Maria de Paula (Nazaré)
A depressão é tão silenciosa
A gente ri, a gente tenta,
Dependendo do grau é invisível a olho nu
Nunca se saberá
Pode ser tratada apenas como preguiça, procrastinação e afins.
Se olhe, nos olhe, tenha carinho com as pessoas
Não sabemos qual é a situação que a pessoa se encontra
Precisamos de tato para nos entender e para entender o próximo
Eu perco por exagero ou por total desinteresse
Eu tenho essa mania de fazer tudo com muita paixão
Quero, quero loucamente
Não quero, de jeito nenhum
Não gosto dessa coisa chamada talvez
Não combina comigo
Me juraste,
Me juraste a eternidade
Me juraste o infinito
Me juraste tanta coisa e eu só fiquei com o vazio
Eu sei, eu também jurei
Mas eu cumpri o meu papel
Fui tua amiga, tua irmã, tua mãe, tua companheira, tua confidente, tua parceria, fui tua
Mantive a Fidelidade embora não tivéssemos assinado nenhum papel, nenhum contrato, mais que isso fui leal
E eu te amei com toda a minha força e eu desejei a eternidade com você, e eu quis que tivéssemos casado de verdade, eu quis ter filhos com você, mais que isso eu queria tua felicidade e sua felicidade até hoje é a minha
Eu entendia você,
Eu amei cada detalhe, inclusive seu defeitos
Em 1891 dias mais ou menos, nas 24 horas que tivemos ali, sempre do início ao fim eu fui verdade
E ainda sou
É claro que ainda amo você
Mas como você me disse uma vez, é um amor diferente hoje
Mas eu sempre estarei por você, eu sempre irei me preocupar, eu sempre irei pedir a Deus que fique feliz
Que a vida seja leve como a manhã de um dia de férias!
Eu queria poder te contar tanta coisa,
Queria te contar os detalhes de como tenho passado,
Queria te mostrar os textos e poemas que escrevi nos últimos tempos
Queria que você ouvisse Elis (atrás da porta)
Queria que você ouvisse Chico Buarque (Olhos nos olhos E tua cantiga) ou Maria Bethânia (Sem fantasia)
Queria que soubesse o quanto torço pela sua felicidade
Queria que soubesse o quanto fez falta
Queria que soubesse que o perdão fez morada dentro de mim
Queria que a sua vida ficasse tão maravilhosa que você não tivesse nem um espaço para tristeza
Queria mas escrevi um dia e talvez eu ainda te mostre “que minha maior tristeza é sem dúvida saber que eu era seu amor verdadeiro, mas não quisestes. Não fico triste por mim, fico triste por você, pois se só existe amor verdadeiro uma vez, você perdeu o seu e como uma pessoa que prezo devo dizer, é muito triste saber que suas buscas de amor serão inúteis, eu só queria que houvesse oportunidade pra ti”.
Eu não sei, por que existe em mim coisas que nem sei dizer a seu respeito,
Não sei, mas eu tive vontade de te abraçar e nem dizer nada, apenas chorar o leite derramado, o pior disso tudo é que sei que você pensa exatamente igual. Sei a falta que fiz e talvez ainda faça, embora não tenha nada que eu possa fazer a respeito. Mas também não quero morrer sufocada com palavras não ditas, embora elas também não façam mais nenhum sentido.
Então apenas escrevo, para que quando eu publicar um livro, talvez faça sentido para alguém.
(...)
Não sei, mas eu tive vontade de te abraçar e nem dizer nada, apenas chorar o leite derramado, o pior disso tudo é que sei que você pensa exatamente igual. Sei a falta que fiz e talvez ainda faça, embora não tenha nada que eu possa fazer a respeito. Mas também não quero morrer sufocada com palavras não ditas, embora elas também não façam mais nenhum sentido.
Então apenas escrevo, para que quando eu publicar um livro, talvez faça sentido para alguém.
O dom de se impressionar pelo simples
Quando se tem experiência de quase tudo por ser curiosa e apaixonada pelas coisas, pessoas, lugares, emoções o que pode te impressionar?
Pessoas assim normalmente se interessam pelo simples.
