Matheus Henrique Carneiro Pinto Ruiz
**Nas Órbitas do Não Correspondido**
Em teu olhar distante, vejo estrelas a brilhar,
Constelações que não alcanço, no firmamento a desenhar.
Minha alma, como um cometa em sua trajetória solitária,
Arde em chamas ao rasgar tua atmosfera imaginária.
Anseio por tua luz, como a Terra pelo Sol a girar,
Mas, em meu eclipse, somente tua sombra a passar.
Tua presença, como a lua, controla as marés do meu ser,
Nas noites de solidão, tua ausência é o que vem a crescer.
Tento decifrar-te, qual astrônomo ao céu profundo,
Buscando em teus gestos um sinal, um mundo.
Mas, como um buraco negro, teu coração oculta seu brilho,
Deixando-me a orbitar em torno do vazio, sozinho.
No entanto, como a esperança de uma nova aurora boreal,
Guardo o desejo de que um dia meu amor possas notar.
E embora sejamos dois corpos celestes em fuga orbital,
Sonho com o alinhamento que possa nos juntar.
Será que devo seguir este curso, persistir neste vão amor,
Ou como as marés mudam, devo encontrar nova direção?
No universo de possibilidades, procurar um novo calor,
Ou resignar-me nesta galáxia de tua eterna rejeição?
Astronomicamente falando, somos universos em expansão,
Movendo-nos juntos, ainda que apartados pela imensidão.
Cada estrela cadente, um desejo secreto em confissão,
Neste cosmos do sentir, buscando gravidade, encontro ou não.
Assim, permaneço um astronauta perdido no espaço de ti,
Navegando no escuro, guiado pelas estrelas de tua indiferença,
Até que talvez um dia, por algum milagre cósmico, aqui,
Encontres em minha órbita, tua casa, tua essência.
No Jardim dos Pensadores
No vasto jardim do ser, onde brotam os pensamentos,
Planto meu amor não correspondido, rego-o com lágrimas silentes.
É uma flor estranha, que floresce em sofrimentos,
Entre os espinhos da dúvida e os solos das mentes.
Qual é a essência desse amor que apenas eu sinto?
Pergunta o filósofo em mim, buscando entender.
Será ele menos real, por ser um labirinto
Onde apenas minha alma pode se perder?
Nietzsche disse uma vez, com ardente fervor,
Que devemos amar a vida, aceitar até a dor.
Assim, amar sem retorno seria então uma forma de nobreza,
Amar o destino — amor fati — em sua pura beleza.
Schopenhauer, mais sombrio, poderia argumentar,
Que todo desejo é sofrimento, e o amor é um mar
Onde navegar é buscar a dor, em ondas de ilusão,
Afastando-nos da tranquila costa da razão.
Mas que diria Platão, com sua visão das formas ideais?
Será que o amor verdadeiro, em esferas celestiais,
Não precisa de resposta, pois é puro em si mesmo,
Uma união de almas, não um simples esquema?
E Kant, com seu imperativo categórico a guiar,
Diria que amar com respeito e dignidade, sem usurpar,
É agir eticamente, mesmo sem reciprocidade,
Pois o amor em si deve ser nossa moralidade.
Assim, me vejo filósofo entre estrelas e poeira,
Buscando sentido no amor que a alma inteira
Consome em chamas de um eterno questionar,
Onde ser amado não é certo, mas amar é um ato de se dar.
No fim, talvez Sartre e Beauvoir possam me ensinar,
Que somos livres para escolher como amar e navegar.
Que o amor não correspondido pode ser liberdade,
A escolha de amar, apesar da adversidade.
Filosoficamente, o amor é um eterno debate,
Uma dialética entre o coração e a mente.
Nesse jogo entre ser e parecer, tarde ou cedo,
Aprendemos que amar é, em si, um credo.
Reações Inacabadas
Na tabela periódica do meu coração,
Tu és o elemento raro, a essência da emoção.
Minhas moléculas vibram ao te ver,
Uma reação exotérmica, difícil de conter.
Meu amor, uma síntese de dopamina e desejo,
Neurotransmissores disparando sem cesseiro.
Serotonina diminui, na trilha do teu não,
Levando à melancolia de uma reação em vão.
Nossos encontros, experimentos falhados,
Misturas heterogêneas, destinos não alinhados.
