Luiz Islo Nantes Teixeira

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OS TRES IRMAOS
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Era uma vez tres irmaos
Tres pequenos levadinhos
E davam-se as maos
E corriam pelos quintais dos vizinhos

Mais tarde ja adolescentes
Ja cortejavam as amigas
E contra os concorrentes
Ja entravam numas boas brigas

E mais adultos, mais unidos
Seguiam subindo em suas profissoes
Sempre bem sucedidos, bem atrevidos
Em todas as quatro estacoes

Um dia, os pais ja doentes
Temendo deixa-los orfaos
Chamaram os tres irmaos
Que ja nao eram mais criancas
Mas adultos conscientes
De suas gordas herancas

A razao de todos os males e o dinheiro
Mas digo de todos inimigos tambem
Desde a divisao das herancas, companheiros
Os irmaos nunca mais foram amigos
Nem deles mesmos, nem de mais ninguem

E aqueles tres irmaos
Que dividiam o mundo
Ja nao davam mais as maos
Mas dividiam um odio profundo

Brigaram tanto os ignorantes
Como inimigos mortais
Que perderam as herancas avultantes
A irmandade e a paz

© 2009 Islo Nantes Music
globrazil@verizon.net or globrazil@hotmail.com

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CURADO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Se a dor quiser voltar um dia
Para saber como esta meu coracao
Ela se surpreendera com a alegria
Que a barrara no portao

Ela te levara o meu recado
Te contando como estou feliz
Te contara que sofri um bocado
Mas so ate onde eu quiz

E te contara que a saudade
E uma carta morta no meu carteado
E que para o bem de toda verdade
Meu coracao esta curado

Entao a dor testemunhara
Sua cara de surpresa
Quando voce engolir a certeza
De que nao choro mais
E entao voce entendera
Em sua total solidao
Que a razao
Escolheu me dar a paz

A dor levara a sua atencao
As noticias de minha vida
E como vive feliz o meu coracao
Depois de nossa despedida

© 2009 Islo Nantes Music

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VIDA DE CASAL
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Quantas horas sozinha
Lavando loucas na cozinha
Preparando o jantar
Enquanto a agua escorre
Por dentro ela more
Sem ter com quem conversar

Pergunta algo ao marido
Que mais que distraido
Finja nao escutar
Pois vidrado na televisao
Ver o jogo do botafogao
Mais interessado no placar

Triste insensibilidade
Que contaminou milhoes de casais
Ja nao existe a felicidade
Que tiveram nossos pais
O amor esfriou
Os carinhos tambem
A dor chegou
E nao poupou ninguem

Quanta falta de carinhos
Vivendo juntos,mas sozinhos
Sem ter o que falar
Se um diz que e uma abacate
O outro jura que e tomate
E nao saem do lugar

O homem conversa
Com o cachorro da vizinha
Ler o jornal linha por linha
Mas nao fala com a mulher
A mulher confessa
Numa reuniao de amigas
Que esta cheia das brigas
E reza para a esperanca resolver

Vida de casal moderno
Cada um vivendo pra si
E onde e o inferno?
E bem aqui!
© 2009 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 – Luiz

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MENINA RICA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Voce menina rica
Que precisa sentir-se importante
Precisa ser reconhecida
A todo o instante

Voce que se identifica
Com seu famoso sobrenome
Gasta qualquer montante
Nao se importa com que consome

Seu nariz em pe
Fecha todas as portas
De seus opositores
Seus amigos de fe
Sao aqueles das rodas
De seus bajuladores

Voce menina rica
Que se esnoba de vaidade
Voce seria mais bonita
Vestida de humildade

Voce que se vangloria
Com cada debil attitude
A maior riqueza e a gloria
De ter boa saude

© 2009 Islo Nantes Music

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LIMPEZA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Hoje senti uma tristeza
Quando fazia a limpeza
Do nosso apartamento
Separando os meus trapos
Recolhendo os retratos
E cada velho documento

Suas roupas bem dobradas
Minhas meias jogadas
E as gavetas pelo chao
Aquele sofa pesado
Meu piano bem afinado
O olhar refletindo na televisao

As paredes testemunharam as festas
De quando eu era feliz
Agora testemunham neutras
Nosso adeus infeliz

A entrega das chaves
As palavras amargas
E o ultimo aperto de mao
O trancar das portas
As passadas largas
Cada um na sua direcao

Hoje senti uma dor crua
Seguindo sozinho pela rua
E meu sonho que se evaporou
Procurei algumas respostas
A vi ainda linda pelas costas
Levando meu olhar que em voce ficou

© 2009 Islo Nantes Music

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LICAO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Hoje eu vi seu olhar diferente
Quando cruzamos olhares na estacao
Voce passou tao linda como sempre
E eu passei aprendendo uma licao

Voce seguiu toda apressada
Sumindo na correnteza da multidao
E eu segui com a mente ocupada
Vendo como e grande a nossa solidao

Como pode nos dois
Que ja tivemos tanto amor
Dividirmos tanta dor
Num simples olhar
Como pode nossos olhares depois
Refletirem-se tao vazios
Cumprimentando-se tao frios
E nem mesmo podemos disfarcar?

