Luiz Carlos Guglielmetti
Nós somos responsáveis pela nossa própria vida, e temos que aprender a controlar os nossos sentimentos, e não o das outras pessoas.
Reconhecermos as nossas limitações ajuda a superar fracassos, mas também temos que aprender a superar as incapacidades, através da busca do conhecimento e capacitação, que é o encorajamento e o enfrentamento das situações e adversidades, sem nos isolarmos num casulo.
Cante, ria, dance, divirta e desfrute a vida,
não dê tanta importância às questões sem respostas, se o sentido da existência está presente no amanhecer, na paisagem, na amizade e na sinceridade do olhar.
Não importa a extensão e o limite das crenças individuais, a natureza será sempre uma manifestação divina, nas flores, plantas, bosques, montanhas, lagos, rios e praias,
como expressão de um sentimento de amor e paz.
Não é preciso temor como sinônimo de medo e insegurança, se não julgarmos e condenarmos os outros por suas escolhas,
quando faz mais sentido tolerarmos as diferenças, reconhecendo as nossas próprias limitações e incoerências.
Temos que descobrir como lidar com nossos sentimentos, nossos desejos, prazeres, angustias e medos, para superarmos complexos, preconceitos e culpas, respeitando o universo alheio repleto destas mesmas coisas, porque somos todos seres livres e interdependentes.
Nós controlamos os alimentos que nutrem o corpo, mas negligenciamos o que sustenta os nossos pensamentos, complicamos as coisas simples e desperdiçamos o elogio, o afeto e a alegria que contagia o início dos relacionamentos, pois o milagre da vida está na harmonia da ação humana.
A vida se passa no momento presente, o aqui e agora, e não é preciso arrastar correntes de amarguras do passado, nem sofrer por antecedência pelas incertezas do futuro, se é certo que não podemos levar nada quando partirmos, a vida será uma oportunidade única e uma autobiografia, onde ninguém pode ser um mero expectador, mas protagonista da sua própria história.
O amor verdadeiro não é utópico ou romântico, não é atração, desejo ou paixão,
nem sensação que cega ou oprime. O amor autêntico pode não ser eterno, mas certamente não é fugaz, efêmero ou passageiro. É apenas intenso para se vivido por inteiro.
O amor não se prova ou se cobra com o ciúme, não é dominação nem desconfiança,
não é sentimento levado ao extremo, mas é uma pura expressão de afeto que pode oscilar de intensidade, mas se sustenta com cumplicidade.
O amor não é mágico, químico ou astrológico,
tampouco une apenas seres predestinados. É a edificação mais autêntica da relação, que se descobre verdadeiro com interação, diálogo sincero, apoio e reconhecimento, sem desprezo, ironia ou humilhações.
Amor é cumplicidade e afeto sincero,
que não se desfaz quando a paixão acaba,
que não se extingue na dificuldade,
nem envelhece ao longo do tempo,
é a expressão do olhar e do sorriso
de quem tem um sonho comum.
O amor substantivo abstrato
não tem existência própria,
sem a conjugação do verbo amar,
porque exige ação e movimento,
mais ampla que o ‘eu tem amo’,
mais além do que o ‘eu também’.
O amor se constrói diariamente,
se nutre ao longo do tempo,
se expande com a intimidade,
e se mantém com o respeito,
o carinho e a dignidade.
Viver não é ser escravo do passado,
ou apenas um sonho do futuro,
mas se alimentar do presente,
para ser autor da própria história.
A relação íntima
se torna completa,
com uma porção de amor
e uma pitada de desejo,
aí se juntam a fome e a sede,
que se saciam,
mas não se consomem.
Mulher e poesia
são sublimes e belas,
inspiram, encantam,
comovem, sensibilizam
e despertam sentimentos.
A força é alimentada pela persistência,
mas é a resiliência que não nos deixa desistir,
e nos faz recomeçar,
quantas vezes for preciso.
Antes eu duvidava que alguém pudesse viver pela fé: agora creio que muitos vivem, exclusivamente, da fé, alheia.
As palavras podem expressar as nossas angústias ou apenas compor os nossos silêncios, porque ainda cremos que, como na natureza, todas as coisas são passageiras e tudo se renova diariamente, até as nossas esperanças.
A vida é feita de frases e versos:
como as escolhas e consequências,
alternativas com erros e acertos,
e seus momentos bons ou ruins.
A vida é feita de fases:
de evolução e sucessivas mudanças,
desde a adolescência sem fim,
de aprendizado e desenvolvimento,
até a maturidade e plenitude inatingível.
Silêncio, oprincípio do fim
As palavras não tem sotaque e podem falar de coisas sem importância,
não precisam ter desespero para informar, nem pretensão de convencer,
podem dar voz à natureza, para expressar a sua inquietude e desespero.
Tem o dom de dar vida aos seres inanimados, emprestar a fala aos animais e criar heróis, reais ou imaginários.
As palavras extinguem o silêncio, fundamentam todas as crenças e diminuem a distância entre o homem e Deus.
Quando ordenadas, podem conter ciência e razão, mas são aquelas baldias como as flores do campo, que despertam emoção.
As pessoas podem ser atraídas pela aparência exterior, mas o vínculo afetivo é mantido pelo diálogo, que é uma permuta de palavras.
O silêncio é como um extintor que apaga um incêndio provocado pelo mau uso das palavras, mas, sem elas, a falta de comunicação dá início ao princípio do fim.