Maria Aparecida Francisquini
Sempre tem aquele momento, que deveríamos virar a página...o problema é quando gostamos demais do que tem nesta página...aí resistimos em simplesmente virá-la...Pois é...
Com o tempo, a gente percebe que a vida é muito curta...e aprende que os problemas não são assim tão importantes e nem merecedores de tanto sofrimento...a gente acaba entendendo que mais dia menos dia,tudo passa...tudo se ajeita...pena que,na maioria das vezes, demoramos demais para entender e aceitar isso. Mas sempre é tempo...enquanto a vida estiver por aí...e nós por aqui...
Ainda bem que a vida de ninguém se resume unicamente em problemas... chateações...aborrecimentos!
Ainda bem, que mesmo diante de tantas atribulações, tantas decepções e tantas amolações, sempre existem perspectivas de oásis, sempre existem possibilidades e caminhos para resoluções! E o mais importante, é que nós sempre conseguimos nos lembrar disso... e insistimos em continuar vislumbrando sonhos... e dificilmente desistimos completamente dos nossos projetos.
Ainda bem...
Tem gente que tem o dom de encantar...de despertar a vontade no outro de virar um bichinho,para aconchegar,aninhar...tão bom gente assim...
Saudade só sentimos do que foi bom, do que nos fez bem. Portanto...saudade é muito bom de sentir...melhor ainda se tiver algum jeito de viver de novo o que provoca saudade na gente...Pois é...
Já me arrependi tanto...mas com o tempo,entendi que não tem porque eu me arrepender do que fiz...do que falei...do que vivi...simplesmente porque quando fiz...quando falei...quando vivi,acreditava que era o melhor que eu tinha a fazer...a falar...a viver...Portanto...
A gente sempre pode inventar novos jeitos...de ser...de ver...de sentir...toda vez que se fizer necessário...pelo menos, enquanto a vida estiver por aí...e nós por aqui...
É tão bom o bom...que provoca sorrisos plenos de risos...que te faz sonhar...sentir alegria...animação...A gente se acostuma tanto e tão fácil com isso...e fica numa resistência em desacostumar...e fica querendo porque querendo que continue...mas...a vida segue em frente...mas também, sentir saudade tem hora que sente...natural mesmo de ser humano...gostar e querer o que faz bem...e sentir falta...muita falta...É...viver também tem disso...
Sou independente
Sou forte
Sou firme
Sou segura
Sou mulher.
E tenho um orgulho imenso por tudo isso.
Mas sou gente.
Um ser humano também.
Às vezes sou dependente, frágil, assustada, insegura.
Quero tanto que nestes momentos minha sensibilidade seja respeitada
e bem cuidada,
e acalentada
e entendida.
Se a gente se protege e não aceita sair da nossa casca, não corremos riscos...vivemos com a sensação de que tudo corre muito bem...na verdade, morno... sem sal...quase sem vida mesmo. Mas se aceitamos sair, quebrar a casca, corremos riscos...podemos até sofrer...mas pelo menos temos a chance de experimentar o que existe de bom lá fora...e viver momentos felizes...de uma felicidade até mesmo plena,enquanto acontece...e viver também é isso...
E dá um sufoco...uma dor horrível de sentir...E a gente fica numa vontade danada de sair correndo...mas nem adianta...não tem como distanciar...a dor está é aqui, dentro da gente mesmo...
Ou você abre a porta da sua casa, e vai em busca do que deseja... ou se contenta em apenas imaginar o que está acontecendo lá fora.
Ou você abre a janela para o sol entrar...ou se consola com a escuridão!
Ou você faz, ou se conforma em sentir uma imensa frustração, e uma eterna ansiedade por ficar apenas querendo, sonhando e esperando...
A vida está ai...
Existem sentires que experimentamos, que pela intensidade e felicidade que nos propiciam, são inesquecíveis...marcantes mesmo...e por mais que façam parte de um passado que deixou de existir no presente real...se eternizam... ficam aqui na gente...no nosso corpo...nos nossos pensamentos..nos nossos sentires atuais...e em alguns momentos, de maneira tão forte, tão intensa, que a sensação é que são reais no nosso presente...