O simples é realmente muito interessante.
Ontem me impressionei com as mariposas voando em torno da lâmpada, insetos aleatórios e o fundo musical de Zé Ramalho, deu vontade de escrever naquela hora um livro com nome Mariposas. Estava na "casinha", um local na montanha, isolado e cercado pela natureza e sinceramente um dos momentos mais gostosos de viver.
Após me impressionei com o céu tão estrelado que parecia ter sido feito por encomenda, não havia lua mas a noite estava completamente iluminada. Queijos, vinhos, fogueira e uma excelente companhia. Não sei se eu poderia querer mais, apenas talvez eternizar esses momentos, mas já os sinto como eterno, seja pela intensidade ou apenas pela simplicidade e transparência. Isso realmente me comove.
Desconstruir o estereótipo de menina da cidade. SOU menina da roça, da felicidade por coisas tão desimportantes ou pela simples Mariposa.
Esse local denominado " casinha" me trouxe uma enorme nostalgia. Há um tanque de banheira e passei minha infância com um desses, pastos e um curral e definitivamente me trás um passado impressionante: O início de minha história. Sendo pouca ou muita coisa, me trás a sensação de perdão de passado. É como se pudesse recomeçar tudo denovo do começo, só que do meu jeito.
Não viva de passado e nem de futuro, mas tenha a consciência de quem foi e como superou as suas expectativas, frustações, fases pouco fáceis e com toda certeza se perdoe e perdoe o seu passado, foi necessário pra ser quem é agora.
Trago comigo não tantas experiências assim, algumas. Tenho vaga lembrança pois não guardo detalhes e jamais arrasto corrente, a vida já tem o seu peso diário, não acrescento nada a minha cruz, nem minha ansiedade é capaz de pesar.
É bem engraçado o fato de ouvir a água da cachoeira rolando e isso te trazer paz. Os insetos que não dão trégua. O silêncio cheio de barulhos, "minha cabeça trovoa".
Fiquei tentando me livrar de qualquer coisa que me incomodasse ou de ficar pensando sobre como ser eu mesma poderia incomodar. Não podia me incomodar com isso, apenas viver. E trouxe a memória o que é mais importante, o quanto me impressono com a simplicidade e a desconstrução.
Ela lia, eu escrevia. Parece distante mas não é. É complementar. Mistura de conhecimento com experiência, não sei explicar ainda nesse momento.
Se eu fosse escrever um livro sobre esses assuntos talvez levasse anos, são tantas sensações e como sou imediatista teria que trazer de agora pro futuro e alinhar, ajustar somente depois quando não houver essa sensação. Dizem que momentos felizes ou tristes não podem ser a definição de algo, apenas quando está fora deles.
Sinceramente gosto de sentir.
Poderia ser tanta coisa, mas é tanta coisa.
Passei por essa mesma cidade há alguns meses, a experiência foi completamente insana. Tudo que era pra ter sido bom foi levado pelo horror de julgamentos. Quando aconteceu essa oportunidade em que estou, logo pensei que seria diferente e oposto, seria bom, e é.
Quero viver isso, quero que seja infinito mesmo que breve. Sensação boa. Sensação de paz de espírito.
Andamos conversando sobre coisas aleatórias, nada completamente definido e apenas o que notei foi essa necessidade atual de calmaria, do simples, da parceria, do junto é junto.
O céu não era só um céu, era poesia.
Como é que você tropeça com alguém por aí é diz é você que quero?
Sei lá, afinamos muito e nem sabemos disso ainda, mas eu sinto e se sinto é real.
Serás minha
Dama
Princesa
Rainha
Te levarei pro meu simples improvável
Tudo é ajustável
Me ajusto muito bem
Sou camaleão
Sou sol
Girassol
Cacto
Sou verão
Resisto ao frio, ao inverno pois sei que são temporários
Gosto desse clima da montanha
Não sei quanto tempo existerei dessa forma, mas quero existir enquanto der
Venha menina, seja sua, seja minha
Contemple o sol na cachoeira, as estrelas do quintal, pendure a alma no varal
Deixe o que não for ir com o vento
Sou sua, SOU minha, somos o tempo
Já é noite, temos a calmaria do Mato, o grito do grilo e o explendor de raios clareando o fundo do céu. Ainda tem coisas a acontecer. Aquele lanche preparado, aquela soneca gostosa. Aquele enlace de corpos. Aquele "nada" que é muito.
