Luiza Neves
Eu ainda lembro das coisas que fizemos em maio. Sinto falta daquelas doces coisas.
É impressionante como tanto tempo depois ainda penso naquilo.
Vivo aquilo a cada suspiro que eu dou.
Tem horas que é até difícil dormir porque vem tudo na minha cabeça e sem querer essas palavras gritam que me querem. Não tem uma hora certa pra começar, mas, te garanto que elas terminam quando o cansaço as vence.
Sutilmente irei me aproximar de você novamente pra dizer: eu ainda não esqueci.
Porque como disse a Lana: Eu te amo mais, do que aquelas vadias de antes.
Há verdade maior do que essa?
Ainda irei lembrar de tudo o que foi dito e feito quando você tiver esquecido.
Mas, também, prometo lembrar de me esquecer o que eu escrevi e o que pensei em escrever.
Há tanta coisa pra se dizer, mas, não há coragem suficiente para que estas coisas sejam ditas.
É pra você que tenho me dedicado a escrever estas belas palavras, mas, que aos teus olhos são miragem. Sem vergonha te respondo: tudo isto aqui, sim, é pra você.
Tenho que te agradecer porque você é a inspiração que me faltou todo este tempo em que eu não tinha sobre o que escrever.
Eu iria falar aqui do que? Dos caras errados que me envolvi? Não há necessidade, há?
Acumulei toda essa revolta dentro de mim pra sair agora escrevendo sem uma data determinada pra parar e repetindo assim os mesmos erros.
Deferia começar a te esquecer, mas sinceramente pra que? É você que tem me dado toda essa motivação de escrever.
Escrever para o vento talvez? Mas dentro de mim sei que a minha capacidade ainda não chegou ao fim.
Se é amor? Agora já não sei dizer, mas se esta pergunta tivesse sido feita a 1 mês atrás eu diria: não só foi como ainda é e como ainda será.
Eu concordo comigo, tem texto de amor demais. Então vai embora uma semana pra eu começar a dramatizar a coisa toda.
Sabe se um dia você me convidar, eu até penso em dormir na sua casa. Mas vamos combinar; eu e você dormindo abraçados vai fazer muito mais sentido né?
Não vou fazer nada se ele quiser ele que venha
Depois de muito tempo correndo atrás, chega uma hora que a gente fica cansado e para pra tomar um ar.
E é nesse espaço que paramos pra tomar um ar, que esperamos o folego chegar e nos fazer correr loucamente de novo.
Tropecei, cai. Agora vou ficar no chão até você me levantar, mas, se você passar direto não se preocupe. Haverão outros muito melhores dispostos a me estender a mão.
Vou fingir mais uma vez que ainda não me entreguei. Que parei de insistir no erro e que não te amo, mesmo que tudo isso seja uma grande mentira. Voltarei a viver sozinha, feliz e desapegada. Mesmo que algumas destas coisas não ocorram eu vou poder sonhar sabendo que mesmo apaixonada, eu não hesitei em te deixar solto pra não lhe fazer sofrer.
E de todos os vagabundos que eu conheci você foi o que aflorou mais a minha essência de dama. Me deixou solta quando eu precisava ficar agarrada em ti, e me prendeu quando eu precisava agir pra me socorrer. Fez meu mundo desistir de rodar pro lado certo, pra pelo menos uma vez, cometer o erro certo de girar errado. Sempre ao me lembrar de ti, lembrarei junto que toda dama só é dama porque ela é do vagabundo.
Eu ainda te amo, quer dizer nunca deixei de te amar. Você faz tudo aqui dentro ter uma razão pra continuar batendo.. Isso é legal.
Sinto falta daquele cara ingenuo que morava dentro de você. Ele era mil vezes melhor do que esse grosseirão do qual você alugou a casa. Aquele ingenuo rapaz era simples, sera sincero, era sonhador, era todos esses s e vários outros. Posso ver nos seus olhos que ele ainda tenta voltar a sua casa, mas, o seu orgulho deixou sua doçura sem casa.