Mariana Berto
Eu vejo a coerência na imprudência de um ser ardiloso.
Mas não vejo a coerência na prudência de um desabafo que pede por socorro.
Aqui não é maratona que segue padrões sociais.
Aqui é o lugar onde eu os quebro e me faço revolucionar.
Do sopro divino, a vida;
da água, o vinho;
da crucificação, a ressurreição;
do sepultamento, o perdão.
Não há tribulação que impeça a nossa renovação.
Boleira é sinônimo de riqueza.
A riqueza da manhã com gente, café e bolo arretado;
o luxo de uma mesa com forro xadrez, pé de moleque e beiju a vontade;
o muito desejado por poucos, mas o pouco que muitos não sabem o que verdadeiramente esse luxo tem a nos proporcionar: sensações e vínculos que dificilmente enfraquecerá.
Na janela do quarto, com o amarelo do pôr do sol que se despede em minha pele, e a ventania que trás calmaria ao sentir os cabelos a serem bagunçados no ar, me liberto.
Do que adianta tanto querer e nada fazer?
Do que adianta tanto pedir e nada atribuir?
Do que adianta tanto fazer sem nada sentir?
Talvez seja esse tanto que te impeça de evoluir.
Mãe é um termo muito forte e significativo.
E é por isso que elas são tão especiais.
Feliz Dia das Mães!
A angústia mais intrigante para o homem é o fim de um ciclo sem que haja um começo: o começo de uma despedida.
Para a cura de hoje é preciso: sentir o ar, apreciar as cores, observar o céu e viver a calmaria...
Há quem ouse a falar que somos libertos, e eu tenho de crer nessa fantasia.
Mas essa liberdade só me é convicta com prazer e ousadia.
A intimidade genuína entre duas pessoas faz o homem perder a postura e entregar-se à sintonia do prazer até corromper-se aos desejos mais profanos da alma.