Luiz Mar N. S. Jr
Quando uma mulher economiza palavras, ignora algumas coisas que antes a irritavam, desvia o olhar e não tem mais excessos de ciúme e não demonstra mais sua bipolaridade, significa que ela já tem outro em mente.
Da tristeza profunda à curiosidade é o caminho natural de um coração que procura agradar sempre a pessoa que se ama.
Não ligar para o incerto e buscar o que não se sabe ao certo é atitude típica de um coração apaixonado louco para errar.
Só mudamos o nosso comportamento usual, nossa situação e nossas vontades quando todo o nosso corpo e coração já fizeram as escolhas por nós.
Se apaixonar é ter as chaves. Lembre-se sempre de nunca jogá-las fora e/ou nunca fechar as portas para sempre.
Mas às vezes, mesmo quando se têm as chaves, essas portas não podem ser abertas. E mesmo que a porta seja aberta, a pessoa que procura talvez não esteja mais lá.
O imediatismo, a pressa, a rapidez e o agora são os sinais claros de alguém que quer algo, mas sabe que pode perdê-lo a qualquer momento. É o sintoma principal de alguém que vive um amor proibido, que se acostumou a aproveitar os segundos disponíveis.
O desejo incontrolável vai surgindo nesses pequenos momentos, quando a ocasião deixa bastante espaço para a imaginação.
Somos seres que desejam mesmo sabendo que esse desejo pode nos matar. Resistir é diminuir, com alguma desculpa sem muito sentido, as implicações aparentemente incontroláveis desse desejo. Desejar, portanto, será sempre arriscar-se. Negar-se ao risco ou a entregar-se em algum momento, é tentar controlar o incontrolável.
Quando a intensidade da culpa e o prazer são proporcionais, a consciência demora tomar providências.
A disponibilidade não é atraente. Se entregar ao outro paradoxalmente é o que o vai repelir. A descoberta é inimiga da conquista. Ter alguém é, ao mesmo tempo, deixar de querer.
Pressentimentos não pedem licença. Vêm de mãos dadas com o ciúme, invadem, arrombam o coração e roubam a confiança.
Mas não importa o quão rápido o nosso mundo gira. Uma pessoa parada, com os olhos fixos em nós, consegue ver perfeitamente o que se passa conosco de forma nítida.
Toda vez que um filho nos decepciona é como se decepcionássemos a nós mesmos. Um sentimento de culpa nos invade de tal forma que equilibra nosso conceito entre a punição e a proteção.