Mais uma vez vou embora querendo ficar. Insensatez? Talvez.
(...)
Venha menina, seja sua, seja minha
Contemple o sol na cachoeira, as estrelas do quintal, pendure a alma no varal
Deixe o que não for ir com o vento
Sou sua, SOU minha, somos o tempo
(...)
Nem sempre a vida está como se gostaria
Às vezes estamos bem distantes daquela vida que imaginamos há 10 anos, o silêncio reinando e nada aparentemente de bom ou extraordinário acontecendo
Não sou a favor do aceitar e calar, do calar e esperar pra sempre
Sou a favor de dar a cara pra bater, ir, logo fazer acontecer, brigar com a vida pra ajustar logo de uma vez
Meio termos, água morna, caco de vidro em cima do muro, nada disso me comove. Gosto do 8 ou 80 mesmo. Problema resolvido com sucesso ou problema criado com sucesso.
Sim, eu sei que a vida não pode ser assim, não dá pra ficar o tempo todo de guarda levantada.
Eu gosto da alma leve, de coisas firmes, de saber logo o final da história, não me culpe por ser prematura, sou mesmo, tenho pressa. Quero logo, quero já, quero agora. Depois posso desistir. Como é bom ter novidades, coisas, conhecimentos, acontecimentos, gente nova, ideias novas. Isso me motiva
A vida, não é tão simples quanto na teoria, pra ninguém. Não me importa. Me ame ou me odeie, mas seja breve. A vida é breve, não gosto de perder meu tempo com talvez.
Caraca! Um ano que mudamos de vida
Não sei se ainda lembra, não sei se chegou a esquecer
A sensação é que foi hoje, que será hoje quando eu acordar
Não posso reclamar, foi a dor mais triste que eu senti, foi o choro mais verdadeiro que eu já tive, a dor era física de tão inacreditável
Mas não é por esse motivo que escrevo
Eu me coloquei em estado de espera logo depois, talvez um tipo diferenciado de modo avião
Não posso dizer que hoje está sendo um dos meus melhores dias
A pessoa que está dividindo a vida comigo, está em questão com continuarmos ou não, sei lá, mas é o mesmo dia
Não quero ser meu próprio estraga prazeres, mas preciso levantar a cabeça e seguir em frente
Se 2018 foi de parar e esperar, 2019 é de meter a cara, arregaçar as mangas e deixar o que se foi pra lá
Vamos à viagem da vida, mudar o rumo do que não está bom, buscar o que foi só visto e lutar, mas lutar muito pra que o melhor nos encontre.
Me puseste em teu balaio de silêncio,
Me prendera onde não se escuta nem o vento lá fora ou a chuva que cai
Nesse silêncio no porão não sei quando está trovoando, quando virá a tempestade ou quando está sol
Nesse silêncio os meus gritos estão afogados, abafados, escolhi calar pra não gastar o resto de oxigênio do balaio e pra não morrer logo
Estive ansiosa quando ouvi passos na escada, mas logo depois veio um temor daquele ser o meu fim, mas não era nada, talvez meus ouvidos me traíram e ouviram mais do que era real
Não sei ao certo como vim parar aqui,
Não sei ao certo quanto tempo ficarei
Não sei ao certo se um dia sairei daqui com vida
A única coisa que esse silêncio me traz é um encontro, o encontro comigo mesma e a pergunta de Clarice Lispector "Se eu fosse eu" o que faria.
Nem sempre gosto das minhas próprias respostas
Talvez se eu fosse eu, nem teria vindo parar aqui, nem de longe
O meu eu me diz que é tempo de silêncio, mas que em breve, muito breve eu verei o nascer do sol, o orvalho da noite e no céu enluarado com aquela lua bem cheia e o céu completamente azulado, os ventos cortando meu corpo e sentirei aquela paz de criança na alma.
Por hora espero, aguardo, sobrevivo no balaio, balaio de sentimentos, emoções, balaio de nada.
