Mara Dalila Ribeiro

⁠Procuras-me?
Estou no movimento suave dos teus dedos. No suspiro de prazer ao pé do ouvido. No olhar tímido pretensioso. No perfume que exala.E nas palavras que não disse.

E das viagens que fazia, as curvas dela não lhe saiam da memória. ⁠

⁠É irreversível quando achamos conforto no silêncio.

⁠A mágoa que carrego é por não ter resistido ao meu instinto.
Faltou-me coragem para a renúncia.

Elogios não me envaidecem, sobretudo vindo de quem tem o costume de usá-los como moeda de troca. ⁠

Gratidão por tudo. Inclusive pelas despedidas. São elas que nos fazem descobrir quem queremos que volte e quem nunca deveria ter chegado.⁠

Aos covardes que esmagam flores com as mãos. ⁠Digo- lhes, nunca se livrarão do perfume exalado por suas pétalas.

⁠O palco pertence áqueles que antes do espetáculo, dão um show na sua própria consciência.

⁠É inexplicável a sensação de se sentir em paz no silêncio.

⁠Não se iluda com luzes ou cores. Luzes se apagam e cores desbotam.

⁠Medos, imensos.
Pensamentos, confusos.
Vontades, absurdas.
Desejos,incontidos.
Esquecimento, inevitável.
Razão, emoção.

⁠A pior das máscaras é aquela que é usada quando se tira a roupa.

⁠Saudade de sentir saudade...