Luiza_Grochvicz

76 - 100 do total de 112 pensamentos de Luiza_Grochvicz

"⁠Eu, em pedaços que ninguém entende"

não há inteiro em mim.
sou feita de partes que não se falam,
de pensamentos que dormem antes de nascer.

há fé, sim —
mas ela vive num canto escuro
e às vezes esquece o próprio nome.

às vezes eu falo com Deus,
ou com o silêncio,
ou com ninguém.
quem responde, nunca sei.

não quero sentido.
quero só continuar sendo,
mesmo quando ser
me pesa mais que viver.

sou poema que se nega a rimar,
sou lágrima sem nome no meio da tarde.

se me entenderes,
me perderei.
me guarde como se guarda o vento:
sem tentar fechar a mão.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠Eu não sei o que quero da vida e nem o que a vida quer de mim.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠Meus pensamentos vem e vão mas somente uma coisa permanece....
dúvidas.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠O silêncio é meu maior amigo e a solidão o meu pior inimigo.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠Uma sabia uma vez me disse que a sua alegria é a tristeza de muitos ela só não falou que essas pessoas eram "amigos" e familiares.

Inserida por LuizaGrochvicz

Todos temos o dom de filosofar mas poucos sabem colocar isso em palavras.

Inserida por LuizaGrochvicz

Penso logo reflito, reflito logo respondo, respondo logo encontro, encontro logo perco, perco logo procuro, procuro logo reflito.

⁠Looping.....

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠O que você diria que é seu bem mais precioso? Para mim, é afamília. Nada no mundo tem mais valor do que os abraços que me mantêm de pé.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠“‘Manda quem pode, obedece quem tem juízo"— talvez o juízo verdadeiro esteja em quem ousa questionar.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠O maior dilema da vida é descobrir quem somos de verdade… sem nos perder tentando ser o que o mundo espera.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠O maior problema da vida é a própria vida em si. Afinal, tudo na vida é um problema.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠A esperança, às vezes, é só um ato de continuar mesmo sem saber o porquê.

Inserida por LuizaGrochvicz

⁠Nem todos vão me entender. Nem todos vão ler. Mas os que lerem... esses não vão me esquecer.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Às vezes, ser livre é só aceitar que há dias em que nem a gente se entende.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Tem silêncio que grita mais alto do que qualquer discussão. E é nesse grito mudo que a gente se encontra ou se perde.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Você não precisa ser compreendido o tempo todo. Só precisa ser verdadeiro o suficiente para não se trair.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Algumas dores não pedem cura — pedem espaço para existir sem serem julgadas.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠O amor que não tenta te consertar é o único que sabe onde mora tua alma.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Não existe pressa para quem está aprendendo a sentir. Sentir já é demora suficiente

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Às vezes, desaprender é o primeiro passo pra lembrar quem você era antes do mundo ensinar demais.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Tem gente que vive leve não porque não sente, mas porque já aprendeu a carregar o peso sem se esquecer de respirar.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Você não é difícil de amar. É só que sua profundidade assusta quem só sabe nadar na superfície

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Se uma frase emociona, inspira ou transforma... importa quem a escreveu?

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠Sobre me parecer com eles...
Por Luiza_Grochvicz.

Às vezes me perguntam: com qual filósofo você se parece?
E eu fico em silêncio.
Porque me parecer com alguém é sempre também uma forma de não ser ninguém por completo.
Mas se for preciso traçar espelhos, que sejam espelhos em águas agitadas — nunca nítidos, sempre em movimento.

Com Kierkegaard, compartilho a vertigem.
Aquela dor silenciosa de estar vivo, de ser livre demais, de pensar tanto que quase se dissolve.
A angústia dele não me assusta — ela me reconhece.
Como se a alma dele tivesse escrito cartas para a minha, antes mesmo de eu nascer.

Com Clarice, é o sangue da palavra.
Não escrevemos — sangramos.
Ela também sentia demais e dizia pouco, mas o pouco explodia.
Clarice escreve como quem ama o que não entende. E eu também: escrevo para encontrar o que nunca procuro.

Com Camus, compartilho o absurdo.
A beleza de estar num mundo que não faz sentido, e ainda assim levantar todos os dias.
Ele era o silêncio das pedras; eu sou talvez o sussurro do vento.
Mas ambos sabemos: é preciso imaginar Sísifo feliz, mesmo com o peso da pedra.

Com Beauvoir, é a liberdade.
O incômodo.
A recusa em aceitar que viver seja só obedecer.
Ela pensava com coragem, sentia com lucidez.
Me inspira a ser mulher sem rótulo, filósofa sem jaula, pensadora com pele.

Me pareço com todos, e ainda assim, sou outra.
Porque filosofar, pra mim, é tocar o invisível com palavras.
É doer bonito.
É pensar como quem ama demais.

Inserida por Luiza_Grochvicz

⁠"Os que me tocam de longe"
por Luiza_Grochvicz.

Há pensadores que me abraçam.
E há outros que apenas me roçam os ombros — e mesmo esse toque breve é suficiente pra deixar marcas.

Com Sartre, danço na mesma praça da liberdade.
Ele me ensinou que somos condenados a ser livres — e isso dói.
Mas ele escreve com bisturi, eu escrevo com flor.
Ele exige do mundo um sentido; eu só pergunto se há beleza mesmo sem ele.

Nietzsche me sopra no ouvido: “viva intensamente.”
E eu ouço.
Mas ele é raio, trovão, fúria.
Eu sou mais vento, silêncio, brisa que corta devagar.
Ainda assim, seu amor fati ressoa em mim como um eco antigo.

Levinas me lembra do outro.
Do rosto que me olha e me exige responsabilidade.
Eu também carrego a dor alheia no peito — talvez por isso minha escrita seja tão cheia de pele.
Mas ele fala do infinito; eu falo da finitude que nos salva.

Com Arendt, compartilho o espanto.
O pensar como gesto político, o cotidiano como campo de batalha.
Mas ela fala de regimes; eu falo de ruínas interiores.
Ela escreve história; eu escrevo feridas.

E Pascal, ah…
Ele fala do coração com lógica, e eu falo da lógica com o coração.
Ele apostou em Deus — eu aposto no instante.
Mas ambos sabemos: há coisas que só se entendem com o que pulsa.

Esses são os que passam por mim como vento em tarde quente: não ficam, mas refrescam.
Me pareço com eles às vezes — mas apenas em lampejos.
O resto é meu.

Inserida por Luiza_Grochvicz