Maria Lucia Silva Oliveira
O Veneno da Arma do Homem
Tinha o impulso e a força da gana
Dos dentes os veneno no tronco
Tinha uma eternidade no chão.
Do corte a dor da morte
Tinha no espaço o buraco brusco
Da inconciência o estrago bruto
Tinha o disface na cara
E o massacre da arma .
Egoismo
Se o mundo está perdido
dificil será a paz
Se na noite o silêncio é preciso
Fazem guerras
fazem medo
Se o mundo está perdido
Dificil será a paz
Do outro lado do continente
Esplodiram uma criança
com bomba de elefante
Sangue rolam mulheres gritam
Inocentes choram
Seguem em guerras os homens da terra
Seguem de armas nas mãos
Até construir um deserto
Em balas de aço
E navegar em um mar vermelho
Sufocados em cinzas e areias.
Despedida
Havia sorriso em toda casa
Na sala jogavam com muitos risos
e cartas nas mãos
Anoiteceu novamente o clarão do dia
que se despontava no horizonte
Ainda a continuar com risos constantes
e cartas nas mãos
Mais tarde um adeus ,quando apenas
dizia até mais
Pouco tempo se passou e escuridão
envadiu-se o dia ...
Passaros voavam sobre a casa
do riso de antes
Que tinha cartas nas mãos
Sozinho disse adeus
Pássaros pretos voavam
anuciando sua partida.
Estatua
Ao seu lado adormecia
Nem um toque
Seu mundo era sonhos
Desejos sem prazeres
Uma boca fumegava tão perto
Nem um encostar de sentimentos
Teu corpo se enchia de malicias
ao lado uma estatua caida
No amanhecer do dia
convencia-se abandono
Quando o corpo ao lado nunca
Retrocedia suas vontades.
Noturno
Quando as nuvens se carregam,
Desencantam meus olhos
O dia se apronfunda de lagrimas
afogando meus sentimentos
Num instante ressurgem gritos
no silêncio entristecido
Minha alma se carrega de horror
Pensamentos sem sentidos se hospedam
nos meus contínuos soluços
No planger da noite adormece meu corpo
Acalmando meu ser pendente.
Adormecer Na Barata Ribeiro
Não adormeça destino
Que prazer teria a escuridão
Que ruim seria a solidão
Porque me soprastes como um nada a rolar?
Como uma coisa a vagar
Não,não adormeça destino
Levando assim os meus sonhos
Destruindo meu presente
Levando assim tão cruelmente meu futuro
Se vejo cá de longe
Não sei nem de onde
Meus desejos ai ficaram
Meu dilema é aqui
Mas nada posso dizer
Apenas posso ver que minha vida
Adormeceu.
Quando eu partir e não mais existir
Quero ainda estar aqui
Bem perto a ti
Te querendo assim
Como sempre a cada dia
Quero estar para sempre por inteira
em sua vida
E te amar eternamente...
Amor Secreto
Quantas vezes eu me entristeci
E chorei por pensar que você
nunca esteve em minha vida
Quantas vezes não consegui dormir
Por pensar no quanto te amava
E que só você poderia preencher
minha vida
Quantas vezes te chamei por pensamentos
Para que me percebesse
e viesse me completar
em um abraço forte
Em um amor tão grande
Quanto meu amor por ti
Esperei por meses
E você não veio
E deixando a cada dia
Um ar amargo de desilusão, decepção
Queria que esse amor morresse
Mas ele não morre
Me enfurecendo assim a própria alma
Que desesperada quer te esquecer
Pois tu me acharias no
meio de uma grade multidão?
Pois não creio, que estas a minha procura
Me tornei cativeira de
um amor impossível
Me sinto envenenada e amordaçada
por tão grande amor,
absurdo!
O limite ultrapassou
a fronteira do visível ao invisível
Pergunto ao meu destino
Por que me condenastes
a esse amor traiçoeiro
Que me envenenou?
Venha, venha me encontrar em milhões
Me sinto uma flor perdida
no deserto do Saara
Entre secas e torrões, não irei sobreviver
Nunca estive a tua procura
Mas te achei
Até de joelhos
Supliquei a Deus, anjos, santos
para que me arrancasse
esse absurdo amor
que sinto por ti
E ao invés disso, ele só aumentou o volume
deste amor
E trazendo tristeza e infelicidade
Pois, amor invisível não existe
Sabes a existência deste amor?
Perdoe por te amar assim
Entrego agora mesmo essa minha paixão por ti
Aos braços do tempo
Pois somente o tempo
Poderia esperar.
Adeus Rubro Negra
Não choras,creio que tudo esta bem
Sei que morres de amores
Pois era um pedaço do teu ser
Que se apagava antes da festa Rubro-negra
Dói na alma eu sei,o céu nevoento
Brincava sorrindo
Querendo ver a galera gritar
Amava-o como sua propria vida
Daria a sua vida a chamas
Daria seu ser as alturas
Não choras,
Levou-o pelas mãos seu destino
A alegria que só agora vivia
Levando-o ao Maracanã
Ver a bola rolar
Não parta assim uma vida
Não leve assim uma vida por sua vitoria
Que vitória? Não a vi
Só sei que custou minha felicidade minha vida
Afastou-me do Rubro-Negro
Adeus Rubro-Negro.
