveis que ganhar na loteria por dois anos seguidos, há “estar junto” que são mais solidários que tentar ajudar, e não ajudar em nada. Amar parece fácil, mas não é simples como parece. Dar seu coração a um completo desconhecido ou desconhecida é aterrorizante e tem que ser, trate-se como prioridade, ame-se, cuide-se, fuja de tudo que te prende, que te afasta de quem és. Se me perguntarem como é se sentir amado eu não precisarei dar uma resposta, quem é amado não precisa de definição, é e sabe.
Falta de reciprocidade? Tô fora! Pego minha bike e vou embora!!!

Inserida por exnassi

Eu achei que podia fugir de quem eu era, eu achei que quem eu era tão ruim que eu deveria fugir, mas não, não era ruim, era eu, e se eu era ruim era porque eu ainda não tinha aprendido a conviver comigo mesmo. Decidi partir de mim, decidi me dar um tempo, um tempo necessário, um tempo comigo mesmo embaixo de uma árvore, daquelas enormes onde a gente senta pra refletir sobre a vida. Foi lá, no meu isolamento interno do mundo, que eu aprendi uma das melhores e mais importantes lições da vida: deixar ir. Não é fácil deixar ir, só os fortes conseguem, não é algo que você acorda e diz “hoje eu vou deixar ir” e só segue o baile. Ás vezes deixar ir algo com que conviveu por muito tempo dói, machuca, é quase impossível, te deixa fraco, te quebra as pernas, quase te mata. Foi aí que eu senti a chuva, a chuva mais forte e densa que já havia visto em toda a minha existência, era uma chuva fria, com nuvens escuras, ela molhava tudo, encharcava, e foi ali também que eu quase me afoguei, a chuva era alimentada por mágoas, mágoas que eu guardei por muito tempo no profundo do meu ser e agora me afogavam de mim. Eu mergulhei naquele mar de mágoas e achei que nunca mais veria a superfície, aí eu encontrei, no meio de tantas memórias ruins, um raio de luz, a minha salvação, eu me encontrei com o pedaço de mim que andava angustiado, e com um abraço dos mais fortes que já dei em alguém, ele me perdoou e me mostrou que havia uma saída. Logo após a chuva de mágoas em me encarei com um imenso e seco deserto, nunca estive em um lugar tão feio, tão vazio, era silencioso de doer os ouvidos. Ali estava eu, em meio a todos os perdões que eu não tinha dado, eu me encontrei com meu orgulho. Ele era feio, velho, forte, cheio de prepotência e não queria me deixar chegar até o outro lado desse deserto que eu mesmo tinha criado dentro de mim. Ele me disse algo que nunca esquecerei “foi por deixar teu ego falar, que cada gota de vida aqui morreu e esse imenso deserto se criou”. É duro ter que entender que seu orgulho fez com que o bom em você morresse, é duro ouvir que a vida acabou por não ter dado ouvido a sua humildade pelo menos uma vez na vida, foi duro me encontrar naquele lugar, parecia que iria morrer ali, eu já não sentia mais as minhas pernas, eu nem sabia se o que via era verdade ou alucinação, eu gritava no silêncio do meu ser, ninguém parecia ouvir, nem eu mesmo me ouvia, foi quando um gavião me pegou, ou ao menos o que restou de mim, pelo bico e me levou junto com meu pedaço que estava no deserto, pra um lugar com grama verde, cachoeiras e um urso que esperava impaciente, que um peixe pulasse na sua boca. Aquele momento eu soube que me encontrava com a minha paciência, e a forma com que eu entregava minha sorte ao acaso e não corria atrás de nada, eu deitava e esperava os peixes pularem na minha boca, eu não corria atrás, eu tinha medo e preguiça de me atirar à correnteza para pegar os peixes. Deitar e esperar havia se tornado cômodo, viável e habitual. Nesse momento pós-descoberta eu decidi pegar o bote que estava à margem do rio e seguir a maré, ir atrás de algo pelo menos uma vez, e dessa vez eu estava indo atrás de quem perdi, que no momento era o meu eu. Antes de partir ganhei do urso, um dos meus pedaços, um dos que ainda faltavam, e segui, junto com meus pedaços, partes de quem eu era, mas que no momento não estava sendo. Segui pelo rio até que me deparei com uma cachoeira, e em meio ao desespero de ver a morte diante dos meus olhos, os fechei e aceitei o meu destino. Que brisa é essa no meu rosto? Não pareço cair, pareço estar flutuando... O que me aconteceu? Abro meus olhos e me encontro em meio às nuvens, lá de cima eu vejo cada parte de mim, da raiva ao medo, da serenidade ao amor, em me vejo por completo, mas não entendo o motivo de não ter tido que enfrentar essas tantas outras partes de mim. Eis que um pássaro me sussurra ao ouvido: “tu não precisas se encarar mais, já aprendestes demais o que é preciso ser feito, voe, voe como eu até quem és. Ame-se, ame tudo que és e tudo que não está sendo, perfeição não deves te agradar, ao invés disso, deves procurar se adaptar aos teus erros e a preservar tuas qualidades, voe pra longe de tudo que te distancia de si, porque já passaste muito tempo longe. Voe, voe ao seu próprio encontro”. Nesse momento eu acordo com o travesseiro molhado, suado, sem ar, e com o peito queimando. Nesse momento eu havia me achado, eu pude duelar com quem me impedia de me tornar quem eu já nasci sendo, eu mesmo. Depois desse dia, eu aprendi que por mais escuro, longe e profundo, nós estejamos de nós mesmo, precisamos nos buscar. Buscar quem somos.

