Matete Ntaluma
Preta que amo, estrela que brilha,
Em cada sorriso, nasce a minha ilha.
Preta que vejo, em tudo que sou,
Raiz mais profunda, aonde me encontrou.
Preta que tudo carrega em seu peito,
O mundo, a força, o amor mais perfeito.
Cada gesto seu, um poema que dança,
No ritmo do tempo, da fé, da esperança.
Preta que é céu, é mar e é chão,
Mora na vida, no peito, na mão.
Preta que amo, universo inteiro,
Que faz do simples, o mais verdadeiro.
Preta que vejo, farol que clareia,
No brilho dos olhos, a paz se semeia.
Preta que amo, preta que sei,
No seu abraço, eu sempre estarei.
Nicole, és a brisa que toca o jardim,
O sussurro do vento, o começo e o fim.
És o canto das aves ao raiar da manhã,
A dança das folhas na luz que se espalha.
Tens a força das águas que correm no rio,
O calor do sol que afasta o frio.
No brilho das estrelas e no luar profundo,
Nicole, és essência que enfeita o mundo.
És o verde das matas, o cheiro da terra,
O silêncio que reina onde a paz se encerra.
És o ciclo que guia a vida a crescer,
Nicole, és o espírito do bem-querer.
Teu nome ecoa nas montanhas e vales,
Nos campos floridos e nas grandes margens.
Onde estás, a natureza se faz canção,
Nicole, és a vida em cada estação.
A atração física, fogo que devora,
Um toque, um olhar, a carne que implora.
É desejo em chamas, queima e arrebata,
É o corpo que grita, é o instinto que mata.
Mas a atração mental, tempestade serena,
É profundidade que nos envenena.
É o cérebro que toca onde a pele não chega,
É a mente que invade, é onde a alma se entrega.
A física, tempestade, que arrebenta e se vai,
A mental, o terremoto que fica, que cai.
Uma é furor, um arrepio que se desfaz,
A outra, um abismo onde o amor se refaz.
No corpo, a atração é grito, é paixão,
No espírito, é silêncio, é a revolução.
A física nos chama com urgência, com pressa,
A mental nos prende, nos envolve, nos pressiona e confessa.
A atração física nos consome, nos queima,
Mas a mental nos conquista, nos acende e nos trema.
Do impulso ao abismo, do toque ao segredo,
É na mente que moramos, é ali que nos perdemos.
No brilho frio das telas,
uma alma se despe de segredos,
entre notificações e status
desabrocha um coração em streaming.
Palavras digitadas,
em meio a emojis e hashtags,
transformam angústias em posts
e silêncios em stories efêmeros.
Como se confessar nesta era?
Deslizando o dedo na esperança
de que, em cada clique,
a dor se transforme em conexão.
Não há mais o altar de velhas confissões,
nem o sussurro íntimo de uma igreja;
hoje, a verdade se expõe em pixels,
num feed onde a vulnerabilidade encontra público.
É um grito digital,
um manifesto de identidade
entre likes que acalmam e comentários que ferem,
um convite à coragem de ser visto
no vasto e caótico universo virtual.
Mesmo que a privacidade se dilua
na imensidão das redes interligadas,
a confissão permanece –
um ato de fé no agora,
um pedido silencioso de ser ouvido
em meio ao ruído incessante do século 21.
Procuro o impossível,
o sonho que muitos ousam almejar.
Será que o alcançarei nesta vida
ou terei de esperar noutra existência?
Falam de vida além da morte,
um horizonte de promessas distantes.
Mas que vida seria essa?
O que busco pulsa no agora,
na urgência do presente,
não em um amanhã incerto.
Amar…
espero, enfim, poder amar
aquele amor que seja meu refúgio,
como os contos sussurrados
nos lábios dos meus avós.
Que me abrace
como o calor suave do entardecer,
onde cada toque se transforma
num verso silencioso
e cada olhar, numa promessa eterna.
Que eu me perca e me encontre
em cada gesto seu,
mergulhando nas profundezas
do tempo, da memória,
num instante onde o mundo se desfaz
e só restamos nós
entre sonho e realidade.
Aquele amor
que não se mede em palavras,
mas se sente na respiração
compartilhada de um silêncio
repleto de desejo e paz,
onde me entrego por completo
e meu ser se guia
na dança sutil da paixão.
Ah, aquele amor…
um amor que é vida,
um amor que é nós.
Na aurora de um novo dia,
Surge a luz do teu sorriso,
Sobrinho querido,
Teu sonho é refulgente brisa.
Caminhas com passos firmes,
Desenhando caminhos de esperança,
Cada desafio, um convite
À dança da vida, em aliança.
Que o tempo te presenteie
Com cores, risos e emoção,
Que floresçam as manhãs
No compasso do teu coração.
Parabéns por mais um ciclo,
Por essa estrela a brilhar,
Que teu futuro seja repleto
De sonhos a se realizar.