Marques Bueno

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“Saudades de você”

Quando você foi embora, apenas senti teus dedos tocarem minhas mãos, o beijo foi apenas um detalhe, nenhum aceno acabei te fazendo.

O pensamento acompanhou teu trajeto,a vontade era estar ao seu lado correndo,sentindo-me perdido estava; de fato, estou e continuo sofrendo.

Sua ausência é a ferida capital de minha alma, a falta de teus afagos é que traz desassossego, meu néctar; vou perdendo.

Estou embriagado na saudade que traz o vento, um sorriso de insanidade preenche meu peito, a sorte voltará qualquer hora, fico torcendo.

Meu coração não está a pular pela boca, ele está é ausente, nenhum elixir cura a dor de tua falta; vou escrevendo...

“Eu vou”

" Eu vou vivendo minha vida sem tracejo e até assim quanto durar,
vivo apenas um dia inteiro,se é que o fim hei de chegar,
não planejo com tropeços,para não me machucar,
tento ser muito matreiro,mas a vida sempre hei de ensinar.

não consiguo um grão direito,pois não sei o que plantar,
na falácia de minha vida posso ate representar,
consigo em torno de mim mesmo,vejo o dia iluminar,
aguardando um bom sorteio para a prosa desmanchar.“

“Tardes sufocantes”

Adentrei em nossa casa e o silêncio sepulcral se fez presente, vazio pela casa, lembranças na mente.

Olhei o velho relógio pendurado na parede acima de sua foto, e por mais que tentasse, ele sequer mudava sua rotina torturante.

O telefone não toca, os pássaros sequer ciscam em nosso jardim, o tempo parece uma afiada navalha, rasgando impiedosamente, minha saudade insolente.

Os passatempos não me valem de nada, fechar os olhos além de doloroso, faz com que a distância engrandeça novamente.

Agora as tardes são insignificantes, o sol escaldante não aquece um corpo ausente, o café se tornou amargo, a comida insuficiente. Volta logo, assim posso abrilhantar o sol divinamente.

“ DEUS NOS DÁ DE PRESENTE CARTAS MARCADAS, ENTRETANTO SUA SEQUÊNCIA PODEMOS INVERTER.”

“Para depois...”


Sonhar é adiar teu desejo para amanhã, portanto não viva apenas de sonhos, realize.

“A província”

O lugar de onde venho não remete ao paraíso, venho de um passado abjeto cor de anil, lugar nada valente, esperança que ruiu.

O passado exigente foi embora e se partiu; um olhar ávido e latente fez história se iludiu, junto de seu recado fútil, insistente.

O pouco conhecimento que possuo não foi capaz de atropelar meu desconforto, a ferida existente do segredo rancoroso, enfim tomou outro rumo, ausente.

O legado de ambição que não pedi em testamento, teve sua desforra desobediente, suplício sem demora, marcas dolorosas que povoam uma mente decente.

O vínculo da terra com minha gente se perdeu após mais um singelo luar, vergonha que macula a alma, imagens que fazem chorar.

O gorjear dos pássaros foi esquecido, urdido; um labirinto de maledicências, queimados tal qual um galho verde, estrago duradouro, pedidos de libertação, deprimentes.

O passeio fez aceder o que meus olhos teimavam em não enxergar, o riacho perdeu a vida, a floresta apenas fotos ou desenhos feitos a giz, uma lembrança ensaiada, infeliz.

O meu trabalho é oriundo do suor de meus passos, nunca ultrapasso a fronteira do descontrole, desejei por muito tempo saber seu nome; infelizmente não descobri, talvez culpa da fome...

“Certa manhã”



Certa manhã cheguei quietinho de mansinho sem te assustar,
Devagar lhe fiz carinho, seu suspiro veio me inspirar.

Acordou e me deu um sorriso, tão belo que não é fácil explicar,
Um beijo com carinho traz lampejos a me excitar.

O seu rosto e seus trejeitos, sua pele a me tocar,
Minha alma é toda sua sequer tento recitar.

Seu perfume inebria, faz meu sonho delirar,
Teu suor me contagia, não pretendo mais parar.

O seu toque tem magia destas que não sei ditar,
A manhã faz-se alegria para a noite enfim sonhar.

“A sorte de ter você”

Sua beleza é uma flor, linda como um esplendor,
sua beleza é um recital, linda quão pedra colossal.

A dádiva de ter você é um presente não igual,
esperando o sol nascer, pois sua beleza é como o tal.

A tristeza foi dizer até logo, adeus, um tchau,
MINHA VIDA vou dizer, amo você um beijo tchau.

“Somos errantes distante dos olhos e ausentes quando falamos do coração”

“Pura insistência”






Os meus versos não atraem a atenção, a minha fala não é mera confusão, o meu destino coitado, eterna competição.