Mar,
Ah meu querido amigo, tua imensidão me constrange, teu azul profundo me deixa envergonhado, mas ainda assim eu me enxergo tanto em ti. Assim como eu, tu afastas de ti as pessoas quando se encontra estressado, tu as aproximas quando se sente vazio, e as abraça aos fins de tarde quando todos estão pensando que o dia acabou e por isso devem ficar tristes. Ah mar, tu és tão sábio, tolos são os que não aprendem contigo, os que não aprendem a te ouvir, te sentir, te deixar tomar conta dos seus corpos que boiam em suas águas salgadas. Ah mar, me dá tua serenidade, que eu te prometo que sempre volto e te dou um pouco do meu amor.

Inserida por exnassi

Zete,

Foi de broto à planta, de botão à rosa, de semente à árvore de frutos magníficos;
Zete foi de fraqueza à força, foi de obediência à ousadia, foi de tranquilidade a sagacidade e continuou indo...
Zete nunca teve medo da morte, afinal, ela travava lutas diárias contra coisa muito pior, então... Como teria?
Zete nunca passou despercebida, ela chegava e marcava. Ela mostrava quem era, e todos a amam por isso;
Zete, traduzido do amor de quem a ama: FORÇA INFINITA... É força e luz;
É raiva e paixão;
É ódio... Ódio não, isso nunca coube em seu coração;
Zete é silêncio, delicadeza nos mínimos detalhes entre suas cocadas e suas costuras;
Zete estava presente no cavalinho de pano que deu a seu neto;
Sua doçura estava presente nas suas cocadas;
Sua força estava presente na sua comida;
Sua leveza estava presente no seu abraço;
E no seu olhão azul eu podia ver, era claro, o amor que me era dado;
Zete se foi, mas como sempre, ela não se encheu de “tchaus”, ela nos banhou de “até logos” e que logo eles cheguem;
Zete passou por mim, e o que eu posso dizer é que antes de Zete eu era um, depois dela, eu sou infinito.

Inserida por exnassi

Turbulências na alma que chegam, bagunçam e vão. É importante que entenda, criança, isso nunca deve ser maior que você.

Inserida por exnassi

Ainda garoto eu não entendia o que se passava em mim
Era ódio, raiva, agonia, perguntava a DEUS o que eu estava fazendo aqui.
Ainda garoto eu tive que aprender a lidar com a rejeição
A falta de amor, o desinteresse e a indiferença são a praga da nossa geração.
O eu garoto nunca entendeu porque as pessoas preferiam ser duras e grossas a amar e abraçar a todo o momento
No fim, o eu garoto teve que aprender a deixar de ser garoto e tomar a injeção do “ser homem” e foi ali, solitário enquanto matava o meu eu garoto, que aprendi;
Estamos perdidos, estamos sozinhos e gostamos disso, estamos cheios de “desamor”.
Estamos, fomos, ficamos e morremos.

