Marcella Fernanda

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Me ama? Adeus, não sei lidar com isso, desculpa.

Sei lá amiga, cansei de me estressar com homem, tô curtindo esse tempo sozinha e.... noooooooss, gatinho esse seu amigo, hein! Como chama?

Quando tá tudo indo bem, eu sempre tenho a sensação de que alguma coisa, no fundo, tá muito errada. Sei lá, é como se um relacionamento saudável fosse impossível no meio dessa merda toda, e quando eu não posso ver os erros, eu fico com essa certeza de que estou sendo enganada. E fico procurando, investigando, revirando o mundo pra encontrar os vacilos, mentiras, motivos pra terminar. Percebe a loucura ? É como se ninguém pudesse me amar e ponto, de tanto colarem o adesivo de 'trouxa' na minha testa, qualquer carinho me parece suspeito. Percebe a tortura ? Fico oscilando entre confiar e desconfiar, querendo viver uma história leve e sempre me afundando nas minhas neuroses e cicatrizes. E homem nenhum aguenta isso, homem nenhum percorre meu labirinto até o fim. Mas como eu poderia me entregar, sem antes saber se posso ir inteira ? Como posso confiar de novo, sem saber se vai ser realmente diferente ? Quero alguém que rompa meus lacres, não que me lacre mais ! E sigo estragando tudo, só pra não ficar pior depois. Quando eles finalmente se cansam e caem fora porque eu sou louca de pedra, eu fico satisfeita. Volto pra fossa por um tempo, sem mistérios, já conheço bem o lugar e a porta de saída. E penso "Viu, sabia que eu tava certa". Talvez eu até esteja errada, mas que se dane. Se uma pessoa não tem paciência nem pra conquistar minha confiança e afastar meus medos, o que eu posso esperar então? Sou quebra-cabeça de 500 mil peças, quem não tiver capacidade, tenta um jogo mais fácil. Eu supero e agradeço.

Depois de meses, eu me pego sentindo sua
falta. Tenho pensado muito em você esses
dias e não tenho certeza se estou com
saudades ou sem algo melhor pra me
ocupar os pensamentos. Como era bom o
que a gente tinha. E eu queria ser telepata
só pra saber se você pensa em mim, de
vez em quando, lembra da gente também.
Se foi tudo isso pra nós dois ou eu colori
demais. E eu odeio essa tendência das
histórias à virarem um nada. Eu odeio a
transformação brusca da presença intensa
em total ausência, sem que se tenha
tempo de protestar ou período de
adaptação. Acho injusto o amor ser
finalizado e levar com ele, de pirraça, os
espaços pra qualquer outro tipo de relação.
Conhecer uma pessoa incrível tão de perto
e ver ela virando um estranho, tão de
longe. Pensei, repensei, lutei muito pra
não te mandar uma mensagem, singela,
realmente sem segundas intenções.
Relutei, porque pode parecer, pra muita
gente, uma tentativa patética de
reconciliação, minhas amigas desaprovam e
porque, pior, pode parecer isso pra você
também. Mas você sabe que pensar ou
não pensar não adianta muito, porque não
costumo deixar passar vontade e você me
conhece bem. Então, queria te dizer que
virei a noite lendo um livro e o
personagem principal me lembra tanto
você, é incrível. Ele é você e me faz ter
tanta saudade de tudo. Mas isso já não é
da sua conta, enfim. Saudade não é
vontade de tentar de novo e eu tô só
dando um oi, que é pra você não sumir
assim. Pra vê se lembra o que um amigo
faz e, de vez em quando, vem contar a
vida pra mim. Um oi, você sabe, só pra
lembrar que eu tô aqui. Amigos, não era
isso?

Não consigo mais fingir que acredito, fingir interesse.

Então que se encerrem os joguinhos e admite de uma vez que tudo aí ainda é meu, ainda que esteja com outra.

Nada de querer convencer a mim e o mundo que outro corpo anda ocupando meu espaço e te preenchendo.

E hoje eu me pergunto, com a minha vida seguindo tão bem e a ausência despercebida num canto, se ainda amo. Nada mudou, além de mim, e tudo parece tão diferente, tão distante, tão fora de mim e dessa vez, acredite quem quiser, por repulsa minha.

Porque, seja lá o que ainda resta, é quieto e não grita mais nos meus silêncios, nos meus ouvidos. Não me tira o sono, não me tira o juízo, a paz. Não é espaçoso, muito pelo contrário, compacto.

Sereno, deixo claro, só meu adeus.

Quem vive se escondendo atrás de uma máscara não suporta a ideia de alguém descrevendo e percebendo cada gesto por trás, tudo que é tão rigorosamente protegido e escondido.

