Marcos Maluly

SE

Se me queres, não parece.
Se me amas, não disseras.
Se amor por mim tivera.
Pois que ama não esquece.

Se me amas, volte logo.
Se não amas, não retorne.
Do amor que me recorde.
Pois promessas me fizera.

Se for verdade que me ama.
Grite e fale para o mundo.
Se não ama, cala-te, silêncio.

Não faças promessas ao coração.
Não fale de amor ou de saudade.
Quem ama é transparente, claro.

DESCULPAS

Seu amor, com certeza é verdade,
pois me ama, sem escolher o dia,
se eu pudesse te vê quem sabe eu ia,
lhe abraçar, com toda sinceridade.
Sem maldade, ou arrependimento,
ficaria, ao teu lado para sempre,
e se um dia, você ficar doente,
de você com certeza eu cuidaria,
e ao teu lado só tenho a alegria,
te encontrei nessa vida de repente.

Meu amor com você será para sempre,
meu carinho, ele puro e verdadeiro,
agradeço por ter sido o primeiro,
a ganhar seu amor sem ter maldade.
No amor se mantém sinceridade,
a saudade vem corroer a gente,
e se um dia checares de repente,
com certeza terás felicidade,
meu amor por você é só saudade,
te encontrei nessa vida de repete.

Fonte: Site do Autor

DELIROS

Sugas de mim o leite puro e paterno,
alimenta-te de meu corpo, a doçura.
Do sofrer na dor a mais pura criatura,
cometes pecados, que serão eternos.

Rasteja-te aos meus pés, divina criatura,
suga-me o leite límpido, puro e paterno.
Horas almejas o céu buscando o inferno,
escorre em tua boca, restos e amarguras.

Gritos, desejos, frêmito delírios.
em tuas mãos a liberdade concedida.
O amargo fel , e a doçura dessa vida.

Suga-me intensamente, em pecado,
e na vida, tua alma sofrida procura.
O balsamo, em meu corpo encontra.

Fonte: Site do Autor

PORTA-RETRATO

Nem tudo que parece certo
do jeito é feito certo ou reto,
e o que de longe parece perto,
fica mais perto quando é reto.
O esperto já foi besta, é certo,
besta que é besta fica esperto.
Nem tudo que reluz é luz.
Nem tudo que brilha é ouro.
O esperto já foi besta.
E o besta o seu tesouro,
a tristeza do sabido.
É acha que todo mundo é tolo.

Fonte: Site do Autor.

MEU CANTO

Quero que conte uma saudade
Em um canto o amor distante
Na solidão chora o errante
Lamentado o seu passado
Quero que cante a solidão
Na dor dos desvalidos
Que choram por ter perdido
Do amor o seu encantamento
Quero que conte e cante, e cante!

LIBÉLULA

Como a libélula que no escuro não se guia,
choca-se nas luzes da rua quebrando as asas.
Insiste hipnotizada pelo brilho da luz que seus olhos partia.
Caída, cega, sofrendo, e uma pequena resta de luz que ainda via.
Tentando voar debatia-se, não consegue, fria, não verás o dia.
E assim vivo eu, aqui, a mesma agonia.
À noite, choro de saudade.
E de saudade é feito os meus dias.
Como a libélula, hipnotizada,
vivo eu com a luz que tua beleza irradia.
E quando me resta um resta, por menor que seja,
olharei! E que meus olhos vejam
o angelical rosto de quem amo e não sabia.

MEU BERRO

Berro pelo berro.
Berro por carinho.
Berro pelo amor!
Ou quando estou sozinho.
E no medo? Eu também berro!

Berro por teu berro.
É o meu defeito.
Mais se está feito! Eu não berro.
Mas, se erro? Como berro!
Se não berro, não é feito
Não tem jeito! Berro!
Berro, berro, berro.

Fonte: Site do Autor

BRASIL

Ó Meu Brasil exato, força viva,
Que busca no momento a gloria,
Um povo que conta sua historia
Força, garra, uma nação unida.

Autêntica, pura, livre e exclusiva,
Berço esplêndido ao nasce d’aurora
Uma única voz, uma nação sonora.
Que a todo momentos nos cativa.


Ah, meu Brasil de poemas e prosas,
Uma nova nação que aqui começa,
Acessível, mais humana, e bondosa.

Meu Brasil brasileiro, sem fronteira.
Um país onde o sol nasce primeiro,
Imponente exibe nossa bandeira.

FLORES

Como pode brotar no campo as flores
Se de dores e lagrimas são regados
Ou ouvir gritos quando estão calados
Ente flores e amores vive as dores

Como pode fertilizar os campos
Se nos campos não existem flores
E de lagrimas e de flores vive as dores
Dos amores jogados em um canto

De amor vive as flores, e não de dores
Flores que erguem sonhos nessa vida
E com lagrimas não se rega as flores

Lagrimas, regam as dores de amores
Esquecido, sofrido, perdido nos campos
Que renascem e vive como lindas flores.

A PORTA


Cheguei a tempo. Acorda!
Vim correndo cheguei ligeiro
Abri a porta, sou o primeiro
Revi a vida. Fechei a porta.

Pensei em tudo. Tudo é possível
Guardei o mundo só pra nós dois
Porta fechada no meio do escuro
Frechas das telhas, restas de luz.

Falei das chuvas e dos temporais
Do céu azul e das flores mortas
E atrás da porta somos iguais.

Lá fora o sol alto. Já é meio-dia
A vida aqui dentro, se transforma
Sempre, mesmo abrindo a porta.