Inserida por exnassi

Ele nunca quis aprender a voar, sempre preferiu o mar por admirar sua imensidão. Nunca foi de mendigar e se não for 100% ele nem dá atenção. Desde cedo aprendeu a se adaptar, cair é sobre aprender a levantar e se ralar é parte da lição. "Vida louca, vida, vida breve. Já que eu não posso te levar, quero que você me leve". Crescer é sobre si aprender, aprender sobre você e com você, como viver.

Eu parei de escrever quando tinha medo. Eu parei de escrever quando estava feliz. Eu parei de escrever quando estava triste. Eu parei de escrever, só parei. Eu não sei quando eu comecei a me deixar dissolver pela vida, pelos problemas e pelo pré-conceitos alheios. Eu não lembro quando e onde eu me vi pela última vez e nem se eu cheguei a me ver pela última vez, antes de abrir mão de mim. É engraçado começar a vida com tudo programado, o dia que você vai nascer, o horário de mamar, quando vai começar a estudar e que gravatinha borboleta vai usar na sua formatura da alfabetização. Daí, você cresce e vê que o mundo exige de você outros comprometimentos, como acordar cedo e ir até o banco resolver “problemas de adulto” quando o que você mais quer fazer é dormir e descansar de um dia estressante e ou quando você precisa ir trabalhar, porque diferente da escola, eles vão querer saber o motivo e vão te castigar por isso. O mundo adulto não perdoa, mas alisa, não passa a mão pela cabeça e nem é doce. Você cresce com tudo arrumado e do nada eles te jogam por conta própria num canto úmido, escuro e cheio de solidão. Dói não ser mais nada do que adulto, dói não ter meus amigos sempre a um passo de mim ou a uma bolinha de papel, dói não ter mais um intervalo emendado com horários vagos que nos permitiam tirar fotos, sorrir e colocar o papo em dia. Dói, machuca, é ruim. Eu sei, ser adulto e amadurecer é algo que você “precisa” fazer, mas alguém perguntou se eu gostaria de fazer isso? Alguém perguntou se eu gostaria de andar em bancos e assinar contratos? Alguém se preocupou em perguntar se eu gostaria de ter a necessidade de ter que trabalhar em um lugar só pelo dinheiro, porque as outras pessoas nunca valorizam o que você é bom o suficiente? Quando eles perguntaram se eu estava afim de me perder de mim? Quando eles falaram “com licença, você quer abandonar seus sonhos e vir trabalhar sem ser realizado, mas de forma remunerada”? Quando as pessoas começaram a não se preocupar? Quando?

Ser adulto dói, machuca a alma, entristece e aborrece o meu ser. Ser adulto á amargo, tem gosto de café frio e tem cheiro de cc. Ser adulto te dá espaço aéreo, mas te poda as asas. Ser adulto é... tudo que você quer ser quando criança, mas tudo que você não gosta de ser quando adulto. Ser adulto é isso e eu não gosto.

Inserida por exnassi

Me feri,

Me feri ao não tentar me feri;

Me feri ao tentar ajudar;

Me feri ao me meter no que não fui chamado;

Me feri ao exigir empatia, mesmo sabendo que é algo muito difícil a se fazer;

Me feri por mesmo sem saber, querer me ferir;

Me feri por ego;

Me feri porque não pensei, só fiz;

Me feri e me feri feio ao ferir você;

Por fim, a vida é um jogo de “aceite o que aconteceu e siga o baile”, mas não sei se conseguirei;

Até lá, por fim e para mim, será difícil mas sobreviverei.

Inserida por exnassi

Escrevo enquanto choro;

Choro porque já não consigo conter em mim tamanha dor;

(sinto-me carregando o mundo no peito, de tamanho peso que sinto)

Não escrevo por achar que vou me libertar por completo desse meu eu de agora, que sofre e que se machuca. Escrevo na tentativa de buscar uma maneira de lidar com a dor, não mais a aguento, estou fraco demais.

Choro enquanto escrevo, porque não consigo trazer a força aos olhos, que fracos, se derramam sobre mim.

Choro e escrevo para lidar comigo, ou ao menos, com esse jogo de “mim” que a vida tem feito.

Não escrevo a alguém, não escrevo com intuito, só escrevo. Mudo. Olhos fechados. Respiração pausada. Escrevo.

Não há páginas que suportem tamanha dor, tamanho desequilíbrio, tamanho eu. (páginas se despedaçam)

Meus amigos nem notaram os sinais, eles riem comigo enquanto grito socorro por dentro.

