Marcella Fernanda
"Não sei quase nada do amor. Nada além de romances literários, filmes de comédia romântica, desabafo de amigas e umas poucas tentativas extremamente mal sucedidas. Conheço e admiro de nome, mas queria compartilhar minha única certeza: Amor mesmo não dói."
Aprendi contigo muitas coisas, uma delas foi a pedir desculpas. Mesmo sem jeito, mesmo entre os dentes, mesmo aquele "Eu tô certa, que fique claro, mas desculpa aí, fui grossa."
(...) Foi assim que a gente se perdeu, tão naturalmente quanto se encontrou. (...) Tudo tão rápido quanto sincero.
Tudo tão rápido quanto sincero. Uma história dessas que independe de tempo para ser linda ou para sempre. Aquele fim que não leva pedaço de ninguém, porque os dois já sabiam desde sempre que se tratava de uma amostra grátis do amor. Amor que tanta gente nunca nem sentiu o cheiro, amostra já é grande demais, privilégio demais. Um fim com carinho e frio na barriga sempre que se esbarram por aí. Sem dor, arrependimentos, pesos ou culpas. Foi, de longe, a melhor amostra grátis que os dois já receberam na vida. Qualidade indiscutível. Só acabou.
Foi assim que eu fui embora da melhor pessoa que eu já conheci. E, por mais egoísta que pareça, pensei mais nele do que em mim. Conto de fadas é tudo que eu não acredito. Ninguém precisou se corromper, rompemos. Se tem algum cara, que tenha passado pela minha vida, e eu desejo sinceramente tudo de melhor nessa vida, é ele. Já o disse, acho que ele não acreditou muito e eu entendo. Quem vê de fora ou até ele, me aponta o dedo e diz com todas as letras que eu não dei valor e ele nunca mereceu isso. Dei valor sim, que fique claro. O suficiente pra deixar ele encontrar alguém melhor que eu. Percebe o tamanho disso? Eu tentei, juro mas, na verdade, eu que nunca mereci.
Depois de meses, eu me pego sentindo sua
falta. Tenho pensado muito em você esses
dias e não tenho certeza se estou com
saudades ou sem algo melhor pra me
ocupar os pensamentos. Como era bom o
que a gente tinha. E eu queria ser telepata
só pra saber se você pensa em mim, de
vez em quando, lembra da gente também.
Se foi tudo isso pra nós dois ou eu colori
demais. E eu odeio essa tendência das
histórias à virarem um nada. Eu odeio a
transformação brusca da presença intensa
em total ausência, sem que se tenha
tempo de protestar ou período de
adaptação. Acho injusto o amor ser
finalizado e levar com ele, de pirraça, os
espaços pra qualquer outro tipo de relação.
Conhecer uma pessoa incrível tão de perto
e ver ela virando um estranho, tão de
longe. Pensei, repensei, lutei muito pra
não te mandar uma mensagem, singela,
realmente sem segundas intenções.
Relutei, porque pode parecer, pra muita
gente, uma tentativa patética de
reconciliação, minhas amigas desaprovam e
porque, pior, pode parecer isso pra você
também. Mas você sabe que pensar ou
não pensar não adianta muito, porque não
costumo deixar passar vontade e você me
conhece bem. Então, queria te dizer que
virei a noite lendo um livro e o
personagem principal me lembra tanto
você, é incrível. Ele é você e me faz ter
tanta saudade de tudo. Mas isso já não é
da sua conta, enfim. Saudade não é
vontade de tentar de novo e eu tô só
dando um oi, que é pra você não sumir
assim. Pra vê se lembra o que um amigo
faz e, de vez em quando, vem contar a
vida pra mim. Um oi, você sabe, só pra
lembrar que eu tô aqui. Amigos, não era
isso?
