Luis Ricardo Teiga Ramalho
As pessoas precisam tratar suas carências e ambições, farão isso somente quando tirarem as lentes da sociedade.
É o pobre que crítica o rico, mas é o pobre que quando fica rico faz para o pobre o mesmo que o rico fazia na época em que era pobre, não é esquerda ou direita, o capitalismo ou o socialismo, o povo ou Deus, é o ser humano e o seu hábito de fugir de sua real natureza através das narrativas que mais lhe convém, saem por ai em busca de identificação de sua ignorância, reforço social, mas não me surpreendo, pessoas vestem as mascaras e mantos diariamente e assim são seus políticos, mascarados e hipócritas como seus eleitores, deve ser culpa de Deus ou do povo, coitados.
Meu mel, amigo fostes tu meu verdadeiro amor.
Separou-se de mim sem que eu sequer soubesse!
Pois como haveria de ser tu algo senão o amor?
Tu na hora me olhastes com um genuíno sorriso.
E de sua face me presenteaste com seu belo piscar de olhos.
Tu, ciente do fim com gentileza veio até mim e em alegria fui até ti.
Me deu um beijo quente de carinho.
Um beijo tímido de som estralado, mas repleto de dor e amor.
E assim era, assim foi!
Começamos com o som da música nas letras repletas de amor.
E por fim terminamos no silencio oculto das poesias repletas de dor.
Será que por vezes sentes minha falta?
Tu acorda na madrugada pensando em mim ?
Perdes o sono como eu?
Tua cama vazia berra e cheira minha ausência ?
Não te alegras mais com meu bom dia ?
Não espera mais uma mensagem no meio da tarde?
Não almejas meu doce boa noite repleto de genuino e sincero amor?
A verdade é que não, me abandonaste como se abandona um cão, me esqueceste e seguistes com a vida!
Quanto a mim virei fera ferida, um bicho sentimental, você me transformou no pior de mim, numpoeta!
Angustiado e aflito meu coração sofre
Quisera eu poder apaga-lo da minha vida!
Quiser eu ter ignorado seus sorrisos
Mas se o fizesse o que saberia eu do amor?
Se o fizesse o que faria eu com essa dor?
Triste vida daqueles que vivem o luto do amado vivo!
Como é dolorido sentir a presença do amado dissolver-se nas arestas do tempo.
Dá-se inicio ao luto que tenho dificuldade em aceitar.
Na mais pura e dolorosa verdade eu o confronto......
mas estou fraco, exausto....
Meu amado, sua bela e doce face escorrem como areia entre os vãos dos meus dedos e mais uma vez me questiono se consigo lidar com essa partida, minhas mãos estão ásperas e machucadas e meus olhos salgados como o mar.
Te busquei até em outros mundos, nos reinos oníricos, um sonho talvez? Um aviso, uma experiência, mas nem mesmo no reinos dos que dormem te reencontrei.
Triste, visceral e dilacerante a realidade que me corta diariamente! Me rasga, pois a presença antes doce tornou-se a ausência amarga!
Mas para tê-lo por instantes abracei a melancolia, te busquei nos poetas e na poesia e por vezes te encontrei na arte e na música, foi quando a ausência amarga me entregou saudade nostálgica.
Sinto saudade de você....
Parece que agora eu entendi melhor
Eu desacostumei a viver a vida sem você
Não me habituei e me parece que tenho dificuldade de me habituar
Você não sabe, mas eu sinto um vazio dentro do peito
Um buraco profundo que parece não ter fim
Sinto que está bem sem mim, já eu sofro todos os dias pensando em você
A saudade é imensa, sua ausência me traz uma dor dilacerante
Eu me assusto com o tanto que te amo e isso dói
Não deveria doer tanto, mas me machuca, me corrói
Já tentei de todas as formas me distanciar dessa dor, mas tenho falhado
Eu tento, mas não consigo, estou perdendo a batalha e a luta
O jeito foi aprender a conviver com a dor, com a falta, mas está difícil
Me distanciar de você foi a coisa mais dolorosa que fiz na vida, chorei muito
Sinto que falta um pedaço de mim uma parte essencial
Porque quando se trata de você tudo é tão intenso dentro de mim?
No que você é diferente das outras pessoas?
Porque estou agindo de forma tão fraca diante dessa situação?
Será que um dia tudo isso que eu estou sentindo vai passar?
Eu não supero, eu simplesmente não estou conseguindo superar
Me encontro no chão e sem você me faltam forças para levantar
Estou caído em meio às flores que me deu, sou um defunto vivo
Vivo um luto de uma pessoa viva e esse luto não passa!