Quis falar, mas as palavras não amenizaram
Não queria ouvir
Só destrinchar as palavras já ensaiadas há quase uma semana, tinha uma opinião formada sobre tudo, não aceitava nada além
A culpa era minha
A culpa é minha
Eu sempre soube como seria
Mas me acho forte, me acho quase a dona do mundo
Aquela que aguenta a indiferença, aquela que aceita o silêncio, aquela que aceita o momento certo pra agir
Após uns múrmuros, palavras lançadas sem pudor eu me tornei aquela que não tem sentimentos, a "seca".
Oi? Estou aqui dentro de mim. Cheia sempre de sentimentos, cheia de e sonhos, cheia de vontade de coisas que sonho sozinha, não adianta eu falar, eu já desisti
Minhas tentativas são inúteis, mas ela parece intocável
Após eu a toquei dizendo pra virar pra mim e a beijei com minha alma, naquele único instante ela cedeu
Esperando eu que no dia seguinte fosse harmonioso enganei-me
Lá está ela, pensativa, até triste, isso era por nós
Tentei e tentei novamente, mas me sinto fraquinha quando mais uma vez sou quase transparente, sou quase qualquer coisa e nem ouço uma resposta quando falo algo, quando me insinuo e não tenho nada que um belo e bem-dado desprezo
Mas não se engane, ela é a bonitinha dessa história,
Ela só faz coisas planejadas, parece que até os sentimentos e amores o são
Ela não cruza uma linha sem certeza, ela não faz nada mais nada em que possa se arrepender
Eu ando pensando antes de agir, mas eu tenho natureza impulsiva
Queridos, não sei como agir
Não sei como posso fazer
Não há nada que eu faça que possa agradar
Sempre estou tão pouco
Estou num esforço danado e não desisto facilmente, mas tenho que dizer
A próxima fase do jogo é sempre a mais difícil e nem sempre eu tenho saco de continuar jogando.
O que ela não entende e que eu já repeti mil vezes foi que se um dia chegamos a nos relacionar foi porque eu quis
Parece idiota, mas foi bem assim
Eu comecei num fogo de paixão louca e a cada investida havia um balde de água fria e eu ouvia, menos Maria, menos Maria. Bom, com o passar do tempo, insistindo em ficar porque tenho cismas em minha cabeça eu passei a ser menos e agora escuto, mais Maria, mais Maria. Será que eu sou louca?
Um dia Maria, no outro amor e agora Maria de novo.
Quando o mundo desaba e você vai ao fundo do buraco a única opção que existe é lutar pra subir
Mas me vejo no meio do buraco, aí é que mora o problema
Se eu me mover posso cair pro fundo do poço, então estou imóvel, estou parada aqui esperando um resgate que pode nunca chegar, se eu lutar pra subir posso cair, se eu não lutar posso ficar parada pra sempre aqui se não chegar socorro a tempo posso cair e estar sem forças pra subir depois por estar desidratada de esperar seca e sem forças
Não é atoa que eu gosto de 8 ou 80, do é ou não é, do vai ou racha
Eu conheço o fundo do poço porque já estive lá, por sorte não jogaram terra em cima, naquela ocasião eu não gastei energia, não gritei socorro, silenciei e fui agarrando a beira até que sai com vida, depois de um belo banho e uma roupa nova na alma, cantarolei igual a passarinho no amanhecer
Hoje estou experimentando um novo lugar, parece ser sorte não estar no fundo, mas não é, é pior, é mais difícil
Como posso estar tão perto da saída e não lutar pra sair? É que a distância da saída é a mesma que pra chegar ao fundo do poço
Será que existe algum milagre? E se chover e se fizer muito sol e queimar minhas últimas folhas? E se eu ficar mais seca e perder o oxigênio? E se eu não resistir?
Tô chegando ao limite da decisão, aquele momento que você tem que arriscar alguma coisa
"Cansada de correr na direção contrária"
Sou o que sou, mas me moldo pra passar pelos labirintos da vida
Queria me olhar de fora e encontrar a solução mais plausível e seguir de cabeça erguida e peito inflado, mas tô olhando por dentro e aqui dentro tem uma guerra de orgulho e de vaidade que não me permite
Não sei o que sobrará de mim dessa vez, agora que havia terminado de juntar meus caquinhos quebrados
Começar de novo.