Hoje entao descobrir sozinho
Porque meu coracao amargurado chora
Porque um dia numa noite de carinhos
Voce prometeu que jamais iria embora

Hoje senti cada um vivendo no seu mundo
Carregando a sua pesada cruz
No coracao aquele odio profundo
E no olhar o brilho que ja nao reluz

© 2009 Islo Nantes Music

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LAGRIMAS DE UM INFIEL
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Da ultima vez
Ignorei a voz do coracao
No encontro de nos dois
E so pensei
No que tinha na emocao
E a levei para debaixo dos lencois

Assim outra vez
Nao pensei nos amores fieis
Esperando por nos nois
Me entreguei
As loucuras nos hoteis
Sem pensar na dor que fica depois

Beijei seus labios
Beijei seus pelos
E estiquei as minhas veias
Ignorei os sabios
Ignorei os pesadelos
Construi castelos de areias

Se me senti culpado
Deixei de lado
Para desfrutar o momento
Outra carne sadia
Prazeres da fantasia
Outro passatempo

Que estupidez!
Pois machuquei meu coracao
Mais do que eu devia
Desrespeitei
A minha religiao
E mais do que uma familia

Sim, mas desta vez
Paguei um preco da saudade
Pela minha covardia
Minha mulher
Mudou de endereco, para outra cidade
E fso me restou a casa vazia

Attitudes de um tolo
Que queria comer o bolo
E os pudins tambem
Hoje chora pelo erro cruel
As lagrimas de um infiel
Que acabou sem ninguem
© 2009 Islo Nantes Music

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SOMENTE OS TOLOS
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
Somente os tolos comemoram a velhice
A companheira implacavel de seus primeiros anos
A mesma que te sauda no seu primeiro respirar
A mesma que te surpreende no seu primeiro olhar
E a mesma que testemunha seus primeiros desenganos

Somente os tolos comemoram a velhice
A verdade definitiva de todos seres humanos
A mesma que envelhece os rostos mais bonitos
A mesma que enfraquece os brutos, os mansos e os aflitos
Os mendigos , os ricos, os orgulhosos e os mundanos

Somente os tolos comemoram a velhice
E baten palmas e fazem as festas e fazem ceias
Para esta companheira que nao se importa um segundo
Que nao lhe da treguas em nenhum lugar do mundo
E te retribue com as rugas mais fundas e feias

Somente os tolos comemoram a velhice
Que todos temem e ao mesmo tempo cantam
A mesma que dobra os nossos joelhos
A mesma que reflete o que somos e seremos nos espelhos
Mas nao envelhece o amor dos que nos amam

Somente os tolos comemoram a velhice
A companheira implacavel que suga todas suas energias
Como suga das criancas, dos jovens ,dos adultos e dos velhos
Ate sugaram daqueles que viveram mais segundo os evangelhos
Porque numerados estao os nossos mais lindos dias
© 2010 Islo Nantes Music

SEJA BREVE
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Diga-me adeus
Sem olhar nos olhos meus
Nao prolongue o sofrimento
Seja breve
Finja que voce esta alegre
Quebre seu juramento

Eu me acostumarei no abandono
Eu nunca fui seu dono
E voce nao e dona minha
Voce e dona de seu corpo
Voce achara outro porto
Mesmo seguindo sozinha

Maldiga o meu nome
Rasgue o meu telefone
Jogue lama na minha reputacao
A verdade sempre vem a tona
Voce nao e minha madona
Acabou-se a ilusao

Seja feliz em seu novo lugar
E veja se voce fique por la
E nao volte mais aqui
A esperanca ja esta morta
Trancada esta minha porta
A saudade nao tocou em mim

Descanse nos bracos de outro amor
E esqueca dos bracos meus
Amanheci cantando a dor
Que vi nos olhos seus
Mas me calei, me fazendo um favor
Pra voce nao prolongar o adeus
© 2010 Islo Nantes Music

DOACAO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Sempre admirei a pequena fonte
De aguas limpidas que brotou no meu quintal
E ao correr seu curso se tornou um rio colossal
E foi enverdeando cada fazenda alem do monte

Eu que com carinho e as maos calejadas e rudes
Plantei tantas arvores em sua nascente para protege-lo
Sinto-me orgulhoso, e igualmente admirado ao ve-lo
Aguadando as rocas e inundando os acudes

Como um filho digno, assim por diante
Vai lavando as familias ribeirinhas
Doando vida, como da vida sua agua e a fonte

E esta pequena nascente das terras minhas
Corre espalhando suas riquezas ate a linha do horizonte
Sem esperar agradecimento das pessoas vizinhas
© 2011 Islo Nantes Music

Inserida por ISLONANTES