Eu, hidrogênio, em busca de um oxigênio para ligar,
Você, um nobre gás, impossível de alcançar.
No laboratório do afeto, tento catalisar,
Esperanças, aditivos, para a reação avançar.
Mas o equilíbrio químico nunca vem,
A solução supersaturada apenas reflete meu desdém.
Ácido e base, tentamos neutralizar,
Mas cada titulação apenas parece nos separar.
Como reagentes em um béquer, sob a chama da paixão,
Só para descobrir que falta a estabilidade na equação.
E na balança analítica, meu amor pesa mais,
Um excesso de reagente, em desespero voraz.
Enquanto isso, tua ausência é o precipitado,
Que se forma no fundo, frio e calculado.
A cinética desta paixão, lenta demais,
Tempo e energia, consumidos demais.
No fim, talvez, devo filtrar meu próprio coração,
Separar o sentimento, recristalizar a razão.
Quimicamente falando, o amor é um estado instável,
Uma mistura de potenciais, bela, mas volátil.
Entre soluções e solvatos, meu amor não correspondido,
Persiste, um elemento isolado, em um frasco esquecido.
O Crepúsculo do Desejo
Nas sombras do meu coração, onde murmúrios ecoam,
Habita um amor sepultado, sob véus de luto e segredo.
Uma paixão fantasma, que nas trevas me assedia,
Um amor não correspondido, que como sombra, comigo vadia.
Nas tumbas de sentimentos, onde repousam os mortos,
Meu amor solitário vagueia, entre os esquecidos.
No jardim das almas perdidas, ele sussurra para a noite,
Promessas não cumpridas, num lamento sem açoite.
Como um vampiro, ele suga a essência de meu ser,
Deixando apenas a casca, um vazio a padecer.
Nas veias desse amor, corre não sangue, mas veneno,
Um elixir doloroso, doce e pleno de pequeno.
O céu de minha mente, outrora claro e vasto,
Agora coberto por nuvens negras, um tormento nefasto.
Cada estrela apagada, um sonho de reciprocidade,
Cada trovão distante, o eco de minha saudade.
Em noites de lua nova, quando a escuridão é completa,
A tua ausência é um espectro, na penumbra discreta.
Rondando os corredores de minha alma enclausurada,
Um amor zombeteiro, na escuridão encarnada.
Oh, como desejo libertar-me deste cárcere sentimental,
Quebrar as correntes desse amor brutal.
Mas como arrancar o próprio coração, motor de meu tormento,
Sem o qual a vida cessa, e com ele, só sofrimento?
Assim, na catedral do desespero, ao altar me prosto,
Ofereço meu coração, um sacrifício ao gosto
De um amor cruel, deus de minha devoção,
Que rege minha vida com mãos de perdição.
Esse é o crepúsculo do desejo, o ocaso do meu querer,
Onde amar é um inferno, um eterno padecer.
Entre sombras que dançam, e o frio que tudo consome,
Meu amor não correspondido, em trevas, encontra seu nome.
Lamento de um Eterno Menino
Em brumas do ontem, onde as luzes se cruzam,
Rezava a família ao inverso destino,
Que arrebatou, com mãos invisíveis e firmes,
Um filho, um anjo, de sorrisos divinos.
No seio do lar, uma estrela fulgente,
Nascido em corpo de homem, coração pueril,
Guardava a pureza dos céus em seus olhos,
E em risos serenos, o mundo sentiu.
Ond'outros viam a ciência e leis rígidas,
Via ele cosmos, e em estrelas dançava;
Na poesia e música encontrou a linguagem
Que ao peito dos homens, mansamente tocava.
Filósofo, advogado, de astros amante,
No seu mundo próprio, uma missão traçava:
Ensinar que no amor, como um rio que flui,
Encontra-se o sentido onde a vida se lava.
Mas como explicar, quando o céu se desfaz,
O quebrar da ordem, o filho que parte?
Chora o universo, na perda de um astro,
Que brilhou tão breve, em tão frágil arte.
"Se ele é incrível", assim ele disse,
"Ele não será fácil, mas vale o lutar";
Pois mesmo na dor da mais cruel despedida,
É o amor que nos resta, é o amor a ficar.