E até que a gente segura...se protege...corre da possibilidade de se entristecer...mas as vezes não tem como...ser humano,né? sente...se dói...titubeia...e em alguns momentos, até cai mesmo...chora...se entristece profundamente...uma tristeza daquela de doer demais...de até querer dar uma desanimada imensa...mas...ainda bem que sempre tem um mas que vem socorrer...e nesta hora, este mas aí nos lembra que a vida está aí...e que ela sempre traz novas oportunidades...novas possibilidades...novos dias...e isso é tão maravilhoso...tão animador...tão estimulante...revigorante...
Vivemos tão desejosos de sermos correspondidos em nossas expectativas, que quando por algum erro de percurso o desfecho não é o esperado, entramos muitas vezes em pânico... e perdemos a serenidade tão necessária... principalmente nos momentos que precisamos recomeçar de novo... ou mesmo reavaliar o nosso trajeto...para retomar o caminho certo...
Ou até mesmo para descobrir um novo...
Afinal...a vida está aí...
É tão bom aprender a se amar...a ficar na própria companhia sentindo prazer, satisfação...Quando isso acontece, a gente fica com alguém, por gostar de...e não por precisar de... Simples assim...
Meu amor é meu mesmo! As vezes direciono para alguém...se tem correspondência ou não, não é o mais importante para mim...o que me importa mesmo, é se me faz bem sentir este amor...se me proporciona bem estar, alegria...isto é que determina para mim, o tempo que ele vai durar...tão simples!!
Gosto demais de gente que não se reprime em ser gente! Gente que vive e se relaciona afetivamente, sem artimanhas, sem táticas, sem preocupação com o "placar"...que entende que relacionamento acontece entre pessoas e não entre jogadores...
Quando éramos bebês...
Costumo dizer que quando nascemos, estamos no "ponto"...
Mas, os adultos que cuidam de nós, se incubem de ir nos (des) "educando".
Para melhor entender isto, basta recordarmos algumas passagens da nossa infância que demonstram bem certas características que tínhamos e que hoje nos fazem faltam.
Éramos determinados... quando tínhamos uma meta, insistíamos até alcançá-la: aprendemos a andar, após várias tentativas e inúmeros fracassos.
Para atingir nossos objetivos, não nos importávamos com o ridículo: Ficávamos um tempão experimentando sons, fazendo os barulhos mais "esquisitos", até conseguirmos pronunciar palavras e depois frases.
Quando nos sentíamos incomodados, não engolíamos nosso incômodo. Literalmente "botávamos a boca no mundo".
Éramos assumidamente sinceros, curiosos e extremamente desejosos de aprender: Quando tínhamos alguma dúvida, insistíamos em perguntar até que conseguíssemos esclarecê-la.
Pois é... depois, à medida que fomos crescendo fomos (des) aprendendo muitas coisas e assim, perdendo muitas dessas características.
Passamos a ser inseguros e muitas vezes desanimar das nossas metas... abrir mão dos nossos sonhos... a temer fazer papel de ridículo, deixando assim, de alcançarmos muitos dos nossos objetivos... por nos inibirmos... a mentirmos em algumas situações... a ficarmos com dúvidas, temendo fazer o papel de pouco inteligente e ainda aprendemos a nos forçar engolir e remoer várias chateações, para passarmos a imagem de bonzinhos e "legais".
Imagine se o bebê nascesse com todas estas características que foram nos ensinadas?...
Pense nisso.
Dizem que vivemos em um país livre, democrático!
Livre e democrático... para quem? Para quais interesses?
O cidadão pode tudo. Tudo o que deixam ele poder!
Liberdade! De ação e de expressão! Mas...Ele é livre para agir! Mas não são toleradas ações que contrariem interesses dos que se sentem poderosos.
O cidadão é livre para se expressar! Mas não lhe é permitido questionar os atos, nem discordar dos mandos e/ou desmandos de quem ocupe o poder.
E viva a liberdade! Até o ponto delimitado por alguém. Até onde alguém permite que você a viva!
Interessante...mas quando estamos amando, ficamos tão mais...mais animados...mais inspirados...mais felizes...mais gentis...mais radiantes...cabelos e pele mais brilhantes...mais...mais...mais...mas são tantos mais...que sinceramente, acho que deveríamos amar mais...e mais vezes...
Muitas vezes, onde estamos, está incômodo, sem calor e até sem luz...mas sempre existe um outro lugar...iluminado...onde podemos nos sentir confortáveis...aconchegadas...E nem sempre está longe...muitas vezes, até bem pertinho...só dar uns pouquíssimos passos...