Magaiver Welington
UMA POESIA CHAMADA MARIA (DAS ALMAS)
- Magaiver Welington
Vem chegando ela a rainha das marias
Um pedaço de noite cruzando o dia
Vem chegando ela a rainha sem coroa
Dançando entre ruas pelas almas sobrevoa
Das figueiras aos cabarés
Em trajes negros e rubros
A embalarem as marés
Maria dos lábios ciganos
Tece as almas daqueles que anseiam
O beijo da madrugada
Com gosto de devaneio
Rainha da encruzilhada
És flor e essencia magia
Com suas vestes pretas e vermelhas
Carrega a noite e conduz a matilha
Sejamos ateus, teístas, cristãos, católico, espiritas, judeus, umbandistas e tantos outros, independente de nossas crenças ou não crenças sejamos primeiramente humanos.
"A arte nos ronda...todas as manhãs, todos os finais de tarde, todas as noites.Ela nos convida para dançar em todas as estações.Vem disfarçada em forma de sorrisos, em forma de olhares. Diluída em tinta, música."
A noite embala os olhos do mundo
ao ritmo de sua dança macabra.
O silêncio toma conta do cenário
abrem se as cortinas,
pobres almas desenganadas.
Nada mais pode ser tão banal.
Os leões estão famintos,
a plateia está agitada.
Ponha seu melhor vestido,
este será um lindo funeral...
O mar nasceu
O sol desabou sobre as rochas
Teu sorriso então transpareceu
Em meio a ondas que transpiravam música
Só você tem o poder de me acalmar
Só você conhece a minha alma
Quando o sol se vai, a noite caí
É teu nome que eu chamo
O meu amor é um oceano
E essa saudade sua que me deixa insano
Só você tem o poder de me acalmar
Só você conhece a minha alma
Você chegou pra me arrasar
Esquece tudo e vem comigo agora
Me de a mão e vamos voar
Esquece tudo e vem comigo agora
Amar até a eternidade
Viver os sonhos de verdade
Matar de beijos a saudade
Eu sou como um equilibrista tentando me manter de pé,
mesmo embriagado com o teu perfume..
Caminhando sobre enebriantes versos rumo à tua maré,
descendo e subindo as escadas da madrugada
num labirinto de estrelas,
tentando encontrar um caminho até seus lábios outra vez.
Eu sou aquela nota solta, desafinada a ecoar
Sempre em busca de nos acordes do seu corpo me juntar.
Eu sou um poeta sem sua musa, uma noite sem lua
Das poesias que da língua sempre fogem
És de apenas lembra-me
Que certos amores de verão nunca dormem.
Como a noite acariciei os negros cabelos da lua
Inalei seu perfume até meus pulmões não aguentarem mais tanta poesia
Tentei me perder em teus lábios
No intuito de despistar de minhas asas a tristeza do mundo
Vamos, toque pra mim aquela canção
Aquela que só seu riso conhece
Declame-me aquela poesia
Aquela que só o teu olhar é capaz
Me conceda aquela dança
Aquela que só teus lábios sabem
Me leve-a aquele noite
Aquela que teu corpo abriga
Me leve até você
Me leve até nós
Meu coração é uma torre de babel
Covardemente sempre a desabar
Mas se teus lábios eu pudesse então tocar
Eu esqueceria até o meu medo do céu
Acendo um cigarro e bebo um gole vinho,
até que o livro crie vida
o suficiente para atrair a minha...
Jogou seus cabelos para o lado cruzou as pernas, sorriu pra mim, sussurrou algo celestial com voz de anjo, ela tinha um olhar estelar/E quando ela joga aqueles cabelos para o lado leva consigo um pedaço da noite
Quem sabe numa noite dessas
A poesia nos pregue uma peça
E entre luzes apagadas
O nosso suor se torne um só
"Infelizes daqueles que desconhecem a arte.Infelizes das línguas que tocam o céu acompanhadas de pudor."