Sagrado menino, em adulto disfarçado,
Tuas lições de ternura, ainda ecoam, vivazes;
No teatro da vida, foste peça rara,
E nas cortinas do fim, deixaste rastros de paz.
Por todos os dias em que a música cessa,
E em que os poemas não podem consolar,
A lembrança de um espírito eterno e criança
Nos fará sorrir, nos ensinará a amar.
Na trama do destino, onde os suspiros se entrelaçam,
A falta de consideração desvela-se como neblina,
E a solução, um verso suave, uma melodia sutil,
Reside na distância, na dança das estrelas no céu noturno.
Não desperdice palavras ao vento,
Pois apenas o eco das almas verdadeiras as acolhe,
Ao invés, guarde-as como tesouros preciosos,
Para aqueles que sabem apreciar sua essência.
Não permita que sua vida se esvaneça,
Em amores fugazes, em desejos não correspondidos,
Aprenda a honrar sua própria luz,
Oferecendo sua ausência àqueles que não reconhecem seu brilho.
Não tema a partida das almas,
Mas sim a perda de sua própria essência,
Ao se esforçar para agradar a todos,
Perdendo-se na busca por aceitação.
Exclua, em silêncio, aqueles que não merecem,
Pois suas almas conhecerão o peso do vazio,
Às vezes, cortar laços é uma necessidade,
Uma libertação, um renascimento, uma verdadeira epifania.
Dizem que cada alma é a certa,
Mas algumas vêm para nos amar,
Enquanto outras, com suas lições delicadas,
Nos ensinam a arte do próprio amor.
Que coincidência é o amor,
Uma canção que às vezes se cala,
Mas que ressurge, como um suave sussurro,
Quando encontramos a harmonia dentro de nós mesmos.
Assim, ergamos fronteiras de amor próprio,
Afastemo-nos daqueles que não enxergam nossa beleza,
Pois priorizar nosso próprio bem-estar emocional,
É o caminho para encontrar a paz interior.
Na dança sutil dos corações,
O eco do desdém se desfaz em sutileza,
Como pétalas de rosa, delicadas e efêmeras,
A falta de consideração, um manto que se desata,
Em distância, em silêncio, em amor-próprio, se traduz.
Não envie mensagens ao vazio,
Pois lá, apenas o eco da solidão responde,
Em vez disso, reserve suas palavras,
Para aqueles que sabem ouvir a canção da alma.
Não desperdice sua vida em lamentos vazios,
Em amores que não sabem reconhecer seu brilho,
Aprenda a dar-se ausência,
Para aqueles que não sabem apreciar sua presença.
Não tema a perda das pessoas,
Mas sim a diluição de sua própria essência,
Ao tentar agradar a todos,
Perdendo-se em um mar de expectativas alheias.
Exclua, em silêncio, aqueles que não merecem,
Pois suas almas sabem exatamente o que fizeram,
Às vezes, cortar os laços é uma necessidade,
Uma libertação, um renascimento, uma verdadeira proeza.
Dizem que toda pessoa é a certa,
Mas alguns vêm para amar,
Enquanto outros, com suas lições árduas,
Nos ensinam a arte do próprio amor.
Que estranha coincidência é o amor,
Uma sinfonia que às vezes se cala,
Mas que ressurge, vibrante e etérea,
Quando encontramos a harmonia dentro de nós mesmos.
Assim, estabeleçamos limites saudáveis,
Afastemo-nos daqueles que não nos valorizam,
Pois priorizar nosso próprio bem-estar emocional,
É o caminho para encontrar a verdadeira felicidade.
Na tapeçaria intricada da vida, a falta de consideração se revela como uma teia de complexidades, onde as exigências vazias de cobrança se perdem no labirinto do desdém. A solução, paradoxalmente, não reside na voracidade das palavras não ouvidas, nem na tentativa vã de resgatar afetos desmerecidos, mas sim na distância calculada, na generosidade do silêncio que ecoa ausência.
A mensagem não enviada é um ato de autenticidade, uma recusa gentil à negação do próprio valor. As palavras não proferidas, por sua vez, são pérolas de sabedoria, preservadas na reserva para aqueles que têm ouvidos prontos para escutar, para compreender a melodia da alma.
A vida, essa efêmera preciosidade, não deve ser desperdiçada em companhias que não reconhecem sua dignidade intrínseca, sua essência única. A felicidade genuína não se encontra na complacência com relacionamentos vazios, mas sim na coragem de se distanciar do que não alimenta o espírito.
