Marcos Amaro
Te amarei para sempre
Sem teu rosto ver
Pois preciso lhe conceber
Já que apenas ouço
Sua voz ao longe
Clamando por me querer
Sim, ao seu chamado
Vou responder
Tocando em seus lábios
Até o amanhecer
Brasa louca
Em teus lábios desce
Anda com sabores que ainda queres
Beija sem saber
Na linda sensação que persegue
Louca brasa
Sei o que tu ainda...
A moldei conforme o meu prazer
Suas formas sinuosas eram parte
Da minha confusão mental
Mas de barro não era
Real,
Tão real que podia beijá-la
Perene,
Tão perene que não podia tocá-la
Se desfazia
Era uma fantasia
Um modelo ideal
Mas como? Se o idealizador imperfeito é.
Certo é que um pouquinho de amor
Bastaria
Se perdeu, caiu
Quebrou, não volta mais
Toquei, suas partes já não se unem
Vão ficar às lembranças
De cada gole
Que minha boca não tocará jamais
Foi o vento,
Soprou forte demais
São coisas tão triviais
Que mal lembramos
O contato com os amigos
O amor da família
O trabalho repetitivo
Mas nos damos conta
Quando não temos mais
O nosso erro é pensar
Que sua falta não ocorrerá
Jamais
Foi vã a a filosofia que tinha te esquecido
Por mais que tentasse
Não foi consentido
Há uma uma força maior
Ela nos une
Ainda que haja uma dor consentida
Te quero
Por mais que um momento
Que finda
Não é o que eu queria falar, mas o possível
Tentei, mas não consegui
Foi impossível
Não foi por amor
Vã tentativa do verossímil
Às vezes que pensei
Nada
Terrível
Lâmpada incandescente,
Apagou,
Já não brilha mais,
Há calor ainda,
Mas finda.
Sagaz, tenaz.
Tua alma é capaz
De reafirmar
A ode ao amor
Sinto, é demais
Foi a minha revelia,
Não chegou ao meu conhecimento
O que acontecia,
Minha mente tapava meus olhos,
Era tudo muito nebuloso,
Afastou, afastou e continuo afastando.
Queria saber, mais que poderia.
Pura ilusão,
De que algum dia,
Estaria pleno de satisfação.
Hoje te vi pequena novamente
Vi seus cabelos enrolados
Sua mãe esbravejando
Em um minuto, parte de nossas vidas passou
Essa pequena partícula de tempo
Encapsulou momentos
Que só voltam
Através de nossos sentimentos
Passo o grafite sobre a folha branca
E quase sem querer
Sua face brota tão forte quanto o luar
Seria inútil a vã tentativa de ludibriar
Um desejo sublime
Que o tempo, em questão de horas,
Dias, ou anos
Não foi capaz de apagar
Caiu do terceiro vários dias
Subiu aos céus, mas nada havia
Sua labuta era comer
Sem deixar nada por acontecer
Magrela de nome
Ainda que não tivesse fome
Jaz agora,
Não sei aonde
Não sei da onde eu vim
Muito menos pra onde irei
Mas deixei marcas, que nunca esquecerei
Boas, sim.
Em sua maioria
Algumas, nem tanto assim
Este sou eu
Sem saber da onde vim
Nem pra onde irei
Oi! Não tinha que ser assim
Mas, foi um querer
Que só foi aumentando
À medida que você foi se aproximando
Em um momento eu não dava nada por mim
E você, nessas idas e voltas
Nada sabe se o amor chegou
Ao fim
Sei, acordei cedo
Mas foi pra te ver em formas sinuosas
Entretanto tenho que confessar
Como em um enredo
Que tenho medo
De perder
O que todo dia luto pra conquistar
Você por inteiro
Tu és irradiante
Brilha a todo instante
Ainda que ache que não é o bastante.
Mas tenha a certeza
Do valor que você é
Porque sua presença é mais
Que importante
Parabéns pelo dia
E pelos que virão
Daqui em diante
A dureza da vida não te abala
Nem por um instante
Mentira!?
Claro, não quer deixar transparecer
A fragilidade
Pois é humano, demasiado humano.
Tua força está no ato de amar
Incondicionalmente
Sem ver o tempo passar
Agora, tens netos
E duplamente vai acarinhar.
Quero ver, mais que um querer
Posso ver você
Meu amor
Por um breve arrefecer
Linda por demais
Até um deixar ver um lindo amanhecer
Cheguei a pensar que podia
Que apenas por um dia
Fingir que sabia
Algo que mal concebia
Era forte
Era dor
Mas era bom
Flor
Néctar
Era acima de tudo,...
Se sou feliz? Não sei
Sei que sinto,
Mas isso basta para ser
Talvez não
Para se feliz, existir basta?
Existo, logo sou feliz?
Mas, amo
Sinto dor
Talvez seja o bastante
Para ser feliz e existir
Mas não sei
Agora, neste exato momento
Estou felicíssimo
Mas e depois, quando você ler
Parte de um todo
Parte que não é minha
Mas dela faço parte
Não por inteiro
Apenas parte
Que também é minha.
Estava no meu pensamento
Lembrei de você
Sua candura
De uma ternura não reconhecida
Não sei se iremos nos encontrar novamente
Mas
Estaremos juntos
Em algum lugar do passado
Lembrando e esquecendo
Até que o dia se torne noite
E o universo se apague
É tédio?
Não! Apenas um lamento
De ver a que ponto
Chegamos
Não há cumplicidade
Apenas protocolo
Só mais um momento
Fiquei sem saber
Se esperava por você
Pois tenho um coração apressado
Que luta contra o tempo
No afã de te conhecer
Em um amor não percebido
Mas cheio de libido
Ainda que seja comedido
Tece ainda
Um pensamento que não finda
Que arrola por meios físicos
O sentimento que atormenta
Chegaremos lá?
Não sei
Tece ainda
Essa coisa sem fim
Que terá o final em mim
Que atormentará
O que continuar