Penso que talvez você tenha sido a única pessoa que de fato amei
E eu te amei, e como te amei! Nunca duvide disso
Ainda te amo e mesmo machucado meu sentimento por ti é vastidão
Eu sei que contigo cometi erros e por conta deles sinto profunda dor
Eu realmente não tinha intensão, me perdoe
Quando penso que já te machuquei o remorso toma meu coração
Mas nunca, nunca deixei de te dizer e de demonstrar o quanto te amava
Te entreguei meu carinho e com você eu queria um futuro
Lutei por ti e passei por cima de coisas que jamais pensava enfrentar
E como eu queria que você estivesse comigo! Sinto que tudo seria diferente
E eu tentei de trazer de volta! Eu tentei! Perseverei até onde tive forças
Mas você está distante de mim, está em outro lugar
A permanência não foi uma escolha sua, mas você dizia que me amava
Pensei que superaríamos juntos, mas você estava cansado, exausto
As dores e os medos falaram mais alto, a confiança se perdeu
E com a confiança a esperança se foi, se perdeu
Mas e o seu sentimento? Acabou tão rápido? Morreu? O que sobrou?
Raiva ? Ressentimento ? Indiferença ?
Pensar em tudo isso me adoece, é intenso, por isso escrevo
Talvez assim eu consiga extrair parte do sofrimento de mim
Não sei sabe, mas em meus pensamentos navego até você
Mas só encontro melancolia, dor
Tento toca-lo, senti-lo, mas já não consigo te encontrar
Eu amava ouvir música, mas hoje raramente ouço
Você está até nas minhas músicas preferidas
Leio poesias, tento me reconfortar nas dores do mundo
Busco uma que seja maior que a minha e raramente encontro
Como sinto saudade dos seus olhos, eu me perdia neles, eram profundos
Eu preciso parar de te amar, mas talvez meu amor seja verdadeiro
Eterno...
Quantas letras, palavras, frases, textos serão necessários que eu escreva? Eu não sei!
Quanto das minhas lágrimas cairão enquanto escrevo? Não sei! Choro o tempo todo até não ter forças.
Quando penso que minhas lágrimas secaram uma fonte de tristeza brota em mim, eu entro num ciclo de dor e começo a me afundar, fico sem ar!
Já não sei ao certo porque escrevo, talvez para sobreviver a essa dor, expurga-la! Mas tenho falhado, a dor é insistente, não vai embora, ela permanece, flagela minha alma em pontos vitais!
Não sei se escrever está dando certo, pois na minha mente escrevo coisas o tempo todo, quando estou acompanhado de pessoas não consigo prestar atenção nelas, só ouço e sinto a dor latente que custo a controlar, ela me vence com certa frequência!
Já pensei em escrever um livro sobre nós! Um romance com final trágico, melancólico, triste, porém cheio de amor, seria a forma de transbordar e me inundar de você! Mas parece errado, algo cruel de se fazer comigo mesmo.
Mas ainda assim fui corajoso, comecei a escrever o romance, estava dando certo, mas parei, fiquei com medo de enfrentar coisas as quais me arrependo.
Reviver nossa história me leva para um lugar do qual estou tentando sair, não está fácil, parece que estou aprisionado, é só dor, é só sofrimento.
Ainda assim eu revisito esses lugares, não consigo controlar, faz parte do meu estranho processo que varia entre cura e morte, mas eu só quero sobreviver a isso tudo!
Como faço para te esquecer? Como faço para deixar de te querer? Como paro de te admirar? Como aceito a realidade? Você só me ensinou a te amar! Não me ensinou a te esquecer!
Para muitos essa dor pode parecer exagerada, mas não, é difícil quando você tem a sensação de que perdeu o amor da sua vida! Será que era mesmo? Reconhecer e perceber isso é extremamente fatal!
Não se trata de uma dependência emocional, de vulnerabilidades, fragilidades ou traumas infantis, é somente a tristeza, arrependimento e melancolia nas suas mais profundas personificações!
Quando o grande amor se vai, em parte a esperança se vai, você se depara com o nada! E ele é sombrio! Vazio, se faz presente e é bem aterrorizante, parece que as coisas perdem a cor, a vida fica mais amarga, os tons ficam deturpados e escuros, você se perde de si mesmo e parte de você morre! Mas não é uma morte rápida, ela te corrói aos poucos, vem de diversos cantos e te sufoca, desorienta sua visão e joga o passado contra você! Te julga, te mostra, te cobra, te oblitera! E você por fim fica em cacos! Quebrado!
É assim que me sinto, um zumbi em cacos, sem alegria, é como se todo o propósito que tinha se ofuscasse diante dos meus olhos! Que angústia, que aflição, que tormento maldito! Eu não aguento mais essa dor! Eu não queria estar nessa situação! Preciso sair desse lugar, preciso sair daqui!