Choro por não ter a coragem de admitir que preciso de ajuda, mesmo sabendo que as pessoas viriam para me ajudar.

Choro, é isso. Estou fraco, e por isso... EU CHORO.

Inserida por exnassi

Me olham estranho quando mudo.

Odeio quando me olham estranho quando mudo.

Nunca fui a pessoa que chega e diz “estou mal, me ajude”, confesso (ainda assim odeio quando me olham estranho quando mudo);

Hoje eu não quis mais habitar em mim.

“É CRISE” dizem os universitários;

É dor, digo eu. É desconforto, é grito comprimido, é falta de força, mas você não me entende.

Eu não quero um “o que foi?”, só quero um abraço. um amigo. Amor!

Fale comigo, fique comigo, se abrace a mim, seja meu amigo, preciso de ti.

Inserida por exnassi

Me tomas como velha companheira;

Se agarras a mim como parasita;

Suga do meu ser, a minha existência (e tenta levar contigo)

Me deixa pra baixo, me xinga, me bate, acaba comigo e...

Quem sou eu? Como sou eu sem ti? Há um eu onde não me abuses? Por que eu? Por que assim? Por que?

Sinto, ainda hoje, tu rastejando dentre minhas entranhas querendo sair;

Mistura de dor com desassossego que teima em habitar em mim;

Me causa ânsias, náuseas, vômitos, mas não se desprende (por que?)

Deixe-me sorrir e expor verdade, aparta-te de mim, voe para longe e me deixe

Deitado na cama eu espero, enquanto mal respiro, ajuda. [AJUDE-SE, AMIGO]

Inserida por exnassi

⁠eu te perdi;

Eu te perdi pra história;
Eu te perdi pro outro;
Eu te perdi em mim e no que fomos;
Eu te perdi dentro de tudo que gostamos e descobrimos;
Eu te perdi desde o dia em que nos deixamos ir e sem perceber, demos um adeus que não foi até logo;
Eu te perdi a cada dia que eu me encontrei;
Pois é, quem diria, eu te perdi;

A você que tanto foi e tanto fez e que também sou eu e que também fui pra mim, gratidão;
A você, por você, pra você, até mais;

Te amo de longe e te deixo ir porque a vida é sobre encontros e tudo que resta deles quando decidimos ir embora :))

⁠O maior dos erros do que nunca ganha, é achar que nunca vai ganhar, e assim, afastar de si toda a positividade imã que atrairia o ganho.

Inserida por exnassi

Então me vi ali, dentro daquela pequena história de rimas sutis e cheias de apereza sobre o menino sonhador que colecionava sonhos, metas, objetivos e que vivia efervecido pelo calor de cada um dos projetos que alimentava em seu peito;

PAUSA

Balde de água fria, mais um não. E AGORA? O menino sonhador que tanto planejou acabou, de novo, mais uma vez, perdendo a chance que mudaria tudo e aquele era um momento de se questionar: E eu? E quando? E como? E nunca?

E de sonho em sonho o menino sonhador foi se agarrando e seguindo e indo até não conseguir mais, era o que ele achava mas também nem tem como dizer o fim, porque no fim, o fim, não tem fim, porque está tudo apenas no começo.⁠

Inserida por exnassi

⁠Eu não tô feliz;
Eu não tô feliz há muito tempo. Eu não encontro mais a felicidade que encontrava nas coisas simples e nem nas elaboradas, eu não sinto mais felicidade quando trabalho, quando canto, quando escrevo, eu não sinto.
EU NÃO SINTO MAIS! Será que eu tô quebrado? Será que eu “nassi” quebrado? Será que... Será se...
As pessoas a minha volta vivem me dando receitas e sugestões do que eu devo e posso fazer a respeito, devo fazer listas? Planejamentos? Mudar como sou agora? Tenho que ganhar mais dinheiro?
NÃO SINTO.
Na verdade, minto ao dizer que nada sinto, às vezes sinto raiva, quase sempre sinto medo, toda hora tenho sentido frustação. QUE RUIM NÃO SENTIR SENTINDO TANTO.
Tenho virado as costas pra mim, tenho me deixado de lado por acreditar muito em mim mas saber que é mais fácil nem tentar, afinal, não sei se consigo me sentir tão mais frustrado. Eu tentei e tentei tanto, eu me esgotei. Eu tenho espaço ainda pra tentar?
Sigo com a, impregnada em volta de mim, ideologia de que sou santo, milagroso, genial, incrível, doce, amável, forte... forte, FORTE, F O R T E. Eu sou?
Vivi crescendo sendo algo e tudo o que me fizeram. Me calei quando falavam alto, tremi quando fui ameaçado, gelei quando fui abusado, morri quando me mataram, e me matam, seguem me matando, porque de mim eles não querem um “eu” eles querem um “eu faço” “eu posso” “eu tudo” “eu” “eu” “eu”
Sigo vivendo em promessas vazias de que não seria mais um de novo, sigo com os fantasmas de quem “me ama”, mas não o suficiente para estar perto, sinto dor, sinto que dói saber tanto de tudo, mas nada poder dizer, não gosto de ser resumido em um dramático conto televisivo.
Drama. Choro. Nada. Eu.