O temor não reside na perda das pessoas, mas sim na diluição da própria identidade ao tentar agradar a todos. A exclusão silenciosa é um ato de autodefesa, uma afirmação silenciosa do próprio valor, cujo eco ressoa na consciência dos que se negam a reconhecer o presente que lhes é oferecido.
Às vezes, na encruzilhada dos destinos, somos confrontados com a dolorosa necessidade de cortar os laços que nos aprisionam, as relações que nos sufocam. E nesse momento de separação, as vozes das dúvidas podem ecoar, mas a verdade está naqueles que, ao nos afastarmos, percebem que foram eles mesmos que nos entregaram a tesoura.
Dizem que toda pessoa é a pessoa certa, mas essa certeza não é homogênea. Algumas surgem em nossas vidas como mestres, ensinando-nos a amar a nós mesmos, enquanto outras são meros capítulos passageiros, destinadas a desaparecer no tecido do tempo.
Que ironia é o amor, essa sinfonia etérea que muitas vezes se perde no silêncio dos corações desencontrados. A música que uma vez embalou nossas almas, às vezes, se cala sem aviso prévio, deixando-nos perplexos diante da sua ausência.
Portanto, na tessitura da existência, é imperativo reconhecer o valor da própria presença, a importância de se estabelecer limites saudáveis e de se distanciar daqueles que não reconhecem a nossa luz. Pois só assim podemos verdadeiramente cultivar a felicidade interior, regada pelo amor próprio e pela gratidão pela beleza efêmera da vida.
*matheushruiz*
Um dia você vai entender,
Que amar não é só ter,
Não precisa de rótulo, nem de um nome,
É apenas sentir, sem fronteira ou sobrenome.
Amar alguém pode ser qualquer pessoa,
Uma amizade sincera, uma companhia boa,
Desejo que você tenha a quem amar,
E quando o cansaço pesar, ainda consiga recomeçar.
Eu posso te amar, sem nada esperar,
Mas quem sabe se você vai aceitar?
Se não for o que você quer ou precisa,
Será que um dia alguém me ama na brisa?
As coisas são assim, misteriosas, sem fim,
E se será, será, nos caminhos do jardim.
Pra ser sincero, meu remédio é te amar,
Te amar, sem pausa, até o mundo acabar.
Um dia, você vai entender,
Para amar alguém, não é preciso prender,
O amor não necessita de relacionamento,
Ele floresce na amizade, em cada momento.
Amar alguém pode ser qualquer pessoa,
Um carinho sutil, uma alma boa.
Desejo que você tenha a quem amar,
E quando estiver cansado, possa recomeçar.
Eu posso te amar com todo o meu ser,
Mas quem me garante que você vai querer?
Se não for o que você deseja, o que então resta?
Será que alguém, um dia, me amará sem aresta?
As coisas são assim, um mistério constante,
E se será, será, a vida segue adiante.
Pra ser sincero, meu remédio é te amar,
Te amar, sem medo, sem parar.
Pois o amor é a essência, a cura, a razão,
É o fogo que aquece e ilumina o coração.
E mesmo que as respostas não venham no instante,
Te amar é o que me faz seguir adiante.
O amor é uma força misteriosa e bela que transcende qualquer definição simplista. Ele não se limita a relacionamentos românticos; pode florescer em amizades profundas, em gestos de bondade e em conexões que tocam a alma. Amar alguém é desejar o bem dessa pessoa, querer vê-la feliz e realizada, mesmo que não haja um vínculo formal que nos una.
Quando você se encontrar em um momento de cansaço extremo, que ainda haja amor em seu coração para recomeçar, pois é o amor que nos renova e nos dá forças para seguir em frente. Que você tenha sempre a quem amar e, mais importante, que sinta-se amado em retorno. Afinal, amar é uma dádiva que enriquece a vida, e ser amado é um presente que aquece o coração.
Eu posso te amar com a ternura e a suavidade que a poesia proporciona, com a mesma delicadeza de um poeta que vê a beleza nas pequenas coisas. Mas o que me garante que você vai aceitar esse amor, se não for exatamente o que você quer ou precisa? Será que algum dia alguém vai me amar para sempre? São questões que a vida, com seu jeito enigmático, se encarrega de responder.
