Luiz Felipe Pondé
A esquerda sempre foi um fetiche da burguesia.
Esses idiotas da tecnologia se julgam mais livres porque trabalham pelo WhatsApp em casa no domingo.
Gostamos de ver os corajosos sangrarem porque assim nos sentimos bem com nossa "escolha" pela covardia.
O poder de processar alguém ou algo é, no limite do humano, no mundo contemporâneo, como assemelhar-se a Zeus.
Uma das tragédias da discussão política hoje é que grande parte da inteligência pública é parte da histeria.
O homem é um tipo de animal que carrega o cadáver nas costas a vida inteira, porque sabe mais do que deve e menos do que precisa.
Os socialistas são grandes criadores de “teorias de gabinete”, teorias que aparecem na cabeça deles e eles acham que todo mundo deve aceitá-las.
O ressentimento é nossa fúria para com a mortalidade que nos define e torna quase todas as nossas qualidades irrelevantes.
Somos seres cada vez mais ilhados e com carência, não só de vínculos, mas de desejo de vínculos, o que é muito pior.
Não há problema em deixar de acreditar em Deus; o problema é que normalmente passa-se a acreditar em qualquer bobagem como em si mesmo.
As ciências sociais nunca tocarão o coração da realidade, porque não olham para a humilhação do homem cotidiano.
Ninguém põe em dúvida a escravidão e o preconceito racial nem o dever de acabar com eles. Mas dizer que, por isso, “tudo que é africano é lindo” ou que “todo negro é maravilhoso”, típico do politicamente correto, é um crime intelectual e afetivo.