Marcelo Aceti
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"Fica à vontade!"
Hesito.
Fica a vontade...
Amor assusta!
Mas não tenho medo
de monstro
Os olhos não veem...
o ciúme inventa!
Em cada encontro
se despede
uma saudade
Se não der frutos...
já fez sombra!
Chaga!
A dor com amor se apaga...
Nasceu de novo
quando morreu
de amor
A melhor hora do dia é você!
Quem gosta de tudo
aceita qualquer coisa
Feito faca,
se me amolar...
eu corto!
Que sua Fé
seja Escudo
não Espada
Dinheiro nenhum
tira a pobreza
de espírito
Acreditar em Horóscopo
é péssimo
para capricornianos
Charme é assim:
quem não tem...
faz!
Vergonhoso
é ter vergonha
do que é!
Talvez, sanidade seja só uma loucura consentida...
Tudo é
exatamente
como fazemos
tudo ser.
Acabando o pão...
o circo pega fogo!
A cachoeira pede silêncio. É a água fazendo: "shhh".
Não foi eterno, mas... o que é?!
Todo fim
é, em si,
um recomeço...
Nada feito
Lá se foi um verso inteiro
e eu não disse coisa alguma
Esse aqui já é o terceiro
e a rima mal se arruma
desperdiço meu tinteiro
escrevendo, assim, ligeiro
antes que a palavra suma
Biblioteca
Entre gritos abafados
no silêncio da Babel
Pensamentos empilhados
entre sonhos de papel
Ideais catalogados
deuses, reis empoeirados
Um inferno! quase céu...
Assombro
O nó seco na garganta
O meu passo meio manco
Nada disso me espanta
É preciso ser bem franco
O Terror que me encanta
vem da alma sacrossanta
dessas páginas em branco
Nu (flagra)
Quem pegou o meu soneto
e jogou metade fora?
Encontrei só um quarteto
Ai, meu livro! e agora?
Quando abri o meu terceto
Eu flagrei meu poemeto
Com redondilhas de fora