Inserida por exnassi

⁠Querido empregador, essa é uma carta aberta para você.

Eu não sei se você sabe mas eu sou clt, e eu adoraria só ter que escolher "é teatro ou tv?" mas o buraco é mais em baixo e meu tempo é muito pouco, pouco quase nem dá pra ver o que passa na janela do transporte público entre o meu percurso de casa pro trabalho, do trabalho pra casa enquanto tento encaixar meu pé na falta de espaço da van lotada e penso. Penso na conta pra pagar, na luz que vai cortar, no meu celular que não pode quebrar se não como eu vou trabalhar? É duro. Porque dentro do meu privilégio de ter um lar, um teto e para quem voltar, eu tenho que me desdobrar eu três empregos ou mais não pra agradar meus pais mas pra conseguir respirar.

Meu privilégio acaba aí, porque eu escolhi ser artista, fazer rir, alegrar, cantarolar mas ainda não sei passar em teste. Sabe o teste? Esse que você me mandou de última hora e que eu tentei dar tudo de mim? A mensagem chegou só com um "segue o texto" mas eu parecia estar ganhando o Oscar e olha que eu nem tinha passado mas também nem acreditei que podia, afinal, como colocar meus 30 minutos livres pra me preparar perto das horas de coach que o Matheus fez no dia? Eu me acostumei a não ser escolhido. Não tá tudo bem, mas eu aceitei.

Então mesmo depois dos planos e de toda a Fanfic que eu criei eu aceito: não sei passar em testes então pra que continuar fazendo? Eu perco os papéis que não tem nada haver comigo, eu perco os que tem tudo haver, os personagens que só eu poderia fazer são embranquecidos e eu me pergunto: pra quê, perder o tempo de me preparar tanto se a falta da minha família rica ou do meu diploma global me impede de alcançar isso?

É duro ser artista, é duro persistir. É duro pensar em desistir, é duro não conseguir por não poder abrir mão de nada. Mas se algo eu aprendi e com esse algo eu não preciso de mais nada, é que a minha arte é de sentir e esse sentir eu posso entregar até em beira de estrada.

Inserida por exnassi

algumas relações são construídas em fases e para fases específicas, aprendi isso cedo.

é legal pensar no passado e ver o tanto de gente que já passou em momentos diferentes e como foram importantes.
claro, tem os que ficam, sempre tem os que ficam. mas a questão é entender que tá tudo bem quem não ficar.

não devemos nos compromissar em ser eternamente ligados a todas as pessoas. existem as que aparecem para somar, as que vem para nos transformar, aquelas que são as transformadas tem até as que vem pra gente como ponte para outra pessoa, ou as que nós exercemos esse papel.

tem as que doem quando somem, as que dão alívio quando não vem mais, as que de vez em quando marcamos de nos ver, as que todo dia estão lá ou aqui, as que só vieram rapidinho, as que nem chegaram a vir pq só conhecemos de longe e é de longe que elas sobrevivem no nosso imaginário, as que machucam por querer, as que sem querer machucam e saem ainda mais machucadas, as que odiamos sem saber o pq e no fim é só amor, as que amamos sem saber o pq e no fim é só ódio, as que vem e nos amam e "amamos" e somem mas nem nos damos conta, as que nos frustram, as que nos elevam, enfim.

