Mary Jun
Compor infinidades de laudas...
É um desabrochar de almas para almas.
Basta ler para sentir!
E se encontrar em algumas páginas.
E de repente:
A decepção passa,
Às lágrimas cessam,
O sorriso aparece,
A alegria acontece,
E aí, que damos conta
Que Deus esteve o tempo
Todo no controle de tudo!
Até num dia difícil
Devemos aproveitar
Para refletir e saber que,
Aquela situação poderia
Ser diferente quando temos
A coragem de usar a sabedoria!
Descobri que eu posso ser muito melhor do que sou... Porque o que eu sou, é pouco, para o pouco que sou!
Toda beleza
Encanta 'alma.
Entretanto, é a doçura
De ser que faz
O olhar brilhar.
Sendo o espírito
Sensível se revela!
Palavras não são folhas secas
Ecoam, mas não são levadas
Pelo vento a se perder de vista
Elas fazem morada no coração!
Quando você fizer algo por
alguém faça sem esperar retorno.
Pois essa é a verdadeira maneira de amar.
E o Pai que tudo vê em secreto te recompensará.
Perde quem não sabe
receber carinho...
Quem não entende
a intensidade de um
coração puro.
Perde quem não é grato...
Quem pensa que quem
tem um coração puro
seja bobo!
Como podemos viver assim:
Com a injustiça, o que somos enfim?
Uma angústia invade o meu ser, ai de mim!
Triste alma perdida num universo ruim...
Que propaga a fome, miséria sem fim!
Que lição se deve buscar diante de um motim?
O Brasil rico e belo; cheio de invasores da lei, sim...
Que barganham usando de má-fé. Para mim:
Vagabundos de paletó, que não se conformam, afim
De dinheiro sujo, penso: que não terá fim.
O doce sabor do inverno
Os ventos fortes prenúncios...
De um inverno rigoroso copioso...
Outrora também foi assim, aí de mim.
Cheia de paixão pulsou meu coração
Esperando por ti, que demonstrou...
Sentimento afim, mas logo partiu
Após um momento de pura emoção
Beijos calorosos frente à lareira com,
O maior fulgor puro amor? De repente!
Rumo à realidade perdeu-se o sabor.
Depois de tudo, nem um adeus...
O frio permaneceu sem teu regaço.
In memória: Uma história inacabada
Na verdade causos de um passado
Vivido guardado no baú da saudade
Espelhado no reflexo do meu olhar
Revivendo hoje aqui, diante do espelho.
Na retina ele mora e quando eu quero
Olho para sala preservada a recordação !
Mary Jun
Haikais-Aibun
Tudo termina
Dentro de mim a alma silente
Se pergunta como será
A chegada daquela visita
que ninguém deseja?
Pois ela nos põe medo,
Não sabemos o seu segredo.
Não,não! O medo não é de covardia
E sim, por ser desconhecido.
E sobretudo desumano ao vermos
Alguém inerte sem noção daquele
Momento,certo, reservado a todos nós!
E que ninguém se coloca no lugar.
tudo termina
no esquife gélido
a morte chega
Mary Jun