Despedir-se
Vem tomar esse café, vem se despedir
A sua menina já vai pra outros caminhos seguir
Lágrimas que banham o rosto, caminhos inconstantes e inseguros
Incerteza na caminhada
Vem tomar café, senta aqui na mesa, despeça de sua menina
Não. Levanta, vem aqui, me abraça forte.
Deita aqui comigo.
Como podemos recomeçar? Você acha que dá certo? Disse a mim.
Eu não sei, acho que devemos tentar.
Vamos começar mudando o quarto de lugar. Tá bem! Voltemos ao início de tudo, vamos nos amar.
Vem, senta aqui na mesa e vamos almoçar, o mal já está longe de nós vamos recomeçar
Vamos reinventar um lugar só nosso
Vamos colocar as coisas no lugar, vamos mover as coisinhas
Vamos, vamos lá.
Minha pergunta de hoje é tão simples que é complexa. Como nós nos tornamos aquilo que odiamos?
Como que acabamos vez ou outra sendo aquilo que odiamos nos outros?
Eu quis pesquisar pra entender melhor minha própria pergunta interna, olhei rapidamente no navegador e não fiquei muito convencida.
Será que isso se deve ao fato da força do ódio? Será que isso se deve ao fato de passarmos tanto tempo intrigado e pesquisando em nossas memórias RAM o que poderia levar uma pessoa a ser dessa ou daquela maneira?
Será que se deve ao fato espiritual de trazermos como genética dos nossos antepassados?
Será que acabamos concordando inconscientemente? Será que apenas ficamos tanto tempo retribuindo o que nos dão de igual pra igual que aprendemos a nós igualarmos com o que nos faz mal?
Eu gostaria de entender. Apenas pra me entender melhor e me livrar do que eu tanto odeio ou reprimi ou criei ranço.
Eu me lembro de coisas que eu tenho total repulsa e vez ou outra me peguei fazendo e quando parei pra pensar me senti completamente mal. Bom, um dia desses eu de concluir sobre esse assunto. Por hora só pensar mais pra traçar uma linha reta de raciocínio.
Tô na porta de saída, ainda olhando pra trás e tentando lembrar se não estou esquecendo de nada, olho pro que há além da porta e espero ver algo que me anime, mas não vejo
Só vejo eu mesma e os mesmos passos e a mesma caminhada
Como diria Belchior " Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro, ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro"
Ao contrário do que possa parecer, ano passado eu estive tão fraca, tão descrente de mim mesma, tão questionadora de como as pessoas sempre vão embora
O dia que nós entendermos que cada pessoa é um mundo dentro do mundo seremos mais felizes
Eu imagino o sistema solar, não posso dizer ao sol para ele ser igual à lua, cada um tem o seu jeito e sua importância e seu lugar, não são mais ou menos especiais, apenas são o que são, cada um tem sua própria particularidade, hora para os acontecimentos e momento exato pra ser mais ou menos.
Hora não vemos o sol, hora não vemos a lua, não vimos os demais planetas, mas todos estão lá
Assim somos. Um mundo convivendo com milhares de outros mundos, não devemos brincar com o mundo de ninguém, nem menosprezar, nem achar que o nosso brilha mais, apenas deixe ser, deixe cumprir o seu papel, olhe, mas abra a boca apenas para auxiliar e jamais pra julgar um mundo que não é o seu.
Posso ir viajar e voltar quando tudo já estiver arrumado?
Posso sumir e esquecer da vida e voltar como se nada tivesse acontecido, mas já tivesse acontecido tudo?
Posso ser eu por aí sem pedir aceitação?
Posso chorar um rio pra ter acalento?
Posso sorrir com essa tristeza?
Posso dançar na chuva mesmo sem força pra sair dela depois?
Posso só vegetar por uns dias e voltar em outro cenário pra pular a parte horrível?
Posso ser forte por fora e ter um estômago queimando?
Posso ficar triste mesmo com milhões de outros motivos para estar feliz?