Alguns dizem que pessoas autossuficientes, com amor próprio e que sabem lidar com a solidão conseguem passar por essas tormentas com facilidade, dizem que uma separação não é o fim do mundo, que a vida prossegue seu ciclo natural, bem, no passado eu lidava bem com a solidão, já passei por separações e sobrevivi, era destemido, forte, autossuficiente! Construí minha vida sozinho! Mas você! Você surgiu na minha vida e me mostrou um tipo de amor do qual eu nunca tinha recebido, abalou as minhas estruturas, me renovou, me ensinou! Sei que muita gente me ama, mas é como seu eu nunca tivesse conhecido e recebido esse tipo de amor! Era o que eu estava esperando por minha vida toda e nem sabia! Tento explicar isso para as pessoas, mas elas não compreendem.
Me lembro que uma vez me disse que seu coração pesava toneladas, creio que você o descarregou em mim, eu nunca tinha vivido em uma inundação de amor, zelo e compreensão.
A verdade é que eu não aguento mais escrever sobre você, é frustrante, é como se eu tivesse somente isso para dizer, antes eu tinha tantas coisas para falar, fazer, sentir, viver, sinto que quando você se foi perdi algo que eu nem sei o que é, estou tentando descobrir, preciso encontrar isso logo.
Com o tempo vou aprendendo! A dor, o sofrimento e a ruptura me ensinaram, aprendi com um amargor salgado e áspero em minha boca! Não desce! Não faz digestão! Difícil de processar, permanece na mente e no coração, gera uma ferida na alma que parece não cicatrizar
Te tive ao meu lado por tempo demais! Te amei, da minha forma, mas amei
Da minha forma te quis! Mas te quis do jeito errado! Te tive do jeito errado! Me arrependo, mas minha redenção não salvou este amor e isso dói
Acredito que alguns já sabem como amar, outros aprendem no desamor, triste caminho o que tive que percorrer! Eu deveria ter aprendido com o seu exemplo, mas a verdade é que você me encontrou quebrado, contudo, isso não redime meus erros, minhas falhas, minhas negligências, elas só geraram dor
Reconhecer hoje que eu deveria ser diferente ontem me mata! Pois te perdi
Tentei trazê-lo de volta, mas não consegui, falhei!
Mas tenho comigo o aprendizado, o que vivi, o que posso fazer, o que posso ser quando outra pessoa entrar na minha vida
Mas eu não quero ser melhor para o outro, quero ser melhor para você!
Você merece o melhor de mim, sempre mereceu!
Você me amou de uma forma diferente, uma forma que eu não era capaz de compreender, um amor honesto, singelo, puro em essência, dedicado!
Era quase uma devoção, um voto!
Juntou sua vontade de amar com minha vontade de ser amado
Seu amor me inflou, me elevou para lugares que nunca fui!
E como seria eu capaz de entender esse amor?
Você! Ser doce! Criado no mais puro mel, dele me deleitei eu abusei, pois nunca tive.
Você veio e tirou o amargor, foi meu companheiro, meu amigo, meu confidente, foi meu grande amor
Só Deus através das minhas orações sabe como sofro por você não estar mais aqui
Você já se foi, eu entendi!
Você não me ama mais! Eu já entendi! Seus atos deixaram claro!
Mas meu coração custa a entender! Preciso compreender isso logo
Você esteve presente nos momentos em que mais precisei de você
Mas quando cai você me deixou! Fiquei completamente vulnerável, frágil
E agora estou aqui, sem você! Sem o chão que me sustentou quando colidi
Mas sabe, tenho gratidão por ti, gratidão por ter me ensinado tanto
Mas eu não contava que você iria embora do jeito que foi, da forma que foi!
Você deixou o meu coração em estilhaços e eu mal posso juntar seus fragmentos
A angústia ficou em mim, o arrependimento a aflição, a dor, o sofrimento
Mas estou aos poucos reconstruindo meu chão e junto com ele todo meu ser
Você veio e apareceu na minha vida e por você me descontruí
Agora você se foi e por mim tenho que me reconstruir
Vivemos em uma jornada única e singular que acontece dentro e fora de nós, somos artistas, escritores, pintores, muitos participam do filme que dirigimos sobre as nossas próprias vidas, somos compositores de trilhas sonoras com momentos de repleta serenidade, outros, de imenso clímax! Também participamos de jogos, por momentos, ditamos as regras em outros, as seguimos, dançamos no teatro das Máscaras e revelamos nossa face quando as história em essência e verdade se cruzam. Quando adormecemos, nossos sonhos e pesadelos nos trazem mensagens internas, mas quando despertamos, buscamos o que todos buscam, a experiência de estarmos vivos.
Apartai-vos de mim, todos os que praticam a iniquidade, o senhor, acolhe minha oração.
