Marcela Menezes
Já houve mais de uma vez que as pessoas me fizeram pensar que eu não era boa o suficiente, forte o suficiente, capaz o suficiente. E eu não minto, eu já acreditei nisso. Houve ocasiões que eu me senti fraca e eu quase me tornei fraca. Porém tem uma coisa que eu notei em mim que mostrou minha força. Todas as vezes que eu fechei os olhos e disse pra mim mesma que eu não ia fracassar, nas vezes em que eu acreditei em mim, nas vezes que eu tirei força dentro de mim mesma, quando eu acreditei nas minhas próprias palavras. Eu me tornei forte. Sim, eu me tornei forte quando jurei nunca mais derramar uma lágria que duvidasse de mim mesma. Eu me tornei forte. Tão forte quanto eu poderia ser.
Quão tolas as pessoas podem ser? Elas tentam mudar o mundo quando mal conseguem mudar a si mesmas. A mudança vem de dentro.
Eu quero fechar meus olhos e me permitir sentir essa coisa que se agita dentro de mim quando eu escrevo. Eu quero transformá-la em magia. Eu quero criar um novo mundo, todo feito com palavras e sonhos... Feito com coisas que eu acredito.
Meus amigos sabem que nem sempre eu posso estar ao lado deles, mais eu prometo que sempre farei de tudo para estar no coração deles. Assim como eles estão no meu.
Sabe, escrever é como... Tentar capturar o abstrato. É tentar "fotografar" com palavras o por do sol ou tentar descrever a melodia de uma música. É materializar os sentimentos, é expressar-se. Poucos realmente entendem isso como eu entendo.
Muitas vezes que eu disse "você" quando realmente queria dizer "eu". Eu não pude evitar, é muito mais fácil culpar outra pessoa pelos meus erros.
Sabe o que me revolta? É quando a pessoa que sempre diz pra você ser quem você é, acaba dizendo que você precisa mudar. Sou teimosa mesmo, chata, e idealista. Se eu acho que eu estou certo vou atrás daquilo no que acredito, e não concordo com a maioria das coisas que dizem. E se não gostarem? Sinto muito, é assim que eu sou.
Eu acho que se mesmo daqui a dez mil anos, se eu lesse ao menos uma página de Harry Potter eu poderia sentir aquela mesma sensação que eu senti pela primeira vez. E isso foi o mais perto que eu tive da magia.
Eu sou do tipo que esconde qualquer vestígio de emoção existente; Deixo que as pessoas desconheçam meus sentimentos. Assim é mais fácil, é melhor. Porque quando elas conhecem o que você sente, sempre esperam algo de você.
Eu erro uma, duas, três vezes. Eu caio, mas não deixo que vejam que me machuco. Eu levanto, e continuo. Eu escorrego e tropeço. Eu sorrio, mesmo não estando bem, eu apenas sorrio. Eu não sou corajosa, e por vezes tive medo. Mas eu não mostro, sigo em frente. Apenas em frente, e eu sorrio. Sempre sorrio. Tire suas próprias conclusões sobre isso, porém não me julgue. Tenho minhas próprias conclusões conflitantes sobre mim. Isso é o bastante.
Eu ainda sou a mesma. Brinco, sorrio, sou feliz. Ainda escuto aquelas mesmas músicas, leio os mesmos textos, escrevo com as mesmas palavras, sonho com os mesmos sonhos. Porém, dessa vez eu adicionei um pouco do novo a isso tudo. Adicionei mais músicas a mim, novos textos, palavras e sonhos. Novas idéias que me moldaram, mas isso não significa que eu mudei. Eu ainda sou a mesma. Eu somente cresci, amadureci.
Se algum dia lembrar de mim, lembre-se apenas do sorriso que surgiu nos meus lábios quando eu te vi e das palavras que eu pronunciei, mesmo que mentalmente: "Você é um bom amigo."
Nunca permita que que os outros façam você deixar de acreditar, pois essa seria então a crua morte da esperança.
Eu tenho tanto medo. Medo de não estar fazendo a coisa certa; de não estar tomando as decisões certas; medo de não estar vivendo certo; do tempo; de ver minha vida passar e não fazer nada. Eu tenho tanto medo. Não quero ficar sozinha com isso. Não quero ficar sozinha.