Insisti com a vida, porém esqueci da ferida, agi de forma invasiva; não conversei ,não escutei ,acho que não busquei.

Não possuo os acordes que gostaria, vivo a vida de nostalgia, não sinto alegria, meu presente é a casa vazia.

Meus passos não exprimem piedade, compaixão é sentimento do fraco, dura é a pena do coração, tento apenas dizer não.

Os sons exalam a conspiração, férvido é seu pensamento, temo não poder aguardar, decepção pude alcançar, tolice então é respirar.

Sigo sempre a mesma direção, estou cansado de ouvir sermão, este é meu senão, encontrei escuridão, também não quis opção.

As escadas e os degraus por qual passei, foram pérfidos, tudo que enfim não queria,mas contra o céu...covardia.

Você diz adeus, eu digo não vá, seu adeus é para meu pecado, minha flor não consegue conter toda sangria.

A surpresa não possui a veemente graça que se esperava, minha burra insistência trai conceitos; podemos então a luz apagar.

“Aquela velha amiga, minha solidão”

Nunca escreveu, mas era minha companhia, nunca ganhei um beijo seu, acho que por minha covardia.

Foi embora não disse adeus, deixou história e me esqueceu.

Por que partiu quando não te vi, porque aquela noite me mentiu.

Sempre tentei te esconder, mas sua presença contagia.

A música que faço pra te esquecer repete o som de todo dia.

Aquela velha companheira fazia-me mal, eu de fato a ti sempre me entregava e a nada temia.

Aquela garotinha que corria nas minhas ruas, agora é mulher e me sorria.

Aquela inútil solidão era meu café da manhã, o leite da noite enquanto dormia, mas eu sei que posso mais.

Adeus velha amiga, aquela garota de dias atrás é a mulher que eu queria.

Agora ela já não corre mais e eu; à solidão não digo nem bom dia.

“A chuva que cai...”

...levou embora meu passado,
trouxe de volta uma alegria.

...regou de esperança o que era vago,
o fim ora claro foi embora de vez.

...brotou em meu peito um renascer,
encheu de desejos meu entardecer.

...refrescou meus dias de descompasso,
fazendo meus passos a cada dia crescer.

...acalmou os tropeços de meu coração,
escondendo os erros da última estação.

...esperou o dia ir embora sereno,
entregando à noite um beijo ameno.

...limpou as lentes de meus óculos baratos,
fazendo enxergar algo próximo,algo assim que não posso perder.

“Preciso de sua inocência”


Não quero nada de paixão desenfreada, não preciso disto para minha cabeça.

Um sorriso destemido, um aceno sem apelos, um rosto ruborizado, este é apenas meu desejo.

Não espero uma noite ardente e nada mais, quero ser muito mais que seu companheiro.

Um aperto de mãos para as pernas bambear, um abraço e o coração em desassossego e um beijo então; acho até que não preciso nem falar.

Não quero um amor insano, frases de engano, o que peço é apenas a singela forma de amar.

Um momento que não volta jamais, a inocência ficou com o tempo, mas sei que seus olhos posso fitar; e a inocência então eu tenho.

“Alma sem inspiração”




Perdi a maneira de falar do amor, como conduzir uma paixão, deixei de pensar em acontecimentos, não lembro onde escondi minha inspiração.

Perdi a fome de escrever-lhe cartas compridas, minha imaginação não consegue me erguer do chão,lamento,queria muito mais que redenção.

Estou me sentindo como um soldado sem comando, sequer sei qual inimigo devo enfrentar, minha munição acabou, batalhei sem ter alguma devoção.

Estou desencantado com as arestas que plantei em teu coração, nunca ousei cobrar do destino, acho ser ingratidão; falta-me a vocação.

Testemunhei a morte da paixão, também sorri aliviado, claro que disse não, os ouvidos escutam muito mais que a maré, muita conversação.

Testemunhei o rompimento das barreiras de seu coração, ofereci afagos, simples dedicação, mas sua sangria era descabida, nunca fui uma boa solução.

“Desafio”


Desafio você a enfrentar seus medos, esquecer a noite mal dormida, as coisas que te desagradam, enfrentar o dia que seu pedido foi um não.

Desafio você a esquecer o motivo de nossas brigas, a esquecer o dia em que me viu sozinho caminhando por aquela rua vazia,chorando perdido.

Desafio você a querer mais, sonhar o impossível, acreditar, deitar de mãos vazias e acordar recheado de magia, bondade; uma ode a cada novo dia.

Desafio você a esperar aquilo que te contagia,não teremos o tempo que já passou,peça o tempo que te resta, aproveite demasiadamente sua vida.