A Sua Vida Não é Tão Diferente das Outras
Dias quando amanhece
você sorri e canta por uma razão qualquer
Mas nada comenta
Dias quando o sol se esconde
Você lava sua alma em prantos
Dias você fala o que sente
Se esconde se mais nada a dizer
Dias você jura vingança
Mas nada tem sentido ao teu ser
Dias você reclama sua vida
Tenta presumir o passado
Obstinando seus sentimentos
Persistindo sua vida.
ADEUS
Espaço vazio
Antes tudo agora nada
Arrastaram ele para o mundo desconhecido
Se o tempo passou
Um paraiso de encanto ficou
A rolar emitindo o nada
Triste ficaram as flores
Os rios parecem morrer
Saudades parecem ficar
Risos perdidos no ar
Esvaiu-se a alegria
Calado,paraiso ficou a chorar
Hoje a nós parte de amores
Hoje a nós fazem lembrar .
Os Galhos Da estrada(crônicas)
Os cabelinhos caidos sobre os ombros,olhinhos tão brilhantes,olhava a estrada,que tão triste e deserta se perdia na distância .
Lentamente se levantou e em passinhos miúdos começou a andar nas mãos trazia ,uma boneca que se arrastava ao chão,a sandalhinha ao meio do pé,o sol faiscava calor pelo ar.
As pedras de tão quentes pareciam se mover, os ramos queimados pela poeira, que vento trazia .Quase no escurecer percebeu que aquela estrada não tinha fim,pois se destinava em váris direções,e se perdeu.
Pensou em voltar.Porém que estrada daria a sua casa? A noite estava caindo, a fome já arrancava-lhe o estomago ,nimguem haveria se preocupar com sua ausencia;há muito tua mãe partira,deixando apenas teus avós,que de velhinhos nada quase se lembravam,teu pai nunca conhecera.
O tempo trazia os dias;os meses,e assim completava-se anos,crescia pelos matos.Consegui sobreviver,alimentando-se de qualquer coisa que lhe tampasse a fome.
Agora os cabelos já cobriam-lhes os quadris,trapos envelhecidos cobriam suas partes mais intimas,mais parecia: filha da selva,Uma princesa perdida de inocência,e do mundo lá fora.
Distancia do tempo Distancia do campo(1° parte)
Do campo o correr dos pés descalços
As flores balançavam-se ao vento
Eram lindas as manhas de primavera
verão
Os gritos no entardecer
Na mesa o jantar
Ao fundo do quintal
Cristalinas águas
Que desciam das montanhas
O verde se espalhava no deserto
Olhos nem alcançavam
A distancia que a natureza
trazia de beleza
O galo cantava na madrugada
Despertando o sono
Num instante vozes sertanejas
Se espandiam jogando da cama
A alegria do amanhecer
Os orvalhos caidos sobre os ramos
Brilhavam-se ao nascer do sol
A enchada preparada
Para mais um dia de rotina
A terra fertil esperava a semente
A vida crescia
Floria
Secava-se
E novamente se renascia.
AMAR ATÉ O FIM MATÉRIA
Quando meu incantar de paixão
se desencantar
Talvez desmanchará meus olhos em prantos
Talvez trincará minha alma em dor
Amanha talvez passe
Suspiro de alivio vai surgir
Porém saberei
Cada dia uma surpresa
Cada instante um acontecimento
Conscientizo
Mil vezes vou chorar
Mil vezes vou sorrir
Mil vezes hei de me apaixonar
Mil vezes hei de esquecer
sempre pensar que tudo é possivel
Ser feliz mil vezes
Até se espatifar no destino de variedades
Amar mil vezes
Enquanto o amor houver
Até o fim da matéria.
O tempo bate-nos na cara para percebermos que a vida existe e que para estarmos nela precisamos tentar .
Quando cair no azar de um destino precisa acreditar e tentar ganhar força contra as ciladas do tempo.
REFLEXÃO
Por que havemos de condenar a terra?
se o céu está sobre ela? se você não consegue interpretar a palavra de Deus ,então explodirá a terra.
A interpretação está na sabedoria do homem
Porque uns tiram e outros dão?
Porque uns dividem e outros só querem para sí?
Porque uns falam de amor e outros de guerras ?
Compreender o mundo seria como tentar compreender uma jaula de loucos onde todos se encontram no mesmo hospício onde nimguem compreender nimguem cada um por si e Deus por todos e ai vem uma questão
A quem devemos dar as mãos?
ENSINAR COMO AMAR O MUNDO
No revelar dos meus sentimentos
Quero ensinar como amar o mundo
quero chamar a multidão para
comigo cantar uma canção
Do encanto que encanta minha a imaginação
entornar a bondade
Que não tem portas para maudades
No mar mergulhar
das águas regar o nada
Do nada fazer crescer o amor
que discórdia tomou
Na floresta andar
nas flores ver
A alegria que guia minha fantasia
Que enfeita minha poesia.
FIM DA TERRA
Poder inimigo da paz
Casou-se com a guerra
Poder navega em chamas
Poder navega em sangue
Poder envenena o homem
O homem esplode a terra .