Posso?
Devo?
Não posso?
É apenas humano?
Eu não vou estava preparada?
Posso?
Posso viver sozinha em um novo lugar e nem lembrar que passei por aqui?
Posso virar heremita?
Posso virar hippie?
Posso cometer haraquiri?
Posso ser?
Posso não poder?
O que eu posso?
O que eu devo?
O que eu preciso?
O que eu mereço?
Eu não sei quanto a mim, mas quanto a você
Ahhh!
Você merece os sorrisos mais sinceros como os de criança
Merece lágrimas de felicidade em cada conquista
Merece aceitação
Merece abraços carinhosos e beijos inusitados
Merece que te olhem com ternura e com o maior carinho
Merece ter tudo aquilo do jeito que sempre sonhou
Precisa, merece
Hoje seria um dia comum, talvez não fosse feito nada interessante.
Talvez a gente até tomasse uma cerveja, talvez jogasse um buraco.
Talvez a gente só brigasse um pouco, ou talvez estivesse em silêncio cada um em um canto da casa por estar de saco cheio.
Talvez tanta coisa, e as coisas foram momentos que hoje não existem, mas fizeram sentido tanto tempo, que é esquisito agora por não fazer nenhum.
É estranho como eu funciono.
Se eu não tô funcionando direito por dentro, não consigo funcionar direito por fora e vejo isso ao contrário,.
Tô aqui tentando arrumar minhas roupas e não flui muito, tô livre e lidar com Liberdade as vezes é difícil.
Posso fazer a hora que eu quiser e quando que quero?
Tu és chata(o), vive aqui, rondando a cabeça e ameaçando meu coração.
Pelo amor de Deus
Liberte-me
Deixe-me ir, deixe-me ser, deixe-me.
Tenho a sensação que eu te liberei, mas que não me liberastes.
Quero seguir.
Para de pensar em mim, para de vasculhar minha vida, para de se arrepender.
Fique feliz pra eu fique também.
Outros corpos amares, outra cama deitou, em outro coração reinou, libera essa terra árida, deixe que algum sem teto more aqui, mesmo que aqui não tenha mais nascentes de água fresca, mesmo que não tenha sombra pra colocar uma rede, deixe que alguém plante algo e veremos se dá frutos.
Para de querer essa terra que salgastes, ela não serve pra nada mais mesmo, libere-a, liberte-me.
Para de lembrar meu nome, para de lembrar do quanto fui, para de me segurar.
Esqueça minhas curvas, apague meu sorriso, esqueça minha dedicação, esqueça o quanto te amei, esqueça o quanto te odiei por desistir.
Esqueça que trocou a rota.
Esqueça dos meus choros infinitos.
Esqueça o quanto eu sorri por coisas miúdas.
Esqueça o quanto intensamente éramos felizes.
Esqueça que o pra sempre acabou e viva esse novo pra sempre aí.
Não me olhes com dor por ter ido.
Me olhe com felicidade porque estou aqui e sempre vou estar aqui, eu sempre existirei, sempre haverá o meu eu aí, jamais conseguirá andar sem lembrar de quando meus passos tropeçaram nos seus.
Vai lembrar quando não havia mais graça, mais nada, mais ninguém, mas eu estava.
Vai lembrar que eu perdoei.
Vai lembrar que não encontrou um novo amor puro, porque este era o meu.
Eu ando tendo muito medo
Tenho medo de esquecer de você
Tenho medo de seguir minha vida
Tenho medo de não conseguir me cuidar
Tenho medo do que tem de reservado pra mim aí na frente
Tenho medos e mais medos
Mas dane-se os medos, seguirei enfrentando um a um de cara limpa, peito aberto, ombros erguidos, mente sã, seguirei mesmo com a incerteza, seguirei mesmo me sentindo pequena e fraca, seguirei porque a vida é só num V e o resto é ida.
