Luiselza Pinto
"Pode-se SER amigo do acéfalo, do insano, do pedinte, do sem numerário ou vontade para comprar livros ou sabão... Todavia, apenas à distância necessária e prudente, ou profissional, deve-se ESTAR nas proximidades de um humano (consciente e predominantemente) iracundo e belicoso."
"Lutar sim, pelo que se ama e deseja, ainda que a morte física venha antes da vitória efetiva, pois a própria vontade e o tentar já somatizam o êxito; guerrear e sofrer jamais."
"Não é econômico e prudente temer a queda ou pensar que jamais se vai cair; apenas é da sabedoria aprender a se levantar melhor."
"Avanço por sobre o dia e noite... O relógio é apenas uma "régua" que mensura a busca do meu estar em direção ao meu ser."
"Delicia-se, com a pressão, aquele que tem a certeza de transplantá-la. O desprazer emerge, tão somente, daquilo que oprime."
"A decepção tem uma baixíssima relação custo benefício; maior e melhor é fazer, do inusitado, uma economia para o amanhã."
"Não se deve subestimar o potencial destrutivo do acéfalo, pois ele pode não saber da letalidade da arma e, ainda assim, ser exímio atirador."
"Deixe-se escorrer às frestas abertas pelo que não foi dito, as palavras outras que esperam um tempo diferente do daquelas."
"Amores e realidades vários não implicam, necessariamente, em emoções divididas e/ou (re)partidas; apenas as paixões e ilusões transitam no movediço da impercepção."
"Enquanto o subconsciente escolhe pelo que e por quem se deseja e pode viver ou morrer, o consciente pondera sobre símiles a um centavo de cruzeiro."
"Não desejo me inteirar do que está explicitamente dito, feito ou pensado. Pretendo, sem saber, intuir E instintivar as entrelinhas, as entreações, os entrepensamentos, latentes ou não."
"Sinto-me, às vezes, confortável por não ter opção; isto canaliza toda a minha energia no intuito de ação e reação máximas."
"Estar ao lado de sonhos bons ou ruins, pode ou não ser uma experiência construtiva. O totalmente evitável é a companhia dos que não sonham."
"Não possuímos o domínio primeiro de escolher a exata posição daquilo e daqueles com os quais não temos afinidade; esta opção, (in)controlável, pertence à natureza."
"Àquele que muito apanhou, sem morrer ou enlouquecer ou arrefecer, foi dado um singularíssimo presente: A possibilidade de qualquer coisa."
"As pessoas que falam, sem saber todos os ângulos da história, são aquelas que nasceram sem a amplitude ou o presente de todas as ópticas."
"Não se economizará para quem precisa aquele que não entender que o único produto sincero do gelo é a ironia."