Luciano Spagnol - Poeta mineiro do cerrado
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O seu amor me disse que é passado
O meu amor no seu tornou-se calado
Tudo foi errado...
Deixa pra lá!
A cada angústia migrei para ventura
Guardei-as nos cantos dos segredos
Assim obtive ternura...
Domingo é deserto, dia de graças
Isolado transeunte que passa
Dia que o bêbado e notada na praça...
Quero uma fatia do tempo
Tirar a alma do relento
Do desecontecimento
E então descansar...
Nada vem ao acaso
Tudo tem um porquê
O tempo têm o seu prazo
E nós um limite no viver
Nas reticências da vida perdi o meu amor
A janela da vida, ao abrirmos, nos espera
Pra sonharmos com o que se desejar...
Seus olhos são duas contas tristes
De uma chegada de uma partida
De uma saudade, de um'Alma ferida
Na busca sempre da perfeita batida
Eu posso me sentir pleno
Cheio de rimas a compor
Ilusão, uma realidade a interpor...
Não deixe tornar-se pó
Nem o sentimento dor
O amor é desafiador
Cruel e vazio é estar só
Poemas são cantigas que amamentam
Falei de amor
Falei com gestos, com flor
Falei com a alma, fui sonhador
Falei de amor!
Amador
Vejam os artifícios do destino
Nas agruras de se ter um amor
Fui um especialista em coração
E na eterna sabedoria da paixão
Me tornei um amador em emoção
O amarelado do tempo
Não desencarna os retratos
Dá-lhes olhos e vivacidade
Eu sou um ponto na reticência
Da vida. Interrogação na solidão
Exclamação na existência
E ponto final na desilusão.
...na saudade, no silêncio
a lembrança assenta
Mãe não morre, ausenta.
Saudade em silêncio
Hoje é celebração em lembrança
Da tua ausência, forte presença
Que no peito floresce em dor,
Lança atravessada no meu amor, sentença
De tua falta, do teu total silêncio
Que na saudade se lamenta
Mãe não morre, ausenta!
A palavra está com asa
Dentro da minha inspiração
E pela minha alma vasa
Qual a maior dor?
Sem dúvida
A dor de amor.
Terá uma noite que, ao me deitar
Tua alma comigo não mais estará
A saudade transcenderá
Metamorfose
Em cárcere,
no casulo minh'alma estava
Quando passaste por mim
Com seu olhar brando
Seu sorriso peculiar
Aí minh'alma ficou a lhe desejar
Então a saudade passou a apertar
O coração
A emoção
Tentando libertar a paixão
Desnuda de ódio, de rancor
De futilidade
E o que seria amizade
Metamorfoseou-se em amor
Saudade, palavra agridoce da dor...
Vou dar uma espiada na vida, dar uma olhadela
Ver além da janela
Eu sou um trovador
Forjado no amor
Nas entranhas da poesia
E de repente me vi de frente aos moinhos
Dos devaneios
Dos desalinhos
Dos anseios
Não me calei
Caminhei...