Tô no silêncio da casa, algumas coisas pra arrumar e nenhuma vontade
Com um pouco de sono, talvez seja a bobagem de estar só
Talvez eu quisesse um abraço bem apertado, quase daqueles estranguladores que tiram suspiros, ou apenas um bom sexo, daqueles que você passa dias lembrando, ou eu não queira nada disso, apenas quisesse algo intenso, daquelas coisas que nos fazem sorrir atoa por sentir a vida
A tv no mudo, nada alí me interessa, o vinho que ganhei ao lado, as pedras adquiridas da cachoeira amontoadas em um tipo de equilíbrio pra que eu lembre que devo manter minha mente equilibrada, parece loucura mas faz tempo que não fico assim, sozinha, a casa, e é gostoso, é divertido, gosto de minha companhia, curto meus pensamentos, que na grande maioria são otimistas
Fumo um cigarro ( eu sei, não devo), escrevo meus rápidos pensamentos, tento não achar todo mundo um saco
Não fixo meu pensamento em algo exclusivo, quero criar
Chata, insana, indecente, com mil devaneios de coisa nenhuma, talvez amanhã eu tenha mais que hoje pra escrever.
Mais um dia que volto pra casa com os olhos cheios de lágrimas que escorrem no canto deliberadamente. Mais um dia em que me pergunto se desisti do amor ou se só não aguento mais sofrer esperando esse tal amor que não chega. Novamente estou eu questionando as decisões racionais que me tomam irracionalmente. Não sei ser. Será que eu desisti do amor? Será que esse vulcão preso em meu peito está tão fraco que é incapaz de derreter esse iceberg? Será que nunca mais terei aquela mansa sensação de ter aquele relacionamento poderoso? Se cada um tem o que merece então está certo deve ser o que ando merecendo. Onde que aperta o botão delete pra apagar as marcas de um verão passado que me aprisionam nesse inverno? Não há definições minhas certeiras por aí, tudo anda muito vago. Eu quero acreditar denovo, quero aquela fé poderosa que me tomava e fazia as coisas acontecerem, mas, desisti da esperança de que existe algo eterno. Talvez eu nem goste desse lance de eterno, embora eu o queira muito. Sinto como se tudo fosse passageiro e essas passagens sejam sempre muito breves. Talvez o amadurecimento tenha acabado comigo, acabado com aquela inocência de amor real. Aconteceu um raiozinho de esperança mas logo veio a dura casca grossa dizendo pra proteger o que não tinha força pra estar exposto. Não gosto, acredite. Lembro de quando amar era sobre todas as outras possibilidades, era o que fazia sentido. Não. Amor correspondido, isso faz sentido. Não importa quanto tempo dure, sempre tenho a sensação de finito. Alguém gosta de mim, alguém me ama, alguém curte minha companhia e na página dois a história já se inverteu. Não importa se me doei ao extremo, se fui cautelosa ou se banquei a dispirocada, ao final é como se tudo se repetisse, de novo e de novo. Existe uma fórmula secreta? Vivi demais e desaprendi? Como que volta aquele local onde a dor foi mais profunda que a existência e pego de volta o que me roubaram? Tá faltando uma parte minha aqui e não estou conseguindo andar sem ela, dá aquela sensação de reaprender a andar sem muleta. Nunca tive problemas em ir mesmo que estivesse morrendo de medo, gosto de me desafiar. Então vou. Me digo olhando no espelho que sou mais que isso, que posso mais, mas, ao sair de frente do espelho é como se houvesse outra pessoa que não sou mais eu. Quem me roubou de mim? Pegue todo meu valor mas deixe ao menos meus documentos, minha identidade, não quero me sentir indigente. Quero poder lembrar meu nome e quem sabe assim lembrarei como foi que cheguei até aqui. Quem sabe como fazer isso? Quem sabe eu não poderia voltar ao tempo e apagar as histórias que me apagaram? Não há lei no universo capaz de mudar o destino? Quem faz o destino sou eu? Oh, não! Eu não quero fazer o destino. Eu não sei criá-lo de maneira suave e eu preciso da suavidade da intensidade do amor. -Não é isso! Grito a mim mesma. Amor é calmaria, devo estar confundindo com paixão.