As coisas são assim, muitas vezes fora do nosso controle. Se será, será. E, para ser sincero, meu remédio é te amar. Te amar com a pureza de um sentimento que não exige nada em troca, que existe apenas pelo simples fato de existir.
Que possamos todos encontrar esse amor incondicional, seja na amizade ou em qualquer outra forma que ele decidir tomar, pois no final das contas, o amor é o que nos mantém verdadeiramente vivos.
Para que ocultar a verdade,
E simular um perdão que jamais nasceu?
Por que buscar a amizade sem mácula,
Quando a emoção há muito pereceu?
Oh, destino caprichoso, chama de amor,
Nossa melodia jamais voltou a soar,
Para que exercer tanta cortesia,
Se o veneno das segundas intenções está a destilar?
Desperdiçando o doce néctar da alma,
Lentamente, de flor em flor, a vagar,
Entre meus adversários, tu, beija-flor,
Teu nome resguardei, por afeto, a velar.
Sob um nome oculto, Beija-flor te chamei,
Para preservar o sentimento que em mim floresceu.
Jamais respondas, meu doce amor,
A qualquer transeunte que o destino nos deu.
Em eufemismo, me escondo e te declaro,
Que a delicadeza do passado persiste em nosso ser,
Mas no silêncio e na distância nos guardamos,
Como um segredo que o vento não pode deter.
Com sofreguidão,
O amor que foi, agora é só recordação.
E o que resta é viver, entre o ser e o nada,
Com a alma partida, mas ainda encantada.
Amor de Dentro pra Fora
Queria um cafuné e amor teu, só pediria isso e mais nada,
No desassossego da vida, um toque suave, um alento.
Deveria ter visto mais o sol se pôr, mais pôres do sol em nossa estrada,
Mas a pressa das horas, cega e surda, roubou-me o momento.
Será que eu sei que tu eras mesmo tudo o que me faltava?
Ou seria apenas o reflexo de minhas próprias lacunas?
Hoje leio as poesias que fiz para nós, cada verso uma alma que clamava,
Não sei por que razão tudo mudou assim, deixando-me à mercê das brumas.
Ficaram as canções e tu não ficaste, melodias órfãs de sentido,
Ainda lembro o que estava lendo, páginas que falavam de amores perdidos,
Só para saber o que achaste dos versos que fiz, do amor que semeei,
E ainda espero resposta, um eco no vazio, prova de que amei.
Quando chegar o momento, este meu sofrimento vou cobrar com juros, juro,
Não de ti, mas do destino, desse tempo que escoa sem pudor,
Que coincidência é o amor, que se esconde nas entrelinhas do dia-a-dia,
A nossa música nunca mais tocou, silêncio que corrói, que fere, que expurga.
Para quê usar de tanta educação, para destilar terceiras intenções,
Palavras polidas, mas vãs, mariposas cegas ao redor de falsos brilhos,
Desperdiçando o meu mel, doçura que se perde na amargura das ilusões,
Devagarinho, flor em flor, fui-me apagando, sumindo em teus desvios.
Entre os meus inimigos, beija-flor, descubro o amor-próprio renascendo,
Um regresso às raízes, ao que sou sem precisar ser por alguém,
Amor de dentro para fora, genuíno, sem máscaras, sem desculpas,
No fim, é o amor que resta, em mim, em ti, na essência que é nossa e de mais ninguém.
Resposta
Queria um cafuné e amor seu, só pediria isso e mais nada. O toque suave dos seus dedos em meu cabelo, como se cada fio fosse uma corda de violão, ressoando uma melodia de paz e aconchego. Ah, se eu pudesse ter pedido apenas isso, teria sido o suficiente para iluminar meus dias sombrios.
Deveria ter visto mais o sol se pôr. Deveria ter aproveitado mais aqueles momentos simples, onde o céu se tingia de cores que só o amor sabe pintar. Será que eu sei que você era mesmo tudo aquilo que me faltava? Hoje, nas entrelinhas do crepúsculo, vejo que sim, você era a peça que completava o meu quebra-cabeça de sonhos.
Hoje eu leio as poesias que eu fiz pra nós, cada verso carregado de uma esperança que parecia infinita. Não sei por que razão tudo mudou assim. Ficaram as canções e você não ficou. E nas melodias que ainda ecoam, sinto a ausência do seu ritmo, da sua voz.