Desafio você a ler a carta daquela despedida, não derramar lágrimas, ser feliz no adeus de outro dia, ter seu momento de paz, espere, viva.

“O doce torpor do absinto”


Simples imaculado, vicio inacabado, sorriso tímido olhos avermelhados, teu nome não é um insulto, apenas algo que não se pode ler.


Vertigens em forma de canção, momentos inesquecíveis, amigos eu sei que não, seu abraço é um alivio, infelizmente não vivo atrelado a esta estúpida ilusão.


Simples caminho coberto de escuridão, aliás, é um belo abrigo, só a morte é fiel companheira, toda vida é aventureira; apesar de tudo, sua propriedade não se pode ter.


Vertigens nas cicatrizes alheias a nas almas que pediram socorro, estado pútrido daquela vida carente, brincadeira inocente que nunca sai da mente, trazendo pura inação.

“A vida em uma nota só”



Pode ser tolice o que tenho a dizer, mas a mesmice certa vez, pode sim ser fonte para uma grande inspiração.

Atropelo meus anseios quando procuro agir mudando a direção, não entendo o lisonjeio, meu simples pensamento evita andar na contramão.

Tenho desejo de ultrapassar o muro, meu cativeiro é frio e sem compaixão, mas não é desconhecido e traiçoeiro quanto à decepção.

Não faço apologia à rotineira jornada, não sou sábio e não aprendi a lição, a vida permanece inalterada, bobagem insistir em emoção.

Os anjos esqueceram-se de mim, tenho lampejos de quando soltei suas mãos, viver em uma nota só não é sorteio, digo isso sem o dom da persuasão.

“O que esperar?”

Estou cansado de perder as horas, noites em claro, sonhos de ilusão; os minutos despejam sobre mim o seu tempo petrificado, congelando o momento, mostrando um espaço incapaz, sem fim.

Estou feliz por enfim ter evitado um conflito infeliz,dono de mim tenho controle do tempo e o que falo,resgatando de forma polida, o brilho outrora ofuscado, manchado, perdido.

Mandei um recado impensado, uma briga contida, diferente do que falo, onde recito murmúrios, apreço e homenagem; um dia querido.

Mandei alguém à porta fechada, batia em vão e não ria; o silêncio enfim imperava, de forma sabia assim sorrindo.

Estou a um passo de conhecer meus domínios, deixar de lado falsos amigos, dar risada da ironia barata, respeitar o errado, ensinar se for preciso de mansinho uma vida pacata.

Estou prestes a cometer uma matança de tudo o que é falso ingrato e altivo, impropérios descalços, uma carta vazia, a lembrança deixada, a velhice no asilo; dias sem nada.

“A dor que corrói a alma”

O jantar, os talheres, as flores raras enfeitando a mesa, o vinho da cor do pecado, o aroma dos sabores... só não contava com tua ausência.

Os minutos martelam minha mente, a cada hora passada sinto-me mais carente, Deus castiga-me de forma velada... pois sou pecador inocente.

A cama vazia, o perfume da última noite, as gargalhadas, os abraços, aquela vida encantada... o destino mata muito além da alma,sonhos,ilusões,bem que gostaria.

As cartas esparramadas pela mesa, o anel em que seu dedo brilhava; agora apenas papel e lataria... inegavelmente o amor foi maior,reluzia.

Uma simples jornada era o que queria, mas a vida possui suas trapaças, nada que amedronte, apenas destrói o que mais se almejava... um amor puro que nunca se esquecia.

"O AMOR É COMO O CÉU"


OLHO O CÉU E SINTO A PAZ QUE SEU SUSPIRO ME DISTRAI;
SINTO O VENTO LEVEMENTE TOCAR MEU ROSTO E A MÚSICA QUE ELE TRAZ;
ABRO OS BRAÇOS E DEIXO A GAROA FINA REFRESCAR O QUE RECUSO ACEITAR;
OLHO O CÉU E OS LAMPEJOS A ME CEGAR, SEM SABER COMO SEU BARULHO CONSEGUE ME CALAR;
SINTO A FÚRIA DO TROVÃO, O PESO DA CHUVA SOBRE O CHÃO...
ABRO OS OLHOS E TE PEÇO PERDÃO, ENTÃO O CÉU NOVAMENTE ILUMINA E ENOBRECE MEU CORACAO .
O AMOR É COMO O CÉU,
QUE TRAZ A PAZ,
QUE ME DISTRAI,
QUE ME REFRESCA
E ME FAZ ACEITAR
QUE O LAMPEJO
E O TROVÃO
PODEM ATÉ TOCAR O CHAO
MAS APENAS
PEÇO AO CÉU
UM MINUTO SEU
AO MEU CORAÇÃO..."