Depois de meses, eu me pego sentindo sua falta. Tenho pensado muito em você esses dias e não tenho certeza se estou com saudades ou sem algo melhor pra me ocupar os pensamentos. Como era bom o que a gente tinha. E eu queria ser telepata só pra saber se você pensa em mim, de vez em quando, lembra da gente também. Se foi tudo isso pra nós dois ou eu colori demais. E eu odeio essa tendência das histórias à virarem um nada. Eu odeio a transformação brusca da presença intensa em total ausência, sem que se tenha tempo de protestar ou período de adaptação. Acho injusto o amor ser finalizado e levar com ele, de pirraça, os espaços pra qualquer outro tipo de relação. Conhecer uma pessoa incrível tão de perto e ver ela virando um estranho, tão de longe. Pensei, repensei, lutei muito pra não te mandar uma mensagem, singela, realmente sem segundas intenções. Relutei, porque pode parecer, pra muita gente, uma tentativa patética de reconciliação, minhas amigas desaprovam e porque, pior, pode parecer isso pra você também. Mas você sabe que pensar ou não pensar não adianta muito, porque não costumo deixar passar vontade e você me conhece bem. Então, queria te dizer que virei a noite lendo um livro e o personagem principal me lembra tanto você, é incrível. Ele é você e me faz ter tanta saudade de tudo. Mas isso já não é da sua conta, enfim. Saudade não é vontade de tentar de novo e eu tô só dando um oi, que é pra você não sumir assim. Pra vê se lembra o que um amigo faz e, de vez em quando, vem contar a vida pra mim. Um oi, você sabe, só pra lembrar que eu tô aqui. Amigos, não era isso?
E sequência na vida, sempre. Acho que essa é a minha função, minha sina, seguir em frente, inteira, e ir fazendo algumas bagunças pelo caminho. Se eu passar por você, ou vem do meu lado ou fica sem mim, sem meios termos. Porque o meu caminho é para frente, não sei andar para trás e, sinceramente, faço questão de não aprender.
Preferi pensar que tudo podia ser diferente e que você iria mudar, mas é impossível, e sabe por que? Porque uma pessoa poder mudar o jeito, o cabelo, as roupas, mas o caráter... Ah, isso ninguém muda não.
Dá medo, né? Dá mesmo, eu sei. Mas eu não recuo porque quando eu caí, me levantei sozinha. E nenhum medo me assusta mais, porque eu me banco, seguro o tranco do que for, sem me apoiar ou depender de ninguém. Porque por mais maravilhosa que uma companhia for e independente do bem que ela me faça, quando ela partir, ainda vou ter a mim e isso me basta.
Entrar na minha vida é pra poucos, sair é para quem quiser. Tudo é uma questão de ponto de vista, pode-se dizer que eu mudei. Eu prefiro dizer que, aos trancos e barrancos, aprendi.
Ir embora para mim nunca tinha sido problema. É meu fluxo natural, sou água corrente. Agora tô do seu lado, quando você perceber, já fui..E você nunca vai saber porquê. Na verdade, nem tem um porque, só preciso dar continuidade a correnteza, pra não morrer afogada, talvez.
Só que, veja bem, mistério é muito relativo, muito pessoal. E, mesmo contando minha vida para uma amiga ou um cara no bar, eu sou o mistério de ser hoje e só. Amanhã, já sou outra e nem eu me reconheço.
Tive que saber a hora de me impor e de me calar, de lutar e de abrir mão. Foi difícil entender a hora de ficar e a hora de partir, o que vale a pena e o que não.
E nesse tempo aprendi a lidar comigo, pra poder ser uma boa companhia pra mim e não deixar qualquer pessoa do meu lado só pra me distrair.
E depois, ninguém começa amando ninguém, certo, mas começar não sentindo absolutamente nada e acampar à espera do amor, eu acho completamente triste e em vão. O amor nasce de parto normal, você não escolhe o tempo. É assim, ele chega quando quer, pra quem ele quiser e vai embora por vontade própria também. Não se pode acordar e dizer "Que dia lindo, acho que hoje vou amar a Fulana!". O que vocês tão fazendo? Eu lamento muito(...)
Começar uma relação, mesmo que relâmpaga, envolve doação, confiança, sonhos... mesmo que só de um lado. Vocês tão buscando o amor errado, brincando com o que não é brinquedo. Se amem e deixa que a vida cuida do resto.