Ainda lembro o que eu estava lendo, tentando encontrar nas páginas a resposta para o vazio que você deixou. Só pra saber o que você achou dos versos que eu fiz. E ainda espero resposta, como quem aguarda o desabrochar de uma flor em pleno inverno.
Quando chegar o momento, esse meu sofrimento vou cobrar com juros, juro. Não por vingança, mas por justiça ao coração que te amou sem medidas. Que coincidência é o amor, cruzando nossos caminhos em momentos tão precisos e, ao mesmo tempo, tão incertos.
A nossa música nunca mais tocou, e cada nota ausente é um lembrete do que perdemos. Pra que usar de tanta educação, pra destilar terceiras intenções, desperdiçando o meu mel? O amor verdadeiro não precisa de subterfúgios, de máscaras ou disfarces.
Devagarinho, flor em flor, você foi beijando novas primaveras, enquanto eu permaneci no outono do adeus. Entre os meus inimigos, beija-flor, encontrei a solidão como companhia constante, lembrando-me que o amor, de dentro pra fora, ainda é o que mais me define.
Posso perder tudo na vida, menos o amor da pessoa amada.
Esperança no amor, no porto seguro,
Esperança em teu esperar,
No canto do luar, até o mar,
De norte europeu ao sul do teu coração,
Florindo em canção, existe um amor,
Um calor, um eterno amor.
Onde há alegria, há felicidade,
Contra a força do amor, não há resistência.
Sem você, a vida não tem cor,
Sem amor, é sem humor, sem esplendor,
Com dor, com dissabor,
Preto e branco sem mais ilustrador,
Do termo sem fim, quiçá eterno,
Mas imortal, do amor que tive,
Com sabor de contentamento.
Ao redor do mundo, nada se compara a ti,
Ser para sempre o geólogo do teu coração,
Aprender uma nova canção.
Assim, de tudo ao meu amor será,
Numa poesia em forma de canção para ti.
Não entendeu? Confesso, já passei pela mesma dificuldade.
Ao fim, vence o amor, que tudo passa, menos o amor.
Valorize o amor; teu amor eterno e imortal.
Entre a bruma da incerteza,
onde o amor se oculta e surge,
navega a alma inquieta,
carregando o fardo do desejo,
sem regras a seguir, sem mapas a traçar,
ele simplesmente acontece,
como uma canção silenciosa,
tecendo laços invisíveis,
no carinho mútuo que floresce.
Oh, linda canção,
declaração infinita,
tua melodia é o ar que respiro,
e o momento sempre juntos,
a paixão que permanece,
um sentimento eterno,
raízes profundas,
alimentando o amor que cresce,
cada verso um anseio,
cada nota um suspiro.
Escrevi-te, amor, em dias de paixão,
quando o coração ardia,
tratando da dificuldade,
de me entregar plenamente,
sentindo o peso da incerteza,
desejando a plenitude.
O primeiro verso é um reflexo,
do desejo mais profundo,
muito mais um sonho que realidade,
lembranças de um tempo,
onde a tristeza era companheira,
a mais triste canção que já escrevi,
ecoando em meu ser.
Não me acostumo sem teus beijos,
sem teus abraços, não sei viver,
aprendi que o tempo é relativo,
meu mel, por um momento ao teu lado,
faria qualquer coisa nesta vida,
para sentir-te mais uma vez.
Amor, tu és a canção inacabada,
que ressoa em meu peito,
esperança persistente,
de que o desejo se torne realidade,
um amor pleno e verdadeiro,
que supera a incerteza,
e nos une para sempre.
Não existem regras para o Amor, ele simplesmente acontece.
Como uma brisa suave que acaricia a pele,
Ou uma tempestade que inunda a alma.
Carinho mútuo, uma dança eterna,
Linda canção, coisa linda,
Uma declaração infinita de um amor que não conhece fronteiras.
Você é o ar que respiro,
O motivo de cada sorriso,
O momento sempre juntos,
A paixão que permanece,
Sentir um grande amor sempre em mim,
E a raiz é você, o alimento de um amor que floresce.
Quando escrevi essa canção, estava apaixonado,
Tratando da grande dificuldade de me entregar plenamente,
O primeiro verso é um desejo, um anseio profundo,
De um amor sem barreiras, sem medo de se perder.