“Ilusão”

O homem solitário tomou seu caminho repleto de mentiras enterradas sanadas, deixou para trás somente o martírio.

Não era novo, também não usava bengala, era maduro o menino, se quando rapaz tagarelava, com os dias em seu encalço, aprendeu a falar apenas com os ouvidos.

Livre enfim na jornada, a encruzilhada mostrou-se um alívio; um bom dia à estrada.

O homem solitário, por Deus encontrara descanso, paz, um ofício, ganhou de presente uma vida regrada; sua história lhe trai, mostrando que a paz de outrora, não passa de um mero fechar de olhos, içando a tona um homem mimado, cheio de fracassos tentados, vividos.

Livre sem poder se mostrar, escasso é o ar que respiro; preciso apenas de paz.

“Meu pássaro”




O meu pássaro não é uma águia e também não é um falcão, não é uma ave de rapina tampouco a fênix da canção.

O meu pássaro é erudito, não diz nada sem razão, é tão belo e emotivo que supera qualquer coração.

O meu pássaro é ave rara, não quer poleiro, gaiola e nem um tipo de prisão, voa longe e volta sempre para casa, é o presente da estação.

O meu pássaro hipnotiza, com seu canto alegra o mais duro coração, cura todas as mazelas, seca a lágrima sem razão, é manhoso e não tem pressa, é somente inspiração.

O meu pássaro não tem rosto e não tem nome, não sabe mentir e nunca há de desistir, é feroz e companheiro, cuida com juízo de sua plantação.

O meu pássaro veio de longe solitário, era triste que dava dó, alegrou-se com o carinho, recuperou as forças de mansinho, é contagiante sua disposição.

O meu pássaro é viajado, já viu dor e muito sangue, já se viu em muitas batalhas, já venceu até a morte, sem saber se tinha sorte, continuou sua canção.

" O MAL E O BEM "

ÀS VEZES NOS SENTIMOS MAL,
ÀS VEZES NOS SENTIMOS BEM.

TAMBEM ÀS VEZES TE QUERO MAL,
TAMBEM ÀS VEZES TE QUERO BEM.

SOU PEDRA COLOSSAL,
E PEDRISCO TAMBEM.

SOU ALGO QUE LHE FAZ MAL,
UNS DIAS TE FAÇO BEM.

PENSO COMIGO SER O TAL,
MAS É UM NADA QUE ME CONVÊM.

IMAGINO UM DIA SER O MAL,
MAS O QUE FAÇO É SÓ O BEM.

SEI QUE UM DIA TE FIZ MAL,
MAS MEU AMOR.....
.....A TI SÓ TE QUERO BEM

“Última noite”

Aquela última noite o frio não foi sentido,
aquela última noite,um pouco de algo mais foi esquecido.

Espelhos, sorrisos, fotos, recortes de jornal
não são mais meus amigos.
Tristeza, dor, razão, angústia, solidão,
sopram baixinho em meus ouvidos.

Aquela última noite não sei se te escrevi.
aquela última noite parti, ao menos, não te menti.

A escuridão não me causa medo,
o orvalho frio não vai conseguir.
Do outro lado venho ao chão,
ajoelhado invejo o céu.

Aquela última noite sei que me atrasei,
aquela última noite,tentei correr;
perdão não consegui.......

“CIÚMES EU SENTI”

CIÚMES EU SENTI DE ALGO QUE FALEI
CIÚMES EU SENTI DA ALMA QUE REZEI
CIÚMES CONSEGUI COM TUDO QUE ROUBEI
CIÚMES COMPETI DA VIDA QUE LEVEI

O VENTO SEMEOU UM TANTO DE INCERTEZA
CAUSANDO EM MEU PEITO UM MAR DE TRISTEZA
A FOME DE AMOR CAUSOU EM MIM POBREZA
PENSANDO SOLITARIO TENHO ATE ESTRANHEZA

CIÚMES EU PEDI DE ALGO QUE HONREI
CIÚMES NÃO SENTI QUANDO TE PROFANEI
CIÚMES ERIGI PRA FALA QUE DEIXEI
CIÚMES REPETI NA NOITE QUE SONHEI

DE NADA ME IMPORTOU FOI COMO CORRENTEZA
VASTA É MINHA DOR QUE BATE NA CERTEZA
CONFESSO MEU TEMOR POR TODA SUA BELEZA
ERRO AO PROCURAR PELA VERDADE DA RIQUEZA

CIÚMES EU SENTI QUANDO TE QUESTIONEI
CIÚMES PREFERI SEM NADA QUE PENSEI
CIÚMES EU RI, MAS QUANDO TE CHAMEI
CIÚMES ESCREVI, BUSQUEI TAMBEM TENTEI