Marco Paschoal
Então você reclama:
Do amor que nunca vem,
do amor que sempre desdém,
da dor que se tem,
do rancor quando se veem,
da claridade do dia,
da noite e a melancolia,
da música e melodia,
do choro claro de dor,
do riso fácil: - Que horror!
das amizades perdidas,
das falsidades queridas...
Mas nunca é grato:
Ao amor que se foi,
aquela dor que cessou,
ao rancor que findou,
a luz do sol que irradia,
a linda noite tranquila,
da música e poesia,
do choro libertador,
do riso contagiante,
das amizades de antes...
Seja grato, por favor.
Leve ando.
A vida tá aí...
e você vai sendo levado.
Eu, com meu legado,
leve ando,
nunca leviano,
mas vou levando,
não importando a idade,
sempre bem levado.
E ia.
...ia-se levando a vida,
levantando de cada tombo,
até que, de tropeço em tropeço,
ficou caidinho.
O cinza coloriu.
O dia estava nublado,
chuvoso,
sem cor...
De repente passa ela,
colorida, linda,
feito flor.
Meu dia ali clareou,
transformou,
iluminou.
E eu feito passarinho
voei pra ela,
ela me olhou,
conversou,
abraçou,
beijou.
Depois disso,
nunca mais deixei de ser,
seu Beija-Flor.
Você me diz que sou fogo.
Mas e se eu fogo fosse e
realmente te incendiasse
e você me contasse,
coisas que imaginasse,
e enfim se deixasse
por mim incendiar?
Quem sabe a chama acalmasse,
e a brasa ficasse
para enfim,
o calor do amor ficar.
Mãe!
É aquela mulher que acredita em sua, inteligência, perfeição e beleza, mesmo com o mundo todo sabendo que não.
Quebrando o gelo.
Era quieta, tímida, sem muito papo.
Mas meu instinto me dizia,
que aquela timidez sumiria,
logo no primeiro tato.
Eu lia em seu olhar,
algo como:
- Não me descubra por favor.
- Me deixe aqui aonde estou.
- Olhando assim, vou me expor,
e ficarei a seu dispor.
...e era tudo que eu queria,
quebrar aquela barreira fria,
e me queimar em seu vulcão.
Então...? Saia logo debaixo dessa neve silenciosa,
vem, me abraça, aperta,
que eu te conto em verso e prosa,
como é bom colar
no calor de alguém.
Nem tudo que vivo,
eu conto.
Na verdade,
as boas,
escondo.
E faço
lindos escombros,
de tudo de ruim que
desaba em mim.
Linda... mas ela era sim;
metida!
Passava por mim,
nem olhava.
...mas eu esperto,
disfarçava.
...mas meu coração
disparava.
...e meu olhar
entregava,
que ela,
era metida sim!!!
Em meu coração.
Desejo contido
Meu desejo está preso.
Não sai na voz,
não sai na escrita...
mas está aqui,
ileso,
faminto
pra sussurrar-te aos ouvidos,
escrever-te tremido,
de tanto desejo contido.
Se solta.
Te dou um beijo,
na boca...
sem dó,
na marra,
pra ver se algo acontece,
nesse corpo guardado e sem pecado pra mim.
Vai...
agora,
na hora do banho,
pelo menos tenta,
se atenta?
Pensa!
Deseja!
Quem sabe você goste...
quem sabe você goze.
Se riu,
se solta...
vá logo,
se toca.
Pense na minha vontade juvenil,
de seduzir você.
Tomara que consiga,
e que vire vicio...
pois meu vicio,
é atentar você!
Tomara!!!
Tomara que existam mesmo
as tais outras vidas,
vividas e pra viver.
Assim,
fica mais fácil imaginar te ter,
imaginar que já nos encaixamos em outro Lar.
Quem sabe até me conformar
por não ter você agora,
mas pensar que terei,
em outra Vida
em outra hora.
olhar de fome...fome de olhar
ver se tocar...tocar se ver
desejo amar...amar desejo
meu sonho você...você sonho meu
Ela ria,
e eu dizia:
- Te amo!
Eu queria,
ela dizia:
- Mas como?
O silêncio vinha,
e o amor,
gritava.
Depois de tanto papo,
agora tá que palpita;
de palpitar e palpites,
meu coração assim fica,
pensando em como será,
mas serão sempre palpites;
pois palpitando ele está,
mesmo por mero palpite.
Sabe...
hoje,
sonhei com você...
foi tão bom!!!
Não foi nenhum sonho erótico, pervertido,
daqueles que a gente acorda preocupado com o que fez ou falou...
foi mais poético, divertido,
igual o nosso dia a dia.
Eu sonhava,
que meu celular despertava
e você já acordada,
me sussurrava quentes palavras de amor.
O mais estranho,
é que quando acordei
me deparei com você,
então percebi,
que minha vida é um sonho
e que não quero nunca nunca,
despertar sem você.
Queria te tatuar,
só pra te tatear
sentir seu toque
no tato,
te perceber no contato,
e tatuando estaria
te tateando de fato.
Chega de bate boca;
Anda!
Olha pra mim,
se larga enfim...
tira essa blusa,
solte esse cabelo,
e se dá pra mim.
Meu desejo é que eu desperte,
amores, paixões, afetos...
não dores.
Mesmo em preto e branco,
que me vejam...
em cores.
Que me acusem de atrair,
mais amores.
Que eu desperte por aí,
mil amores.
Feito pólen em bico de
beija-flores.
Sonho de Consumo.
O dia poderia até estar péssimo,
mas quando aquele rosto surgia,
o dia sorria.
Um suspirar esperançoso me vinha sem aviso.
Era algo inexplicável,
maravilhoso demais para tentar evitar.
O valor de meus pensamentos desejosos,
picantes, pecantes,
eram muito mais prazerosos e raros,
tornavam o meu lamentar frustrante em não tê-la,
uma bobagem.
Eu gostava do sonho,
vivia o sonho,
nem ligava pra realidade.
Amor in finito.
Lembra aquele Amor,
de ontem,
Infinito?
Foi só ver um outro hoje,
que o de ontem,
finito foi-se!
Será que devo te olhar,
ou finjo não vê-la?
Sei lá,
esse teu olhar,
me inspira tocá-la!
E se vai me enfeitiçar,
que seja perfeito.
Pois saiba!
Se deixar-me tocar,
será sem nenhum respeito.