Magaiver Welington
O nosso sangue ergueu as piramides
Somos como cães andaluz
A mastigar suas correntes
Conhecemos bem o peso da cruz...
O lago cinza se tornou confortável ao beijar da noite.
Sonolenta brisa revestida de sorrisos e holofotes...
Perdemos nossas almas em troca de prazeres artificias.Trocamos a brisa suave pelo peso no ar negro que gospem as carruagens sem cavalos.Trocamos a nossa liberdade por uma escravidão disfarçada.Os nazistas agora andam maquiados pela avenida sangrenta a procura de novas cabeças para satisfazer sua fome.Estamos diante do pelotão de fuzilamento, diante da caixa mágica que sabe mentir apenas esperando o seu ultimo golpe, enquanto a cruz cega seus olhos.Mas o sangue continuará a gemer aos corredores, a proporção que a história se repete...
Nossos corpos se entrelaçam, ritmados ao som de uma dança épica. Soam os sinos, os olhos incendeiam, nossos lábios se esmagam.Pele contra pele, lábios contra lábios, entre beijos e caricias nossos corpos se tocam e se consomem...
Livros, vinhos, cigarros, um pouco de café pra me despertar da traição dos meus olhos, acendo mais um cigarro e bebo mais um gole vinho, até que o livro crie vida suficiente para atrair a minha...
Os túmulos dos faraós as promessas que repudiamos, pegadas sob a terra vermelha da floresta prata.Servos de nossas ilusões. Afoguem todos os sonhos, sufoquem eles até arrancarem a ultima lágrima...
Beija que faz bem
Beijar que mal tem?
Beija que convém
Beijar não faz mal a ninguém
Beija que tráz sorte
Beijar espanta a morte
Beijo de segundo
Beijo profundo
De parar o mundo
Beijo de momento
Beijo devagar
Beijo lento sem cessar
Beijo que aquece a alma
Beijo que trás a calma
Beija o beijo
Beija flor
Beijo sem amor não é amor.
O tempo que não para
O vento que não cala
Os sonhos que movem o mundo
Os que mudam o rumo
O sorriso sútil
A inocencia infântil
O primeiro amor
O sol e seu explendor
A poesia feminina
O perfume daquela menina
O beijo desajustado
O melhor dos pecados
Corpos pendurados nas nuvens de concreto arrastando o orgulho de um rei garganta abaixo de seus servos.O sol esmagando os crânios ocos, vazios e sóbrios de uma nação sem alma.
Apedrejem-me com corujas açoitas, ó anjos cuja as asas cortam a noite e atrocidam os corações errantes.Eis o meu carvalho envenenado cujo o sangue derramado amança seus lábios ao despertar das estrelas arfantes.Façam jorrar os sonhos por trás dos olhos famintos e imutáveis dos cavalos de fogo, alados...
Fálica submissão, enfastia, meu mundo de cortejos fúnebres. Sou vítima de minha fraqueza, minha embriaguez sem tato. Vítima da verdade, dos fatos, do acaso nefasto. Das correntes sombrias. Tanto a desejar, nada a possuir. Apenas mas um monte de carne sob uma pilha de ossos frágeis. Meu câncer sustenta meus sonhos. Tanto a desejar, nada a possuir...
Os olhos sob as torres a controlarem os fios.Esqueletos de vidro marchantes, rumo ao matadouro.Vazio e frio.Toda a esperança ficou lá fora com os cães alados.Chegamos ao fim do cio, o abraçar da mortalha que nos sufoca e nos devora.Somos apenas carne em meio aos lobos...