José, fiquei feliz quando te encontrei. Sei lá, me deu uma esperança. Você passou e fiquei triste denovo. A felicidade são instantes e nossos instantes são intensos e breves. Me corroê o medo de não querer ficar com essa felicidade quase inalcançável que tenho visto por aí, ou ainda que fique, mas que depois enjoe e parta, aí ficarei triste ali na frente. Sou completa, sabe José? Mas é que você me transborda, me passa uma força, me passa uma proteção, e isso também não se encontra por aí. Quando te vi minha alma tremeu, meu corpo arrepiou, eu vi em você uma coisa estranha, mas que quis. Foi como se tivesse tanto domínio que eu não conseguisse mais responder por mim, mas, ao mesmo tempo me senti capaz de qualquer coisa, como se o mundo fosse meu e eu fosse capaz de trazer a lua pra você. Quer me explicar de onde vem esse poder? Poderia me dizer? Resisti em ir embora, não queria sentir denovo a solidão, você tem um aconchego tão bonito. Palavras não ditas são palavras desperdiçadas, mas pra que te escrever se não irá sentir? Tentei me explicar o que estava acontecendo e o mais próximo que cheguei a ir nesse devaneio foi que você me lembra uma coisa muito especial que já vivi e me trouxe a esperança de ter algo ainda melhor, despertou uma intensidade, tempos adormecida. Então como eu poderia não te notar e não deixar que isso tomasse completamente conta dos meus movimentos dali em diante? Meus breves instantes com você tomou uma dimensão que parece de anos, pareço te conhecer mais do que conheço. Eu não queria voltar pra casa, voltar pra realidade e sair do sonho que estava vivendo, mas depois que voltei também não deu vontade de ir a lugar algum, não consegui me distrair com nada, fiquei lembrando do teu jeito tão sagaz, jubilante, deslumbrante e solene que mal tô pensando direito. Me parece um ser Imarcescível enquanto eu apenas fiquei silente, sem ação, não podia expressar por parecer tão prematuro a ideia do teu ser tão feérico. Teus gostos musicais a bibliofilia me impressionam ao ponto de eu querer engolir todos os livros e discos.
Volta e meia ando lembrando do teu sorriso, aquela cara que só Você faz e que te define completamente quase que de imediato.
Parei pra pensar um instante e dizer a mim mesma se estava louca, e não, não tô louca. Tô apaixonada, gente...pelo amor, eu quero você.
Ah, fico tão triste por estar longe e não poder ir atrás de você quando morrer de saudade, te encontrar derepente. Beijaria-te os pés.
Soltaria foguete
Você se olha no espelho frequentemente? Provavelmente sim.
Você ajeita a roupa, o cabelo, a maquiagem, a barba, ensaia palavras, ensaia sorrisos, até desabafa sozinho(a).
Vá lá e olhe de novo, mas para de olhar pra fora, olhe em suas janelas da alma, olhe dentro dos seus olhos e caracterize seu olhar. Ele é triste? Ele é um olhar feliz?
Olhe pra dentro, se olhe.
O que tem feito de você mesmo?
Essa alma que acabou de ver te agrada?
É como gostaria que fossem?
Está feliz com essa pessoa aí dentro?
Se sim. Continue.
Se não. Mude a rota.
O que falta?
O que precisa mais?
Se olhe como se fosse outra pessoa que você ama e veja as qualidades e veja o porque você ama tanto.
Se olhe e veja os defeitos e julgue como você julgaria se fosse um outro ser, diga-se o que há pra melhorar. E trate essa pessoa com aquela velha frase " se fosse eu"
É difícil né? Pois, é. Essa pessoa aí dentro é você, essa pessoa de fora é só casca, é só um nada que carrega no esse ser enorme dentro.
Não me importa se é feio(a), bonito(a), mais ou menos, ou da pro gasto. Esqueça essa droga toda de aparência.
Já notou que às vezes existem umas pessoas que teoricamente são "feinhas" mas são tão maravilhosas que começamos acha-las lindas? E aquelas que são lindas, mas tão insuportáveis que ninguém gosta?
Pois, é. Somos o de dentro, apenas carregamos o de fora, ou seríamos apenas, mas uma alma penada por aí RS.
Lembre-se… você é a sua alma, portanto, cuide dela tanto quanto cuida da sua aparência. Porque você é o de dentro.
Maria de Paula (Nazaré)
26/03/2019