Eu me lembro quando escrevi,
Foi a coisa mais triste que já fiz,
Pois não me acostumo sem seus beijos,
E não sei viver sem seus abraços.
Aprendi que pouco tempo é muito,
Meu mel, faço qualquer coisa nessa vida
Para ficar um pouco do seu lado.
E assim, na melodia do amor,
Cantamos juntos uma canção sem fim,
Você e eu, entrelaçados em versos e notas,
Numa declaração infinita de um amor,
Que é livre, sem regras,
Simplesmente acontece,
E permanece.
Na encruzilhada do tempo, surge tua essência,
Qual Da Vinci em suas linhas perfeitas desenha,
Cada curva, cada traço, uma engenharia bela,
Criação sublime que o gênio enaltece.
Van Gogh, em suas cores de alma vibrante,
Vê-te como obra de arte impecável,
Pinceladas de paixão, luz e sombra dançante,
Num quadro onde o amor se torna imortal.
Edison, mestre das luzes e das sombras,
Descobre em ti a invenção iluminada,
Um farol que guia na noite cerrada,
Transformando trevas em pura claridade.
Lavoisier, em seu reino de ciência e razão,
Reconhece no oxigênio que respiras a combustão,
Que, ao encontrar minha paixão, inflamável substância,
Explode em chamas de um amor em expansão.
Tales, o sábio da natureza em sua glória,
Enxerga em ti a perfeição da criação,
Um reflexo divino, harmonia e história,
Onde terra, água, fogo e ar encontram união.
És a soma de todos os sonhos, invenções e arte,
A sinfonia do universo em ressonância,
O amor que transcende, que em cada parte,
Resplandece em beleza, paixão e constância.
Nas horas que se esvaem, nem tempo se consome,
Nem há o que guardar, pois o dia já clareou.
Se desejas transformar o ribeirão em mar bravio,
Busca então a fonte, onde o ser tem seu início.
Enquanto o amor pulsar, haverá manhãs radiantes,
Dias melhores virão, no abraço do destino.
Ainda é tempo, sempre haverá tempo,
De cultivar o amor, de sonhar com novo alento.
Nenhuma ideia vale o sacrifício de uma vida,
E a falta de esperança jamais será caminho.
É andando, passo a passo, que se trilha a estrada,
Desvendando o mistério, construindo o destino.
Pra que adianta mandar mensagens ao vento,
Textos e poemas, canções que fiz com fervor,
Se tuas intenções não se encontram com as minhas,
E o silêncio responde, deixando apenas a dor?
Esquivas meu mel, devagarinho, paixão por paixão,
Como quem desdenha o néctar da flor.
Mas sigo escrevendo, na esperança de que um dia,
Encontres em meus versos o eco do nosso amor.
Pois sei que, enquanto houver amor, haverá luz,
Dias melhores nos aguardam, é certo.
E mesmo que as respostas não cheguem agora,
Acreditarei sempre que ainda é tempo, de coração aberto.
Amores Líquidos
Nos cliques e toques na tela,
Um coração pulsa na espera,
Uma curtida, uma mensagem,
E assim começa a viagem.
"Oi, tudo bem?" no direct,
Conversas cheias de afeto,
No WhatsApp, risos soltos,
Marcam encontros com planos tortos.
Um, dois, três goles de emoção,
A paixão ferve, sem razão,
Mensagens de bom dia, sorrisos,
Momentos doces e precisos.
Mas o tempo é cruel e sorrateiro,
Troca fervor por silêncio inteiro,
Palavras murcham, sem sentido,
Respostas frias, por obrigação, um gemido.
Sempre há um que se apega,
E outro que, sem dor, desapega,
Arquiva, deleta, segue adiante,
Próximo contato, amor inconstante.
Lágrimas caem, amor escorre,
Relação que pelo ralo morre,
Termina onde começou,
Na rede que tudo apagou.
Vivemos tempos de amores fluídos,
Sentimentos leves, nunca retidos,
Mas, no fundo, ainda anseio,
Por um amor sólido, verdadeiro.
Será que nada é feito pra durar?
Ou podemos, enfim, encontrar,
Entre cliques e telas brilhantes,
Um amor real, constante?