"Queria dizer que eu conheci homens fiéis. Já conheci românticos, sonhadores, homens que se doaram muito mais na relação. Vi homem chorar por mulheres que nunca mereceram, vi a mulherada vacilando feio, iludindo, brincando com quem não merecia. Já vacilei também, nunca fiz as coisas por mal, mas já fiz mal, ainda que sem querer. O ser humano é egoísta, independente de sexo. Pessoas usando pessoas, relações sem nenhum laço. Eu já vi homens que ignoravam as investidas de meninas lindas, por amor. Eu vi, ninguém me contou. Canso de ouvir que sou uma feminista barata, mas eu passo longe disso. Sou justa. Admiro mulheres e homens, desde que saibam se portar como mulheres e homens. Odeio hipocrisia, covardia, submissão. Odeio quem ouve um idiota falar alguma besteira na padaria, acha legal e sai repetindo isso com toda a certeza de que é uma verdade absoluta. Não defendo um sexo, defendo o amor, valores. Me dói demais ver mulheres incríveis aturando um cara grosso e idiota, que não dá a mínima pra ela, só porque ela precisar estar junto a alguém. Queria que, de alguma forma, todas entendessem que felicidade não é ser dois, é ser. Queria que todas se vissem como eu as vejo, que todas entendessem o quão são especiais e agissem de acordo com isso, pensassem que alguém estar com elas não é um favor, é sorte. Também me dói ver homens sensacionais desacreditando com facilidade da ideia de ser feliz com alguém, só porque tentou com um alguém muito errado e teve o efeito contrário. Escrevo porque, apesar dos dias difíceis, quase impossíveis, eu acho que ninguém merece viver de portas fechadas, se afundando em si mesmo e em mágoas passadas. Mulheres culpando e criticando os homens, os homens culpando e criticando as mulheres, todo mundo se fechando pra não sofrer e o amor ficando sem espaço pra entrar. Porque se fechar é uma opção, mas você se fecha pra dor e pra felicidade também, isso é uma consequência.

Seus olhos me contam tudo que você insiste em me esconder, não dizer, luta pra não sentir.

Só que, veja bem, mistério é muito relativo, muito pessoal. E, mesmo contando minha vida para uma amiga ou um cara no bar, eu sou o mistério de ser hoje e só. Amanhã, já sou outra e nem eu me reconheço.

Qualidade indiscutível. Só acabou.

Dei valor sim, que fique claro. O suficiente pra deixar ele encontrar alguém melhor que eu. Percebe o tamanho disso? Eu tentei, juro mas, na verdade, eu que nunca mereci.

A grande doença do século XXI, só importa o poder, a posse, ganhar, dominar e exibir. Não sou troféu. Não sou uma poodle. Não sou desse tipo de mulher pequena, que se carrega no bolso. Graças a Deus! Sorte a minha. Azar o de vocês.

O costume grita e você pensa que é o amor ainda vivo em algum canto. Grande engano, grande perigo.

É o velho vício de mexer na ferida, sentir fisgada só pra não ficar sem sentir nada.

Não se cura um amor com um novo amor. Se cura com amor-próprio.

Quando eu quero, eu vou e faço, depois eu penso, quase nunca me arrependo, então respeita o meu direito de ser impulsiva. Se você não se importa com pouca coisa, respeita o meu direito de ser mulherzinha. Quando você começar com as suas infantilidades, que tanto me irritam, respeita o meu direito de ser imatura também. Se você é moderninho ou frio, respeita o meu direito de ser romântica. Quando eu, mesmo morta de saudade, não te procuro, não te ligo, não me rendo, respeita o meu direito de ser orgulhosa. Se eu fizer cena de novela mexicana, vê se respeita o meu direito de ser dramática. Quando eu morro de ciúmes de uma garota sem graça, só respeita o meu direito de ser insegura. Se você me fez sangrar algum dia, respeita o meu direito de ser vingativa. Quando eu desmonto e preciso de um colo, respeita o meu direito de ser frágil. Se eu te ligar, tarde da noite, disparando as mágoas que me sufocam há dias, respeita o meu direito de ser desequilibrada. Quando eu defendo uma ideia ou pensamento louco até o fim e ignoro outros pontos de vista, respeita o meu direito de ser teimosa. Se eu já fui sua e você não fez questão de me segurar firme, respeita o meu direito de ser desapegada. Quando eu quiser tudo pra ontem, respeita o meu direito de ser impaciente. Se você prefere falsidade e falsos sorrisos, tudo bem, mas respeita o meu direto de ser sincera. Todas as vezes que eu vou embora, que eu não sei ficar, respeita o meu direito de ser impermanente. Você pode ser fã da liberdade, só respeita o meu direito de ser amor. Muita gente “está”, pouca gente “é”. Então respeita o meu direito de ser!

Eu acredito em amor com alguns poucos meses de relacionamento. Amores mais bonitos do que alguns de anos, amores de outras vidas, escorrendo pelos poros.

Odeio quem teima em rotular o que o outro tá sentindo, mal sabe o que é quem tem no peito.

Tudo que nos faz feliz, dá certo, mesmo que por uma semana, um mês.

Até hoje eu não sei se o nosso grande problema é o seu apego idiota a sua liberdade, ou a minha bipolaridade maldita que na nossa história, de alguma forma, é abafada por essa sua escolha de ter a mim e ao mundo, sem abrir mão de nenhum dos dois. Também não sei se o que me prende tanto a você é justamente essa impossibilidade de sermos, finalmente, nós. Mas alguma coisa me prende, e me prende demaais.