É UM CICLO ETERNO E SEM FIM. e eu sempre sofro um pouco, ainda mais quando entendo a hora de dar tchau. mas sabe o que eu gosto mesmo que fique? nem são as pessoas, essas eu deixo livre.

são as memórias, porque elas são minhas, só minhas, da minha forma, eu as controlo, eu as visito, eu as visto, eu as tenho, eu as comando, eu as cuido e eu as amo.

esse é um dos amores mais psicopatamente saúdaveis, não preciso mais de você, não tenho mais você, mas escolhe ter comigo tudo aquilo de bom que construímos juntos.

Inserida por exnassi

⁠Hoje eu chorei.
Hoje eu chorei pois tinha falta de casa;
Hoje eu chorei pois tinha medo de ficar e perder o mundo acontecendo o mundo sem parar, tal qual a Manu;
Hoje eu chorei de alívio pois acabo de subir um degrau da escada cinza e de pedra;
Hoje eu chorei pois por muito tempo eu fiquei calado;
Hoje eu chorei.
Hoje eu chorei, mas ontem eu também chorei.
Hoje eu chorei, ontem eu chorei, mas foram choros diferentes que carregavam lágrimas parecidas.
Será que eu sou uma fraude bem elaborada do que adoraria ser e do que adorariam que eu fosse e ninguém percebeu?
Hoje eu chorei.
Hoje eu chorei mas logo abri a janela e vi o seu, e ele tava quente tipo 24 graus, 24 é também o número que anunciou a minha partida de casa.
Hoje eu chorei, ontem eu chorei, mas sinto que amanhã eu vou sorrir forte.
Amanhã o sorriso que ecoará do sudeste à Bahia será de realização, será de orgulho;
Tenho orgulho por estar morrendo de medo;
Tenho orgulho de estar pecando por excesso de cuidado;
Tenho orgulho de errar;
Tenho em mim, todo o orgulho do que depositaram em mim a confiança que eu nem sabia que havia para mim, neles.
Tenho orgulho. Chorei. Vou sorrir!
Habito em mim e a mim mesmo perdoo. Habito em mim, choro com os outros e sorrio com o mundo.

Eu te amo, pequeno homem, te amo grande menino do interior. A cidade grande é cinza mas seu coração é colorido e ensolarado. Se ame, se doe, se der, se perdoe e siga, sempre, longe, grande, pro mundo. Voa!

Inserida por exnassi

⁠depois de se doar doar tanto, nada sobra, só o vazio. esse vazio por vezes é preenchido por uma fúria que ninguém entende e que pode ser seguida por uma profunda culpa - turbilhões em mim -

Inserida por exnassi

⁠Ele era marrom.
Marrom tipo essas cores de barro, de terra, de chão onde a gente finca as raízes, sabe?
Eu era azul.
Como o céu, como o mar, como alguns rios, como a imensidão, como a profundidade, entende?
Nós eramos distintos e talvez nunca nos tocaríamos, mas aí veio a chuva;
A chuva que era um pedaço do céu que caía na terra e o arrastava pra dentro de mim.
O problema é que pra terra, o importante é ter raízes, flores, árvores, vegetação que não sobreviveria muito tempo ao meu toque, e eu, água, passei a observá-lo de longe enquanto esperava a chuva.
E foi na época de estiagem que entendi que eu, rio ou céu, também tenho terra em mim, no fundo, mas que não se deixa ser levado pela minha correnteza, mas que ainda assim me fazia sentir bem por simplesmente saber que ela estava lá.
Não teve chuva, não teve “desaguar em mim”, não teve nada. Só teve eu.
Eu rio, seguindo em frente enquanto sofria depois de me permitir a ter solo em mim, mas que percebi que esse solo esse não me pertencia, mas que o vento me deixava acreditar que também poderia ser meu, tique que seguir meu curso.
Nunca as árvores foram tão bonitas, ou as flores tão coloridas, nunca mais me vi passando em baixo da linha do trem ou pude observar a terra onde tanto amei. Só fui, tive que seguir. Os galhos que se escondiam no profundo de mim, me arranhavam enquanto a minha correnteza me arrastava, isso doía, mas ensinava:
Eu era rio, ele era terra, e isso, sempre nos era lembrado todo dia pelos pássaros que nos cercavam e se sentavam à minha margem. SOMOS DIFERENTES E ISSO É DURO. Não podemos ter tudo, e eu tive que aprender enquanto chorava.

Inserida por exnassi