Todo santo dia, sou eu quem chama,
Nas manhãs cinzentas, nas noites de trama.
Puxo o fio da conversa, sozinho a tecer,
Histórias contadas, que ninguém quer ler.
Insisto, persisto, num monólogo vão,
O eco das palavras, sem eco, sem chão.
Escrevo uma epopeia, uma carta sincera,
E recebo um "curtir", que nada me espera.
O que estou fazendo, meu coração?
Se o que eu busco não tem retorno, não há razão.
Chamei para sair, numa noite de brisa,
E o silêncio foi a única resposta precisa.
Ela poderia estar ocupada, eu sei,
Mas se quisesse, diria: "Outro dia, talvez."
O interesse é claro, não há como errar,
Se ela quisesse, iria me procurar.
Forçar uma amizade, um amor, um afeto,
É construir castelos no ar, sem concreto.
Se é preciso lutar para fazer funcionar,
Então não é amor, é melhor deixar passar.
Todo santo dia, essa lição me persegue,
Na simplicidade da vida, a verdade se entregue.
O que é natural, o que vem sem pressa,
É o que realmente no coração interessa.
Deixe fluir, deixe ser, deixe estar,
O amor verdadeiro vai te encontrar.
Sem esforço, sem dor, sem insistir,
A felicidade virá, sem precisar pedir.
Todo santo dia, sou eu quem desperta
Nas ondas do tempo, numa busca incerta.
Puxo o assunto, respondo histórias,
Investindo em sonhos, costurando memórias.
Mas o que estou fazendo, pergunto ao vento,
Se o eco que volta é puro tormento.
Escrevo palavras, poemas gigantes,
E o retorno é um "curtir" distante.
Se a pessoa não quer o mesmo que eu,
O esforço é vão, é caminho sem céu.
Chamei-a para um beijo, duas, três vezes,
E o silêncio responde, quebrando as leis.
Ela pode estar ocupada, não poder sair,
Mas se quisesse, faria o convite fluir.
"Não posso hoje, mas vamos amanhã?"
A chama de quem realmente se empenha.
Forçar amizade, amor ou atenção,
É plantar em terreno seco, sem coração.
O que é verdadeiro, flui sem barreiras,
Em solos férteis, brotam as primeiras.
Todo santo dia, essa lição se repete,
Na maré do tempo, a verdade reflete.
Se é preciso forçar para fazer funcionar,
Então não é real, é melhor deixar passar.
Que o amor, a amizade, o reconhecimento,
Sejam naturais, fluam no vento.
Pois o que é de verdade, vem sem esforço,
E enche a alma, trazendo conforto.
Bloquear uma amizade virtual é fácil e rápido, mas romper uma amizade real, construída no cotidiano, é um desafio profundo e emocional.
Quem teme os riscos fica fora do jogo; o compromisso com seus sonhos exige escolhas firmes e inegociáveis.
Se tens medo dos riscos, estás fora do jogo,
Na vida, há que se aventurar sem afogo.
Commitment é o norte, a fé, a missão,
É o que não se troca, é tua convicção.
É o sonho que guia, é a luz do farol,
Que brilha em teus olhos como o brilho do sol.
Servir aos outros, teu propósito forte,
Mas firme no caminho, não importa a sorte.
Compromisso é força, é firme decisão,
Escolhas conscientes, sem hesitação.
Não andarás com quem não te eleve,
Em ambientes que não te inspirem, não te leve.
Aprender é o lema, crescer sem cessar,
Tudo fora do foco, precisas afastar.
É um adeus necessário, um corte preciso,
Para alcançar teus objetivos com juízo.
Viverás tua vida com propósito e ardor,
Sem abrir mão do que acreditas, com fervor.
Teus sonhos, tua bússola, tua constante direção,
No caminho do commitment, em plena dedicação.
Mais um dia passou,
Mais um dia que se amou.
Mais um dia encantado,
Mais um dia apaixonado.
Mais um dia lindo na cidade,
Mais um dia com felicidade.
O sol brilha no horizonte,
Esperança nasce na fonte.
A cada instante, a cada olhar,
Mais um dia para celebrar.
O amor floresce em cada esquina,
Trazendo paz e alegria divina.
Mais um dia para sonhar,
Mais um dia para aproveitar.
Na simplicidade da vida,
Encontra-se a verdadeira magia.