Porque a palavra do senhor é reta e todo seu proceder é fiel. Ele ama a justiça e o direito, a terra está cheia de bondade do senhor.
Senhor, Tu serás a minha fortaleza. Deus será a Rocha onde me abrigo. Senhor, meu Deus, de dia eu Te peço auxílio e, de noite, eu grito em Tua presença. Em Ti confiam os que conhecem o Teu nome, pois não abandonas os que Te procuram, Senhor.
Os meus passos se afizeram às Tuas veredas, os meus pés não resvalaram. Eu Te invoco, ó Deus, pois Tu me respondes. Regozije-se a terra, os céus anunciam a Tua justiça e todos os povos veem a Tua glória. Senhor será a minha fortaleza, Deus será a Rocha onde me abrigo.
Do mestre de canto, sobre a harpa o homem reflete a grandeza de Deus. O Senhor é teu guarda, o Senhor é teu abrigo, está sempre ao teu lado. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar, de longe entendes o meu pensamento. Viva o senhor! Bendito seja o meu protetor! Glorificado seja Deus que é a minha salvação!
Eis o vasto mar, com braços imensos, onde se movem inumeráveis seres e animais, tanto pequeninos quanto grandes. Grande é o Senhor, Ele merece todo o louvor. É incalculável Sua grandeza. O Senhor é compaixão e piedade, lento para a cólera e cheio de amor para dar. Ele olha a terra e ela estremece, toca as montanhas e elas fumegam.
Senhor, eu sei que as Tuas normas são justas e que, por fidelidade, me fazes sofrer. O Senhor estabeleceu no céu o Seu trono e Seu domínio se estendem por todo o Universo. Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na Sua misericórdia. Amém.”
Há pessoas que nascem pontes.
Elas surgem em meio à vastidão, erguendo-se como frágeis arcos sobre o abismo, oferecendo-se como passagem para os que hesitam à beira do precipício, são aqueles que estendem as mãos quando tudo parece cair, que silenciosamente se colocam entre o caos e a esperança, permitindo o avanço de outros, e fazem isso sem alarde, sem o desejo de aplausos, são a estrada que não se vê, o chão que, mesmo quando trêmulo, ainda assim sustenta.
Essas pontes, essas almas que se curvam para que outros possam caminhar, carregam o peso ingrato de serem notadas apenas pelo desconforto que provocam, são esquecidas, não pela indiferença, mas pela conveniência, os tropeços que causam, pequenos, quase sempre insignificantes, tornam-se o único traço lembrado de sua presença, não são vistas pelo que representam, pelo espaço seguro que proporcionam, mas pelas pedras irregulares que eventualmente ferem os pés de quem as atravessa.
O ingrato é que essas pedras são a natureza da ponte, elas não se alisam com facilidade, são marcas do seu esforço, da sua luta, dos sacrifícios que as moldaram, e mesmo assim, aqueles que passam por elas raramente se voltam para agradecer o caminho que trilharam, ao invés disso, reclamam dos tropeços, o chão áspero é mais fácil de recordar do que a travessia que salvou.
Essas pessoas que se fazem ponte não reclamam, elas entendem, talvez de forma cruel e resignada, que sua função é servir de passagem, não de destino, a travessia, em sua essência, é o que importa, mas há uma dor silenciosa em ser apenas o meio, em ser o suporte que nunca será celebrado, apenas cobrado por cada rachadura ou oscilação, a ponte nunca é glorificada pela jornada que tornou possível, os pés que a cruzam estão sempre apressados demais, preocupados demais consigo mesmos para perceber a vastidão que ela atravessou, o abismo que contornou.
No fim, essas pessoas-pontes se tornam invisíveis, ficam como sombras sobre a água, refletindo o céu que outros desejam alcançar, mas sendo lembradas apenas por seus defeitos, contudo, há uma nobreza nesse esquecimento. Porque no seu silêncio, no seu papel de chão imperfeito, está a verdadeira grandeza, elas são o que sustentam o avanço do mundo, mesmo que o mundo se esqueça de lhes olhar nos olhos.
E assim, enquanto o passageiro segue adiante, com sua ingratidão disfarçada de esquecimento, a ponte permanece, silenciosa, sabendo que sua gratidão é maior, pois a ponte, ao contrário do passageiro, conhece o valor de sustentar o outro mesmo que jamais seja lembrada por tal feito, ela não precisa dos olhos que a veem, mas da firmeza de sua própria essência, pois há grandeza em servir ao destino sem jamais precisar alcançá-lo.
E se, um dia, essas pontes se partirem, se o chão que parecia eterno ceder, então talvez se entenda o valor do que foi perdido, até lá, seguirão sendo o chão elevado! Apenas pedra, apenas passagem.